alinhou no discurso que ninguém queria eleições. são um partido responsável. divagou e o moderador chamou à pergunta:
- lembrou o medo das maiorias absolutas e é preciso transparência
Costa, quer maioria absoluta?
Elogia Livre e Tavares. Cola Rui Rio a politicas de austeridade. Aproveita para se mostrar como partido da responsabilidade e estabilidade
Tavares responde que o povo é que decide se há ou não maiorias absolutas. E que um partido sozinho não consegue ter respostas para os problemas de Portugal e fazer subir salários
Tavares faz desafio concreto:
- senhor Costa, aceita este acordo? (convergência entre uma maioria progressista e ecologista)
- o senhor Costa insiste na estabilidade e não se compromete. Volta a trazer Rui Rio como o portador da austeridade
o discurso de Costa está muito certinho e anda à volta do mesmo "nós somos a responsabilidade, a esquerda é irresponsável, maioria é o melhor"
Tavares lembra que Costa também é corresponsável pela queda do governo.
Costa: "A única forma de ter um governo progressista em Portugal, estável e sem influência da extrema-direita ou liberais, é com o PS"
Costa promete que se o PS não ganhar, sairá de secretário-geral do partido. Qualquer decisão de deixar o PSD governar será tomada pelo(a) sucessor
Tavares aproveita para falar sobre propostas (até agora não foi tema!)
Livre propõe mil euros de salário mínimo. O que é Costa acha?
Lembra que o aumento observado até agora foi a maior de sempre. diz que é importante aumentar o salário médio e elogia o OE que não chumbou
Tavares:
O aumento de 6% como o verificado este ano, chega para chegar aos mil euros em 4 anos. é preciso integrar/aproximar os salários com os de Espanha para Portugal não ficar como reserva de trabalho indiferenciado de Espanha
Costa: volta a trazer Rui Rio "não se esqueça que se acha o meu aumento mau, com ele não tinha nada"
"um voto no Livre não nos livra da direita"
Tavares: "é um voto à esquerda e um acordo estável"
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Hoje seria o debate com CDU, pelo que está na hora de olhar para o seu programa eleitoral para a saúde
Um programa longo, bem estruturado e que defende o SNS
Segue 🧵🧵🧵
Avançam o mesmo programa de 2019, mas com um prefácio. A saúde tem direito a um capítulo próprio com 7 pontos extra/destaque.
Maioria dos pontos dizem respeito a questões laborais (situação que desenvolverei mais à frente)
Mais contratações, dedicação exclusiva, carreiras
Pedem o "aceleramento na compra de equipamentos em particular de meios auxiliares de diagnóstico". Importante mas curto e mal definido. E pedir apenas mais meios é insuficiente, era uma boa oportunidade para explicar como produzir mais com os meios atuais (e futuros)
O último relatório linhas vermelhas é muito interessante.
A maior incidência está no grupo 20-29, seguindo-se dos 30-39. São os jovens adultos os principais focos de novos casos.
A incidência no grupo +65 é 6x inferior ao grupo 20-29. Impacto da 3ª dose e talvez menor mobilidade
Ainda estamos com situação crescente, não é claro quando será atingido o pico. Mas o impacto nas UCI está totalmente dissociads dos novos casos. Há mais pessoas 20-39 em UCI que +80 (8 vs 6). Maior grupo são os 60-79
Em outubro, um não vacinado +80 tinha o dobro da probabilidade de internamento que um vacinado da mesma idade. Proporções semelhantes para 70-79 e 60-69.
No grupo 50-59 um não vacinado tinha 6x maior risco de internamento que um vacinado
Hoje iniciam-se os debates! está na hora de ir ler os programas eleitorais, com olho na saúde. Vou deixar o do Bloco para o fim e tentar seguir a ordem dos debates da Catarina.
O que significa que vamos começar pelo CH.
Segue o 🧵🧵 após leitura e análise atenta👀👀👇🏼👇🏼
Antes da saúde propriamente dita, passei pela economia. Afinal de contas, não há saúde sem economia (nem economia com pessoas doentes)
O CH defende que gerir um país é igual a gerir um orçamento familiar. Começa de forma bem tosca
Defende um corte enorme nos impostos e elege como *prioridade* económica pagar a dívida. Além da ironia boa de ter o partido nacionalista a servir os interesses dos banqueiros alemães, é revelador do pensamento de vistas curtas. A prioridade não é crescer, é pagar dívida
🚨 atualização omicron 🚨
Com volume de dados já razoáveis da 🇿🇦
👉🏼 Variante já representa 90% dos casos
👉🏼 Duas doses 💉 confere proteção para internamento em 70%, menor que para delta, mas pode ser devido aos mais velhos terem sido vacinados há mais tempo
👉🏼 a probabilidade de ser internado por omicron é de 29% inferior a outras variantes!
Pode ser porque o vírus é menos agressivo, mas convém não esquecer que já não se trata de uma epidemia em solo virgem. De uma forma ou outra, a população já contactou com o vírus
👉🏼 nas UCI, apenas 16% são vacinados. Não partimos do zero, vacina protege para doença grave
👉🏼 Alta percentagem de omicron assintomático, sugere menor gravidade da doença
👉🏼 Recuperação mais rápida, em média 3 dias
A agência inglesa já produziu um relatório bastante completo sobre a omicron. (Eles trabalham bastante bem, há que reconhecer)
👉🏼Variante detetada em 5 amostras de 4 dos 477 sistemas de esgotos em vigilância, desde 26 de novembro. (Ou seja, transmissão comunitária)
👉🏼 transmissão em casa, é maior quando o caso index é omicron em vez de delta. 3,2x superior
Pela rapidez do relatório e poucos dados, este número não tem em conta estado vacinal e/ou infecção prévia
👉🏼Sem evidência clara de aumento risco de reinfeção, mas aponta para que sim
👉🏼Se a taxa de crescimento na comunidade permanecer igual, omicron atinge a paridade com a delta na próxima semana
👉🏼 é provável que as vacinas percam eficácia para doença sintomática, mas *retenham eficácia para doença grave*
Sistematizar a polémica da semana:
- temos um problema cultural com a partilha e não divulgação de dados
- temos outro problema com a não separação entre o poder político e a técnica
- a DGS melhorou nos últimos meses, mas há margem para mais
- o governo e presidência nem por isso. Os últimos 15 dias mostram que não aprenderam grande coisa
- a informação que sustenta a decisão da DGS já é conhecida e é pública. É óbvio que a DGS não tem dados novos que não sejam conhecidos pelo CDC ou ECDC
- a vacinação só se inicia com a norma. A norma traz consigo a sustentação teórica e bibliografia, no fundo, o parecer
- divulgar agora o parecer seria algures entre redudante e para um nicho de pessoas hiper interessadas, nem todas com capacidade para interpretar