Uma sociedade saudável tem divisão de tarefas e liberdade de escolha, não promessa de paridade de sexos em todo canto. O identitarismo favorece a feminilidade acima da masculinidade, e o resultado é previsível: priorização da segurança acima da liberdade. psychologytoday.com/us/blog/the-an…
Mulheres são mais avessas a riscos, atentas à autopreservação. Isso faz delas pacientes ideais na medicina: se cuidam e procuram ajuda com antecedência. Mas o que vale para pacientes não vale para AGENTES. Aversão a risco é um problema na economia e um empecilho às liberdades.
Toda ideologia dogmática precisa de um sistema imune para se perpetuar, respostas prontas para toda crítica. A resposta pronta do identitarismo a esse tipo de crítica, é claro, é acusar machismo e misoginia. Mas os adjetivos de acusação de preconceito já estão ficando gastos.
No primeiro tweet eu atribuí duas posições ao identitarismo: exigência de paridade de sexos e supervalorização das mulheres. Isso, claro, não tem nexo lógico, mas a culpa não é minha. Os identitários não estão interessados em aumentar o número de mulheres entre garis, só CEOs.
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Vacina de mRNA é vacina ou é terapia gênica? Nenhuma das duas coisas é óbvia à primeira vista. Já que vacina consiste em apresentar uma versão enfraquecida do patógeno ao sistema imune, apresentar uma única molécula do patógeno pode ser essa versão enfraquecida, então é vacina...
Mas essa molécula, a proteína S, não é apresentada diretamente, mas fabricada pelas nossas próprias células a partir da instrução do mRNA, o que lembra algum tipo de terapia gênica. Há alguma plausibilidade aí, mas eu acho que chamar de terapia gênica é mais forçado.
A função de uma terapia gênica é prover alívio para alguma insuficiência provocada por mutações ou outros defeitos genéticos. Pode ser que se desenvolva terapia gênica cujo tratamento é administração do mRNA, mas isso seria um subconjunto: teremos terapia gênica de outros tipos.
Programa de governo do @SF_Moro está um suco de pauta genérica com risco de cair em desenvolvimentismo e varre-varre-vassourinha. Assim não ganha meu voto. Ganha quem mostrar compromisso com liberdade econômica, essa continua sendo a pauta urgente do país. Povo rico é povo livre.
Boa notícia que enfatizou liberdade de imprensa. Mas "chega de ofender jornalista" por quê? Isso é parte dessa liberdade, não antagônico a ela. Se grande parte da imprensa atua como um partido progressista (e identitário além disso), há muitos jornalistas merecendo os insultos.
Gastou saliva em livre mercado e privatização. Não convence, pois:
1 - Usa "ineficiente" para condicionar privatização. Não tem que condicionar. Tem que vender.
2 - Defende um "Fome Dois Ponto Zero". Ora, não sabe que é o livre mercado que combate pobreza? gazetadopovo.com.br/republica/moro…
Esta semana os podcasters conservadores americanos resolveram cancelar Harvey Milk. O motivo do interesse renovado é que a marinha deu o nome dele para um navio. Os crimes do Milk? Namorar um jovem de 16 anos aos 33, ter tido amizade com o Jim Jones do suquinho da Guiana. (...)
Não sei tudo de Milk, mas:
- Não é pedofilia, mas insistem que é. Sexo com adolescente pode ser errado, mas é o mesmo nível de erro que sexo com crianças pré-púberes? Piraram. Parecem os ativistas que chamam xingamento e assassinato de "homofobia", equiparando uma coisa à outra.
- O louco que fez uma seita socialista, levou as pessoas pra Guiana e deu suquinho do capeta para elas foi o Jim Jones, não o Milk. Essa tentativa de culpa por associação também lembra a atitude dos lacradores que ficam policiando quem retuitou quem, quem deu like em quem.
Estudando a história da vacina, ficou mais clara pra mim a da homeopatia. Samuel Hahnemann claramente pegou o princípio de "cura" pelo "igual" da variolação e generalizou. Apaixonou-se pela ideia. Seria como generalizar o tratamento de vitamina A pro sarampo pra todas as doenças.
O problema é que a realidade é complexa, inclusive a realidade dos males e incômodos que nos afligem. Assim como nem tudo pode ser tratado com vitamina, nem tudo pode ser tratado com "cura pelo igual". Também está errado chamar o resto da medicina de "alopatia" — é um xingamento.
O resto da medicina NÃO ESTÁ comprometido com um princípio metafísico de "cura pelo diferente" (isso que significa "alopatia"). Está comprometido com o que *funciona*... e a homeopatia não funciona melhor que o placebo. Eu já tomei uma "overdose homeopática" para demonstrar isso.
Gênero neutro existe. Na língua alemã. Gêneros eram conjuntos de substantivos para os quais as línguas têm certas regras. Até que John Money, cientista que fez estudo antiético tentando transformar menino em menina, popularizou na academia que "gênero" é a parte cultural do sexo.
Na nossa língua temos registro do uso do termo gênero como sinônimo de sexo desde o séc XVI. Mas era no sentido de tipo, tipo de pessoa, do mesmo jeito que dizemos "gênero musical". A distinção de Money é gananciosa pois presume saber que parte é cultural e que parte é biológica.
Nas décadas de 1950 e 1960, em que Money fazia sua campanha para pregar que ser menino ou menina é uma coisa culturalmente determinada e nada a ver com a genitália entre as pernas, sabíamos ainda menos sobre quanta biologia há nas partes que aparentam ser puramente culturais.
"O que era considerado piada, hoje sabemos que mata."
É aqui que vemos a face anticiência do progressismo identitário que já é dominante entre os jornalistas. Qual é a grande diferença entre dizer que video-game causa violência e que piadinha de gay mata? Onde estão evidências?
A outra coisa impressionante, à parte a postura anticientífica e de cabeça fechada a respeito de relações causais, é o vandalismo semântico: ele está dizendo que era considerado piada, e agora não é mais. Por que não é piada mais? O Dicionário da Novilíngua foi atualizado?
Meu filho, eu não quero que piada de gay seja banida da face da Terra, eu sou gay e aprecio várias delas, e faço algumas eu mesmo. Até fiz uma sobre o Superman bissexual. Piada não é o feitiço AVADA KEDAVRA do Harry Potter, em que uma pessoa conta uma e um viado cai morto.