#COP26
A semiótica, cada vez mais, vem sendo utilizada no campo comunicacional como método de pesquisa nas mais diversas áreas, seja nos estudos das linguagens musical e gestual, da linguagem fotográfica, da linguagem climática, ...
...cinematográfica e pictórica, bem como pela linguagem poética, publicitária e jornalística.
Assim, fica cada vez mais evidente a necessidade de se compreender a relação do homem e a infinidade de signos existentes em nossa sociedade atual.
A linguagem humana tem se multiplicado em várias formas e novas estruturas e novos meios de disseminação desta linguagem têm sido criado.
Análise Semiótica de Propaganda
Comercial para televisão
Título: Mensagem de Natal
Anunciante: Ação Natural
Elementos:
Signo: Filme “Mensagem de Natal”
Signo: é um Primeiro que está em tal genuína relação como um Segundo, chamado seu Objeto, de forma a ser capaz de determinar que um Terceiro, chamado seu Interpretante, assuma a mesma relação triádica (com o Objeto) que ele, signo, ...
... mantém em relação ao mesmo objeto/uma coisa que representa outra coisa, seu objeto, para um intérprete.
O Signo, é, portanto, “o que se refere a”
“a”, no caso, é o objeto. O objeto é, por sua vez, “ao que se refere “o”, o signo. Explicam-se, então, as setas bidirecionais do modelo, onde quaisquer setas indicam relações entre elementos na criação de significação.
Já o Interpretante é o que Pierce chamou de “o próprio efeito significativo”.
Em uma floresta, por exemplo, há diálogos e negociações entre a flora, a fauna, o clima, as estações do ano, que ocorrem por séculos para que se chegue à formação que conhecemos e muitas vezes vemos como estática, imediata. Sim, para Peirce, a floresta está em semiose.
Em famoso pensamento de Peirce, temos o entendimento de que o pensamento não está em nós, nós é que estamos em pensamento. Não reagimos mecanicamente às situações, de forma sempre igual. Estamos sempre em movimento, criando novos signos, aprendendo.
Objeto Dinâmico ou Referente: a mensagem de preservação da Amazônia.
Objeto dinâmico: refere-se a relações ilimitadas que o objeto contém ou suscita e que é o único passível de investigação científica. É aquele que está na realidade. As partes de que se compõe o signo.
Referente: o mesmo que Objeto.
Objeto Imediato: a qualidade da representação em si, o objeto tal como representado, as imagens de lar, árvore de natal e demais objetos, os movimentos; os sons de melodia instrumental, ruídos e vozes, ritmo.
Objeto imediato: refere-se a uma ideia particular do objeto/uma qualidade de sensação que só pode ser conhecido por sentimento. É aquele que o signo carrega dentro de si mesmo.
Fundamento do signo: a exposição de duas situações antagônicas, equilíbrio e desequilíbrio, vida e morte. A ideia de destruição ecológica.
Interpretante Imediato: o sentido da construção audiovisual, através dos movimentos, ritmo dos elementos, intensidade e grau de luz e som.
Interpretante imediato: informação não-programada/provoca na mente interpretadora, apenas, a captação sensível de sua qualidade que é um signo/nível de primeiridade.
Interpretante e Referência: significados produzidos pelo filme em relação ao objeto de conscientização a respeito da responsabilidade do receptor para o problema do desmatamento no Brasil.
Interpretante: supersigno que está sempre se refazendo ao refazer a relação entre o signo e o objeto/terceiridade/significação/interpretação de um signo.
Metodologia de Análise Semiótica
Sintático: relações estruturais entre os elementos componentes do filme.
A composição visual, a forma, o movimento, as cores, luz, interferências linguísticas e a inter-relação entre as sequências e planos que se sucedem.
Os elementos sonoros, a música instrumental, ruídos, ritmo, interferências verbais, graduação sonora.
Semântico: relações entre os elementos visuais e acústicos com o objeto referente. Aquilo que os elementos denotam.
Semântico (nível): quando envolve relações de significado, entre signo e referente.
Pragmático: relações entre a materialidade do filme, seu objeto e seu interpretante. O nível conotativo da leitura, o simbólico.
Pragmático (nível): implica nas relações significantes com o intérprete, ou seja, com aquele que utiliza o signo.
Análise Sintática
Do suporte: filme colorido para veiculação em televisão, duração 30”.
Da composição: os elementos morfológicos conforme descrição abaixo. O filme é composto basicamente de quatro sequências, sendo que apenas a segunda é composta de imagem dinâmica.
Sintático (nível): quando se refere às relações formais dos signos entre si.
Descrição
Sequência 1: Abertura – Duração 3”
Vídeo: Fundo Azul, textos em letras brancas: Mensagem de Natal
Áudio: Música “Noite Feliz”, som uníssono, vibrafone.
