Lula disse. Está nos jornais de hoje. "Se eu voltar eu vou regular os meios de comunicação deste país”. Como é que um presidente faz isso num país em que há liberdade de imprensa? Enviando um projeto de lei ao parlamento.
Siga o fio.
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Ora, para tanto ele não precisa voltar. Basta que os deputados e senadores petistas apresentem tal projeto.
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Se, para "regular os meios de comunicação", é preciso que isso parta de alguém que está na presidência da República, então alguma coisa está errada. Lula está dizendo que vai usar o seu poder executivo para forçar a aprovação da lei pelo Congresso?
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Basta um projeto de lei ou é necessário modificar a Constituição? Aliás, a liberdade de imprensa não é cláusula pétrea?
O que Lula está querendo dizer exatamente? Vamos pegar o contexto da declaração inteira de Lula.
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“Estou conversando com muita gente, estou ouvindo muito desaforo, leio muito a imprensa. Tem alguns setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato. Porque se eu voltar eu vou regular os meios de comunicação deste país”.
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Trata-se então de uma vingança contra os setores da imprensa que não querem a sua volta, ou que lhe fazem críticas?
Não poderia haver declaração mais desastrada e mais reveladora.
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Desastrada porque abre a dúvida sobre as convicções democráticas do lulopetismo. Fica-se pensando que ele vai desenterrar aquela proposta do PT de "controle social da mídia" - que, para quem não é tolo, significa controle partidário-governamental dos meios de comunicação.
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Reveladora porque deixa escapar o caráter autoritário do líder, que não aceita críticas, quer dizer, não convive bem com a oposição.
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E é reveladora também porque deixa claro que Lula é um populista. Pois a experiência mostra que a primeira medida de todo líder populista que chega ao poder é tentar restringir a liberdade de imprensa.
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UM CONVITE PARA SE CONECTAR A UMA REDE DE AGENTES DEMOCRÁTICOS
Não existe democracia sem democratas. E embora a maioria da nossa população prefira a democracia a outros regimes, o número de agentes democráticos na população politicamente ativa é insuficiente no Brasil.
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Para ajudar a resolver esse problema lançamos um projeto chamado Casas da Democracia. Não é uma nova organização centralizada e sim uma rede de promoção da aprendizagem (teórica e prática) da democracia. Seu objetivo é conectar os agentes democráticos existentes e multiplica-los.
Se você quiser se conectar a iniciativa pode fazê-lo de modo autônomo, individualmente ou em grupo. Não precisa pedir autorização nem prestar contas a ninguém.
Três coisas precisam ser resolvidas para afastar a recorrente ameaça militar à democracia.
Siga o fio.
I - Forças Armadas são (como o nome está dizendo) forças a serem usadas, dentro dos limites da lei, por qualquer um dos poderes constituídos. Não são um poder autônomo, um "quarto poder": não existe poder moderador (acima dos três poderes) em democracias.
II - Não existe inimigo interno. Em tempos de paz, ameaças à ordem pública e à paz social provocadas por integrantes da população do país são casos de justiça e de polícia, não de forças armadas para a guerra.
A esquerda realmente existente no século 21 não se desvencilhou do credo marxista. Essa religião laica, muito influente ainda na academia, nos sindicatos, partidos e movimentos sociais, está baseada em três dogmas principais.
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O primeiro é a crença de que a história vai para algum lugar (ou seja, de que a história tem um sentido imanente e que é possível conhecer as suas leis se usarmos a teoria correta - o próprio marxismo).
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O segundo é a ideia de que a luta de classes é o motor da história.
O BOLSONARISMO VAI FICAR ENTRE NÓS POR MUITO TEMPO
Bolsonaro pode ser removido constitucionalmente ou derrotado eleitoralmente. Mas o bolsonarismo não.
Veja por quê seguindo o fio.
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O bolsonarismo achou uma fórmula eficaz para infectar as pessoas com uma narrativa que faz sentido para elas (porque bate com seus velhos preconceitos, ressentimentos por não serem levados em conta e anima sua raiva, sua vontade de revanche e seu desejo de vingança).
Além disso achou o meio ideal de montar um partido ideológico descentralizado: os grupos de WhatsApp (ou Telegram) familiares, de fiéis religiosos, de turmas de ex-alunos etc.