NOTA DE SOLIDARIEDADE AOS ESTUDANTES DO COLÉGIO KOELLE (RIO CLARO/SP)
O PCB vem a público expressar sua solidariedade aos estudantes do Colégio Koelle, de Rio Claro/SP. Ao que nos consta, na quarta-feira, dia 17/11, alguns alunos, em um momento de descontração durante a sessão
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de fotografia para sua formatura, abriram a bandeira de nosso Partido para tirarem uma foto de cunho pessoal. No dia 18/11, o Colégio Koelle informou, por meio de suas páginas oficiais e redes sociais, que havia sancionado os alunos envolvidos.
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O Colégio Koelle afirma que repudia "veementemente que alunos, professores e demais colaboradores manifestem seu posicionamento político no ambiente escolar". É notório que, apesar da alusão ao Regimento Escolar, a única citação direta dele seja
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sobre a censura aos trabalhadores do local em expressarem suas posições políticas - mas a alegada censura regimental aos estudantes não é citada diretamente. Entendemos como muito problemática a postura do Colégio e dos apoiadores dessa ação.
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Por completo acaso, a bandeira estendida que pode ser vista no vídeo que circulou por diversos meios digitais era do nosso Partido, mas o caso não se trata apenas disso. Trata-se da liberdade de expressão política de estudantes nos seus espaços de socialização e educação.
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Longe de defendermos abstratamente essa liberdade de expressão, afirmamos que o posicionamento do Colégio Koelle reflete uma tendência de buscar remover das escolas não apenas o debate crítico, histórico e cientificamente embasado sobre as diversas ideologias
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e teorias que fazem parte das lutas de classes de nossa época histórica, mas também de constranger os estudantes que, tendo desenvolvido um grau de consciência de classe, tomaram lado da classe trabalhadora ainda em sua idade escolar. Parabenizamos os estudantes -
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seja aqueles que de fato compreendem que a bandeira de nosso Partido é um símbolo importante da luta pela emancipação humana; seja aqueles que, mesmo sem concordarem com nossa ideologia, não veem problema em uma brincadeira amistosa em um momento de descontração.
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É preciso reafirmar, contudo, que não é à toa que a bandeira de nosso Partido provocou o Colégio Koelle a uma atitude pouco pedagógica e muito constrangedora em relação a seus estudantes. O anticomunismo, tendência de pensamento que foi defendido pelas expressões políticas
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mais terríveis da nossa história passada e recente, é sempre sintoma de uma visão estreita e, muitas vezes, reacionária sobre o movimento dos trabalhadores. Devemos combater o anticomunismo em suas várias expressões - e essa nota também visa a alertar a todos
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que essa postura de censura adotada pelo Colégio Koelle abre espaço para outras expressões de pensamento antioperário, antipopular e antidemocrático. Enfatizamos uma vez mais a solidariedade com todos os estudantes que foram constrangidos por expressarem
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sua ideologia política ou por se envolverem em uma brincadeira. Saibam todos que o Partido Comunista Brasileiro tem orgulho de, em quase 100 anos de história, ter estado à frente de iniciativas como a organização da União
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Nacional dos Estudantes e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas, defendendo a juventude trabalhadora, inclusive em seu direito de expressar livremente, em qualquer espaço, suas posições políticas, ideológicas e/ou partidárias.
Comissão Política Regional - PCB - SP
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"Nós somos um país da África? Desorganizado, em bases tribais, com uma geografia de deserto" - Ciro Gomes
a fala de Ciro, na entrevista com Datena, foi péssima. Usou do senso comum para falar da fome no Brasil e usou o mito da "África tribal pobre". Vamos pensar juntos
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Se você reparar, quando trata do Brasil, Ciro diz que o problema da fome é a política e o modelo econômico, mas quando o assunto é o continente africano, numa espécie de mágica, o problema é a geografia (deserto), "bases tribais" e a "desorganização". Some política e economia
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Nessa fala, Ciro repete 3 mitos principais. O primeiro mito, derrubado por Josué de Castro há décadas, é colocar a culpa no clima pela fome. Na realidade, em toda e qualquer situação, a fome é fruto da configuração econômica, política e geopolítica e não fenômeno natural
O combate e negação da categoria teórico-ontológica de universalidade é a pedra de toque da preservação da ordem burguesa e do realismo capitalista, nos termos de Mark Fisher. É um dos temas centrais da luta de classes na filosofia
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O elogio e a entificação do particularismo, a apologia da "diferença", o multiculturalismo e a centralidade do papel da "vivência" no processo de conhecimento têm como objetivo negar a possibilidade de construção de uma universalidade histórico-concreta.