Sequência 2: Duração 22”
Plano 1:
Vídeo: Ambiente doméstico, canto da sala com árvore de natal à direita, ponto de vista do receptor, em primeiro plano. Janela ao fundo, cadeira e abajur aceso ao lado esquerdo, embrulhos de presentes embaixo da árvore.
Áudio: continua melodia “Noite Feliz...
Plano 2:
Vídeo: árvore começa a balançar.
Áudio: entram sons de machadadas batendo na madeira
Plano 3:
Vídeo: “close” de galho da árvore com enfeite vermelho.
Áudio: entra voz masculina – “Quando você olhar para...
Plano 4:
Vídeo: tomada da árvore inteira de baixo para cima. (caem dois enfeites {bolas de natal} vermelhos).
Áudio: (continua) “sua árvore de Natal, lembre-se...
Plano 5:
Vídeo: outro close de detalhes da árvore com enfeite vermelho.
Áudio: (continua) – “que só na Amazônia este ano...
Plano 6:
Vídeo: tomada da árvore inteira balançando, frontal.
Áudio: (continua) – “foram derrubadas mais de...
Plano 7:
Vídeo: tomada da árvore de baixo para cima, caem enfeites brancos.
Áudio: (continua) - “sete milhões de...
Plano 8:
Vídeo: close de outro detalhe da árvore com enfeite branco.
Áudio: (continua) - “árvores...
Plano 9:
Vídeo: outra tomada da árvore inteira de baixo para cima.
Áudio: termina texto, continua música e ruídos de machadadas.
Plano 10:
Vídeo: tomada de baixo para cima do movimento da árvore caindo sobre a tela.
Áudio: ruído de árvore caindo.
Sequência 3: Duração 3”
Vídeo: tela escurece inteira.
Áudio: música e ruídos desaparecem, entra apenas a voz anterior: - “Se não fizermos nada sobre o desmatamento no Brasil, quem você acha que vai fazer?”
Sequência 4: Duração 2”
Vídeo: sobre fundo escuro aparece nome do anunciante, em letras brancas e vermelhas: Ação Natural, alerta. e telefone.
Áudio: (continua), voz irônica - “Papai Noel?”.
Do ponto de vista da análise Semiótica os referentes objetivos procuram conscientizar o público num período especialmente emocional, próximo do Natal, a respeito da ameaça do desmatamento.
A associação direta de “sua” árvore de Natal com as árvores da Amazônia sugere a aproximação do problema, ameaçando que se o receptor não fizer nada pelo problema correrá o risco de perder sua própria árvore.
Imagem que apelam pela sensibilidade, associada a um texto que alerta e ameaça, buscando e colocando o espectador no centro do problema.
Proposição
Linguagem dirigida – Quando você estiver olhando para a sua.
A cadeira vazia (você) deixa em aberto o lugar para o personagem principal, que poder ser assumido pelo receptor.
Análise pragmática. A lâmpada acesa pode representar uma luz de esperança.
Os símbolos
Mensagem de Natal desperta uma certa atenção para a sequência e desperta e cria uma expectativa no receptor.
Seguindo apresentam-se símbolos, legissignos, como árvore de natal, canção Noite Feliz, convencionados pela cultura como representantes ou indicativos de Natal.
Contiguidade: inferência por proximidade. Similaridade: inferência por semelhança.
Árvore: vida, árvore de Natal, símbolo de festa de Natal.
Enfeites e presentes: alegria, símbolo do poder econômico.
Luz acesa: chama de esperança, luz-símbolo de vida, presença.
Cadeira vazia: ausência de pessoa, omissão.
Árvore que balança: incerteza, ameaça, desiquilíbrio.
Enfeites que caem: rompimento, queda, fragilidade.
Cores dos enfeites que caem: vermelho, símbolo de sangue derramado, vida perdida; branco, pureza destruída.
Sons de machado derrubando árvore: índice que reforça a simbolização da destruição.
A queda da árvore: simboliza a destruição acontecendo.
O escuro: o nada, a consequência da destruição, a morte.
O texto intermediário apresenta uma convocação para a reflexão e informa os acontecimentos ameaçadores.
O receptor não tem como não entender a mensagem, ela é bem clara e direta.
Esquema de análise dos elementos, atitudes, sentimentos, qualidades representadas que correspondem ao interpretante imediato produtor de sentido:
Metodologia de Análise Semiótica
Sintático: relações estruturais entre os elementos componentes do filme.
A composição visual, a forma, o movimento, as cores, luz, interferências linguísticas e a interrelação entre as sequências e planos que se sucedem.
Os elementos sonoros, a música instrumental, ruídos, ritmo, interferências verbais, graduação sonora. ...
