“Bem acima do silêncio escrevo teu nome – Poesia e Holocausto”, distante do desejo de criar um retrato oficial das variadas possibilidades existentes entre poesia e Holocausto, é uma das inúmeras contribuições possíveis a revelar o trabalho em poesia das vítimas do extermínio.
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Esta reunião, embora não linear, cobre distintos períodos da Shoá. Por isso, revela vozes cujas vivências, ao mesmo tempo, se aproximam e se afastam, apresentando os trânsitos entre a singularidade e a coletividade existentes no trauma, na memória e na criação.
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São materiais escritos não apenas por membros de comunidades judaicas, o maior grupo perseguido pelos nazistas, mas também de pessoas que foram alvejadas por outros motivos.
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Alguns pertenciam a grupos políticos ou religiosos que se opunham abertamente ao Terceiro Reich, ou eram LGBTQIA+, ou membros de comunidades como Sinti e Roma, ou eram simplesmente considerados inimigos.
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Porque a poesia é um exercício que constantemente nos faz recordar que resistência é sempre em coletivo, os poemas desta publicação falam diretamente aos nossos dias.
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Esta iniciativa tomou forma a partir do chamado realizado pela 15ª Primavera dos Museus, semana de eventos promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), cujo tema em 2021 é "Museus: perdas e recomeços".
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As poetas e os poetas aqui confrontam a morte e enfrentam a vida, ainda que diante do insuportável, fazendo de suas obras e ofícios atos políticos, atividades vitais, documentos que atravessam o tempo +
- tornando públicos os horrores do genocídio, homenageando os sobreviventes, formulando a imensa violência, imaginando futuro, refazendo o mundo, desfazendo o medo.
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O número 18, na cultura judaica, é equivalente ao valor numérico da palavra "chai", que significa "vivo". Assim gostaríamos que essas palavras ressoassem: como chamados à vida, construção de memórias e narrativas de persistência, mesmo quando tudo parece tão contrário a isso.
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Que estes poemas sejam força, convites contra o silêncio!
Apesar da discussão quanto à natureza política do nazismo, bem como a classificação dentro dos espectros ideológicos clássicos de esquerda ou direita, o objetivo desta thread não é novamente compilar uma bibliografia para argumentos que atestem este falso debate.
Sigam o fio!
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A disputa entre narrativas sobre a natureza do nazismo não dialoga com a metodologia histórica e sequer existiu no círculo acadêmico convencional – mesmo por aqueles que assumiram que o estudo subvertera o significado tradicional da direita, como Norbert Elias e Hannah Arendt.
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A historiografia séria e comprometida com a metodologia e os processos científicos, que envolvem os caminhos e os instrumentos usados para se fazer ciência, já demonstrou que se trata de uma pseudodiscussão.
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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por intermédio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, e em parceria com a Escola Judicial de MS (Ejud-MS), realizará de 23 a 27 de agosto +
a Formação do Projeto InspiraCine: Mulheres - Reflexões Teóricas e Apontamentos Práticos para a Promoção de uma Agenda Educacional em e para os Direitos Humanos.
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A intenção é promover uma ação integrada, como instrumento efetivo de prevenção à violência contra mulheres, direcionada aos profissionais da educação e profissionais da rede de enfrentamento à violência, além de qualificar o debate e disseminar o projeto em âmbito nacional.
Sabendo do potencial crítico, os nazistas proibiram manifestações artísticas contrárias ao regime. A arte, na ótica nazista, teria como função não abrir-se ao livre-pensamento e a críticas sociais,mas exaltar a pátria, a superioridade da raça ariana e o protagonismo do partido.
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Como dizia o ministro nazista da propaganda Joseph Goebbels e, mais recentemente, o então secretário especial da cultura Roberto Alvim, a arte deveria ser "heroica", "nacional" e "imperativa", "ou não será nada".
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Atentas ao contexto mundial de ascensão de regimes extremistas, à intensidade dos atuais discursos de ódio, número crescente da violência contra a mulher e proliferação internacional de grupos neonazistas, inclusive no Brasil, +
as roteiristas e diretoras Regina Miranda e Patrícia Niedermeier buscaram na história recente a possibilidade de identificar elos e conexões entre o que se passou e o que vivenciamos na atualidade para entender e atuar incisivamente no presente.
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As autoras se concentraram no estudo das estruturas de poder durante a época do nazismo. Foi uma surpresa saber que Auschwitz havia sido instituído como campo de concentração a partir da chegada de um comboio de mulheres, logo seguido de outros, que somariam cerca de cinco mil +
O Museu do Holocausto de Curitiba, em parceria com a Universidade Federal do Paraná e a Universidade de Pernambuco, lança uma iniciativa pioneira no Brasil.
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O 1º Congresso Internacional sobre Ensino do Holocausto e Educação em Direitos Humanos busca promover um momento de reflexão e debates acerca de diferentes e relevantes trabalhos a respeito destas temáticas.
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A proposta desse evento acadêmico é conhecer e divulgar pesquisas que vêm sendo realizadas no Brasil e em outras partes do mundo.
O encontro ocorrerá de forma online, por meio do canal do YouTube do Museu e do Zoom, no período entre os dias 21 e 23 de novembro de 2021.
Ewa Nusenowicz nasceu em 1926, na cidade polonesa de Piotrków Trybunalski. Seu pai, Aryeh, importava frutas e sua mãe, Pessia, era lojista. Sua irmã, Renia, nasceu três anos depois.
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A família foi forçada a deixar sua casa em 1.º de novembro de 1939, após a ocupação nazista na Polônia. Foram enviados para o gueto criado na cidade, onde ficaram durante um ano.
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Quando o gueto em que estavam foi liquidado, seu pai foi enviado para trabalhar em Czestochowa e depois para Buchenwald. Em outubro de 1944, Ewa, Renia e sua mãe foram enviadas para o campo de concentração feminino de Ravensbruck, na Alemanha.