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E não existe revolução, transformação radical, sem um movimento político que encarne uma universalidade histórico-concreta. No plano da filosofia, o abandono de qualquer perspectiva revolucionária se reflete na negação da universalidade e totalidade.
Terminei de estudar a PEC-5 e quero colocar uma modesta contribuição ao debate. Primeiro, como muitos já falaram, a PEC não tirava "autonomia" do Ministério Público e não colocava o Congresso controlando o MP.
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A PEC-5, modesta para tanto alarmismo, apenas mudava a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Procuradores continuavam tendo maioria. Me parece mais uma tentativa de impor uma derrota política ao lavajatismo que mudança real no CNMP
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Até certo ponto, foi uma prova de fogo para o lavajatismo e a capacidade de mobilização do discurso anticorrupção do liberalismo. Depois da Lava-jato sofrer tantas derrotas, a PEC-5 era uma boa medida para saber que força eles ainda conservam.
Vamos imaginar uma situação hipotética. Temos uma cidade que é abastecida de alimentos apenas por uma estrada. Essa estrada é atingida por uma grande inundação e o governo decide não fazer nada, para matar de fome as pessoas da cidade. A cidade vai passar fome?
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Claro que sim, mas não de forma igual. Imagine que as pessoas ricas da cidade vão poder pagar abastecimento de alimentos via helicópteros e aviões monomotores. Em paralelo, vão ter seguranças para evitar ataques e saques. Depois de um mês sem abastecimento, qual o cenário?
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mortes e fome. Mas a morte e a fome, embora afete toda cidade, não vai afetar todos da mesma forma. Pessoas pobres, sem recursos, em situação mais precária, vão morrer mais. Pessoas de classe média menos que as pobres e pessoas ricas menos que todas as outras classes.
A ativista Greta Thunberg, por convicção ideológica ou mero navegar na onda anti-China, disse que o presidente Xi é “líder de uma ditadura” e completou: "a democracia é a única solução para a crise climática”. Gostaria de expor duas questões sobre essa declaração.
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Greta, espero que você não considere democrático invadir outros países, praticar golpes de estado, mudanças de regime, bloqueios e sanções econômicas, financiar grupos, praticar assassinatos políticos e manter o maior aparato de guerra da história humana ameaçando todo globo
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Imagino, Greta, que você deve considerar desumano, cruel e inaceitável DURANTE A PANDEMIA aumentar os bloqueios e sanções econômicas contra país, usando o vírus como uma arma biológica contra os povos. É isso que os EUA estão fazendo contra Cuba, Irã, Síria, Líbano etc.
O Brasil tá uma merda, quase dois anos de pandemia, muita gente perdeu entes queridos etc. Tento processar isso para entender certas frustrações e ataques pessoais que recebo. Aliás, racionalizar isso é uma forma até positiva de pensar a coisa. Hoje mesmo, por exemplo, rolou +
algo engraçado. Publiquei mais cedo um texto do dia do professor falando que a educação não é libertadora. Nos compartilhamentos com comentários te gente mandando "tomar no cu" (??), falando do meu corpo e de academia (??), mando eu me "fuder" (?), dizendo que sou burro (?)
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Não teve um para escrever, argumentar, discordar da ideia de maneira fundamentada, citar um autor, livro, artigo, conceito. Nada. Absolutamente não. É só uma espécie de frustração, raiva. Não é nem arrogância. É outra coisa. É um tipo de frustração querendo sair.