Semântico: Relações entre os elementos visuais e acústicos com o objeto referente. Aquilo que os elementos denotam.
Pragmático: Relações entre a materialidade do filme, seu objeto e seu interpretante. O nível conotativo da leitura, o simbólico.
Na mensagem acima, observa-se o impacto da linguagem verbal (contiguidade: {Mensagem de Natal.}) sobre a não verbal, preponderantemente, no signo linguístico “texto sobre a ameaça do desmatamento”, interpretado como “desmatamento da Amazônia”, ...
...propiciando, por outro lado, uma operação intersemiótica que contrapõe sintagma verbal a sintagma visual.
A imagem das árvores contrasta com a imagem da destruição (sintagma visual): signos icônicos, que se relacionam no interior da mensagem, por similaridade: árvore de natal, desmatamento, indicando a destruição.).
O importantíssimo é ter em mente: há comunicação, há aprendizado. Se há ação do signo, mentes elaborando conteúdos, há aprendizado, há diálogo.
Uma vez, passando Jesus por um campo de sepulturas, encontrou um jovem que estava de joelhos e chorava junto a uma delas, Ao vê-lo, Jesus se compadeceu da sua dor e, aproximando-se, disse-lhe:
- Jovem, por que choras?
Voltando-se, o jovem estendeu a mão e respondeu:
- Minha mãe está aqui há três dias.
- Não, meu filho - disse-lhe Jesus – tua mãe não está aqui. Aqui só estão depositados todos os despojos últimos que ela abandonou.
Por que choras, pois, sobre esses despojos? Levante-te e caminha, que tua mãe te espera.
O desesperado jovem moveu a cabeça tristemente a cabeça e disse:
- Não, esperarei aqui até que venha a morte, e ela virá. Então, eu o sei, irei reunir-me à minha mãe.
A Psicologia trata de fatos psicológicos ou fatos relacionados com o psiquismo humano, a parapsicologia trata de FENÔMENOS. FENÔMENO é um fato extraordinário, que por esta razão tem uma auréola de prodígio e maravilhoso.
E como as suas causas verdadeiras permanecem desconhecidas apresenta-se também, como "misterioso", tal tipo de fatos ou fenômenos existiram sempre, desde o início da humanidade até os nossos dias e existirão, provavelmente, enquanto existam os homens, pois todo fato, ...
...cuja verdadeira causa é desconhecida, torna-se misterioso e, consequentemente, aparece como maravilhoso e prodigioso.
Jânio e Saulo, numa conversa a sós, sem palpiteiros, discutiram longamente um decreto em defesa da ecologia e do meio ambiente, assunto desconhecido e misterioso, inclusive no exterior.
Os dois, porém e atrevidamente, soltaram a imaginação e o pensamento criativo, concluindo que era preciso regulamentar a defesa do meio ambiente.
Editou-se o Decreto nº 50.877, em 29 de julho de 1961, um dos primeiros atos normativos, em favor do meio ambiente, editados no mundo! Para se ter a ideia do pioneirismo, a lei de proteção às águas, na Itália, foi editada muito depois, é de 1976.
Educação Ambiental é uma nova forma de educar, ampla e significativa (uma “meta-educação”). Tem como ponto de partida e de chegada o próprio meio ambiente e, como preocupação maior, a melhor qualidade de vida. #COP26
@soniablota
A Educação Ambiental, se bem aplicada, leva o estudante a uma real integração com o ambiente onde vive, que, na realidade, é a continuação do seu próprio corpo e, como tal, tem que ser conhecida, respeitada e preservada.
Será imprescindível, de agora em diante, a inclusão do tema educação ambiental nos currículos das Faculdades de Educação, bem como sua promoção em nível de pós-graduação.
@Miltonneves
Leão Escapa da Jaula
O mineirinho vai ao circo no interior, a plateia está lotada. Ele só consegue um lugarzinho na última fila da arquibancada. Se senta e dá uma ajeitadinha no saco bem no meio de duas tábuas vergadas.
Alguns minutos depois, um leão escapa da jaula. O público se levanta e ameaça debandar. O mineirinho grita gemendo de dor:
— Senta, que o leão é manso!
O Mineirinho e a Americana
Um mineirinho bom de cama, passando por New York, pega uma americana e parte para os finalmentes. Durante a relação, a americana fica louca e começa a gritar:
— Once more, once more, once more!
Geralmente, não é sem uma certa vergonha que os brasileiros admitem sido os últimos a emancipar os seus escravos. Historiadores, economistas e sociólogos brasileiros esforçam para explicar, mas nunca se perguntam por que ela foi tão tardia.
Não foi por acaso que a proclamação da República, no Brasil, se deu exatamente um século depois de ter começado a Revolução Francesa: 1789, foi, por excelência, o ano da liberdade.