A última moda no Rio de Janeiro é o pedido de habeas corpus preventivo ao judiciário para impedir a prisão em flagrante de quem planta maconha “para fins medicinais”.
Um desses “agricultores” pediu HC para plantar mais de uma centena de pés de maconha.
Detalhe: o “agricultor” morava na cobertura de um edifício.
Vários HCs já foram concedidos.
O que ninguém sabe responder é:
Qual é a autoridade que vai fiscalizar se a “plantação” foi realizada de acordo com a autorização e conferir se a colheita realmente virou remédio?
Os cultivadores de maconha deveriam ser, no mínimo, submetidos aos mesmos procedimentos burocráticos dos atiradores, caçadores e colecionadores de armas:
Nessa altura da discussão, alguém diz: "o brasileiro médio não tem maturidade para portar arma".
Claro que não tem.
Os únicos que têm maturidade suficiente para portar armas são os sequestradores, os assaltantes, os estupradores e os traficantes.
A cultura do Brasil tem origem na cultura portuguesa.
Como será que Brasil e Portugal se comparam em termos de armas e crime?
Os dados falam por si.
Na verdade, os dados gritam.
Em 2017 Portugal tinha 21,3 armas por 100 habitantes, mais que o dobro do Brasil, que tinha 8,3 armas por 100 habitantes.
Segundo o raciocínio da mídia e dos “especialistas”, a taxa de homicídios de Portugal deveria ser muito mais alta que a taxa de homicídios do Brasil, certo?
É oficial: o Presidente Jair Bolsonaro ganhou a votação para Homem do Ano da revista americana Time Magazine com 24% dos votos. Trump ficou em segundo com 9%.
Rapaz, eu consigo pensar em umas cinco pessoas que vão direto chorar no banho.
Você quer entender o que está acontecendo no Brasil? Vou te contar uma história.
Em 1990 o Brasil vivia uma crise de criminalidade violenta.
Mais uma.
A Lei dos Crimes Hediondos (8.072) daquele ano foi uma tentativa de responder à crise.
A lei enumerava os crimes considerados hediondos e determinava que, nesses casos, a pena do criminoso deveria ser cumprida integralmente em regime fechado. Ou seja, o criminoso deveria ficar preso de verdade.
Em 1992 a atriz Daniela Perez foi brutalmente assassinada a tesouradas. Apenas SETE ANOS depois o casal assassino já estava livre.
O crime - homicídio qualificado - não era considerado hediondo.