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O QUE É SER DEMISSEXUAL

Não, eles não são "os últimos românticos" e nem vivem em um conto de fadas. Saiba se você é um e ainda não sabe. Entenda o significado no fio,🧶👇🏾

Você já conheceu uma pessoa inteligente, bonita, simpática e — olha só! — solteira, e mesmo assim não sentiu vontade nem de dar uns beijos, ainda que houvesse abertura para tal?

Só fica atraída(o) por alguém depois de meses de muitos encontros e longas conversas? Você acha que as pessoas falam demais de sexo, como se fosse a coisa mais importante do mundo?

Se além de responder “não” a todas as perguntas você ainda achou as situações meio irreais, saiba que elas fazem parte do cotidiano das pessoas que são demissexuais.

Demissexual é aquela pessoa (que pode ser heterossexual, homo, bi etc) que só consegue se relacionar com alguém após estabelecer algum tipo de vínculo afetivo.

A sexualidade humana tem muitas camadas, e outras mais ainda devem surgir. “É muito comum ler e ouvir comentários nas redes sociais como ‘todo dia o povo inventa alguma coisa’ ou ‘daqui a pouco vai ser proibido ser heterossexual’ e por aí vai”, afirma a psicóloga Helena Medeiros.

“Esses tipos de comentários são fruto do preconceito e da baixa informação. É óbvio que novos termos devem surgir com o passar do tempo porque tanto o ser humano quanto a sociedade estão em constante transformação”, aponta.

“Embora isso possa parecer excessivo para alguns, ter essas identidades é extremamente importante para muitas pessoas, pois permite lançar luz sobre experiências que de outra forma seriam ignoradas ou desprezadas”, destaca.

Se identificar como demissexual é, então, um momento de descoberta e aceitação. Não tem a ver com rotular ou colocar pessoas em “caixinhas”, viu?

Para a doutora, pós-doutora em Educação Escolar, autora e palestrante Eliane Maio, da @oficialUEM, tá mais do que na hora de falar sobre outras sexualidades, já desde a idade escolar, para prevenir situações de angústia e sofrimento causadas pelo sentimento de não-adequação.

Os benefícios são muitos: prevenir as violências sexuais; entender as diversidades; estudar os feminismos e combater a violência de gênero.

E finalmente, para que elas tenham a chance de ter prazer sexual quando crescerem. “Os estudos de sexualidade são assuntos tão importantes quanto a discussão sobre meio ambiente, por exemplo. E os dois estão dentro da área científica”, diz a autora.

Ficou curioso? Leia mais sobre o assunto no link.
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