No início da tarde desta quarta-feira, dia 03 de novembro de 2021, Flávio Antônio (42), trabalhador, foi assassinado após ser atingido por uma picape na Av. Caxangá, na zona oeste do Recife.
O motorista dirigia em alta velocidade, quando um dos pneus estourou e o veículo atingiu Flávio, matando-o no local. O impacto foi tão forte que o carro teve sua lateral toda arrancada ao colidir na Estação de BRT Engenho Poeta.
A poucos dias do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, que acontece no 3o domingo deste mês, nos chocamos com mais uma notícia que, infelizmente, não é incomum. Somente até julho deste ano, foram 51 colisões e atropelamentos na Av. Caxangá, sendo cinco com ciclistas.
A via é a quinta avenida mais perigosa do Recife, tendo acontecido mais de 1.500 colisões e atropelamentos de 2015 para cá.
Há projetos de estrutura cicloviária desde 2012, inclusive no Plano Diretor Cicloviário.
Além disso, não há qualquer elemento de fiscalização na avenida, a exemplo de radares e lombadas. Reforçamos que cabe ao poder público medidas de proteção à vida no trânsito, como o desestímulo ao uso do carro, a redução das velocidades nas vias e +
a criação de infraestrutura protetora do ciclista, principalmente nas grandes avenidas, como é o caso da Caxangá.
É dever da @prefrecife e da #CTTURecife priorizar seus investimentos para garantir a segurança das pessoas no ir e vir, estimular o caminhar e o pedalar na cidade.
Se foram os compromissos assumidos pelo prefeito @JoaoCampos a redução das velocidades para 50km/h (como recomenda a OMS), a implantação do Plano Diretor Cicloviário e a priorização de 85% dos investimentos em mobilidade para os modos ativos e coletivos: cumpra-se!
Chega de desperdiçar os recursos públicos em asfaltamento e triplicação de BR, antes que mais pessoas sejam mortas no trânsito violento do Recife e também de toda a Região Metropolitana.
Exigimos o que sempre foi nosso de direito e que evitaria a morte de Flávio e tantos outros que transitam na Caxangá: a nossa ciclovia, a fiscalização das velocidades e a redução da velocidade máxima para 50km/h.
Nossa solidariedade à família de Flávio Antônio.
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O automóvel não pode ser a prioridade no planejamento urbano, nem mesmo o carro elétrico, como vem sendo discutido erroneamente na #COP26. A solução para o melhor gerenciamento do espaço urbano está no trânsito planejado para todos os meios de transporte. Veja nossa proposta 👇🏾
De acordo com o Relatório da Mobilidade (Ameciclo, 2020), que analisou os investimentos da gestão executiva municipal para a mobilidade urbana entre 2013 e 2020, houve um baixo percentual de execução dos valores previstos no orçamento para estruturação da mobilidade sustentável +
demonstrando a falta de prioridade que a bicicleta teve nos planos, enquanto recapeamento e pavimentação de novas vias teve invejáveis percentuais de 100% de execução de orçamento previsto.
Um dos assuntos mais abordados pela #COP26 é a preservação das florestas globais para manter o aquecimento do planeta abaixo de 1,5°C. Ontem, mais de 100 países, incluindo o Brasil, concordaram em acabar com o desmatamento até 2030. Mas o que isso tem a ver com o espaço urbano?👇🏿
Para reduzir as temperaturas, também precisamos garantir arborização no espaço urbano. As propostas de emendas modificativas para o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) elaboradas pela Ameciclo abordam esse ponto relacionando-o com o uso da bicicleta.
Sob orientação do Plano Local de Ação Climática do Recife, é preciso alcançar pelo menos 80% de arborização das ciclovias da cidade até 2037, com foco em atingir o máximo de sombreamento. #ClimaticChange