Sejamos francos, a principal razão para se revogar uma reforma trabalhista deve ser seu impacto sobre a produtividade do trabalho. No caso espanhol, a reforma deles de 2017 tirou direitos e não gerou melhorias significativas para a economia
tradingeconomics.com/spain/producti…
(1/5)
Vejam que antes a produtividade do trabalho já avançava na Espanha. Tornar as condições mais favoráveis ao empregador era pura demagogia com o capital, podendo ter um impacto negativo no curto e médio prazos (2/5)
No caso brasileiro, temos um desastre ainda maior: a reforma trabalhista não apenas não gerou melhoras como, ainda, DERRUBOU a produtividade. É um verdadeiro desastre, olhem com seus próprios olhos: tradingeconomics.com/brazil/product… (3/5):
Há outros fatores, é claro, mas achar que fazer trabalhadores trabalharem mais e pior fará a produtividade subir, é burro -- em vez de empregar mais tecnologia e organização na produção (4/5).
Um bom exemplo disso, sim e de novo, é a China que sobe salários, mas não abre mão da destruição criativa e investe pesadamente em tecnologia. Nem o paternalismo do socialismo europeu oriental, nem a exploração sem fim do neoliberalismo ocidental (5/5).

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4 Jan
Liberais mudaram a política brasileira obtendo uma larga hegemonia política, mas ela veio desacompanhada de qualquer plano de execução ou uma liderança. Deu no que deu, e eles são os grandes culpados. Não me venham com chororô (1/7).
Para viabilizar um plano mau, você precisa de uma estratégia boa. Você pode criar um sistema horrível, mas ele precisa ser sustentável e estável. Não é o caso desse experimento louco feito no Brasil (2/7).
Hoje, esses mesmos liberais, que ajudaram Bolsonaro a se eleger, mas não sabem o que fazer com ele, exigem que Lula mantenha reformas que, objetivamente, deram errado. Nunca foi tão fácil, em termos lógicos, reverter reformas como agora, mas politicamente é difícil (3/7).
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3 Jan
A crise da pandemia global de Covid-19 é o maior desafio da humanidade desde a Segunda Guerra. De um lado, os EUA, maior potência global, não se mostram capazes de dar respostas a ela, ao contrário, mas sim usar da crise para boicotar o crescimento chinês (1/12).
O governo de Joe Biden, empossado em 2021, basicamente tomou medidas acertadas na economia, mas prossegue numa linha louca de confrontar, ao mesmo tempo, Rússia e China, o que não acontecia desde a 1ª metade dos anos 1950 (2/12).
Biden retomou a doutrina antirussa que anima a política externa americana desde muito. Mas que Trump tentou bloquear. Por outro lado, ele se viu impossibilitado de recuar em relação à política antichinesa do seu antecessor (3/12).
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20 Dec 21
Boric venceu no Chile por uma margem maior do que a projetada. Institutos chilenos erraram porque não pesquisam, sequer, a abstenção. Os 8 pontos percentuais a mais do 1º para o 2º turno votou, quase massivamente, em Boric. Ou melhor: contra Kast (1/7).
No duro, sem esses novos eleitores, é possível que Boric tivesse vencido, mas por uma margem apertada. De todo modo, ele terá de construir uma maioria parlamentar num cenário partidário balcanizado quase como o Brasil (2/7).
Os setores à esquerda do centro tem uma tênue maioria. É possível que muitos eleitores de candidatos a Presidente de direita do 1º turno tenham, paradoxalmente, votado em setores à esquerda do centro para deputado e senador (3/7).
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4 Dec 21
Ano que vem, teremos uma batalha importante no Brasil. Lula é central nisso. São tempos de desordem internacional, deflagrada por uma crise financeira em 2008 no centro do sistema e uma pandemia em 2020, onde a potência central, os EUA, lutam a todo custo para se manter (1/7).
A ordem mundial, primeiro como a ordem da banda capitalista, depois de todo o mundo, viu seu equilíbrio desequilibrado ir para o espaço (abração procê, Varou). E aí, virou esse salve-se quem puder, que nos atravessou em um bom momento, aqui e no continente (2/7).
Tem amigos que investigam bem a natureza do sistema, seus dispositivos, mas insistem em não olhar para essa velharia chamada geopolítica. E, assim, ignoram a ação de frações burocráticas e políticas nacionais em uma terra que não, não é plana (3/7).
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3 Dec 21
Zero surpresa para mim o que está sendo o (des)governo Bolsonaro, e longe de mim, bem longe, me julgar algum gênio por isso. Mas ainda que me choque, não me surpreendo com certa surpresa bem ampla. O Brasil é um país que possui certas bolhas de cognição surpreendentes (1/7).
Eu lembro bem da década de 2000, e da oposição a Lula. Eu ficava chocado com a qualidade e a natureza da oposição a Lula. Ainda que fosse adotar um viés de direita, aquilo estava errado e era perigoso. Era mesmo, deu nisso (2/7).
Existe uma falta de solo comum no Brasil, seja por causa da escravidão e da colonização, mas também pela forma como ocorreu a imigração do século 19 e 20 para o Brasil, vinda da periferia da Europa, Oriente Médio e Extremo Oriente (3/7).
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3 Dec 21
Holliday sendo normalizado pela enésima vez, mas desta vez em companhia coerente. Existe um liberalismo que pode se apresentar como esquerda, mas é, antes de tudo, liberalismo. Não adianta: a diferença entre o MBL e a esquerda liberal é menor do que muita gente gostaria (1/5)
Seja um liberalismo que se apresenta "ao centro" (como Tabata) ou "à esquerda" (como Isa Penna) - embora a segunda está em franca campanha de rebranding, talvez para se unir de alguma forma à segunda (2/5).
Enquanto isso, Holliday é um cara que estava sendo violento com professores e servidores em São Paulo agora há pouco, ou hostilizando fisicamente um vereador idoso do partido de Isa como o respeitável Toninho Vespoli (3/5).
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