Pós festas de final de ano a quantidade de relatos de pessoas infectadas ou de casos na família é enorme.
Antes de mais nada, espero que você e/ou suas pessoas queridas fiquem bem o mais rápido possível. Esse é um momento de enorme medo, fragilidade e insegurança 1/
Julgamentos nesse momento não ajudam em nada. Ainda estamos no meio de uma pandemia de um vírus altamente transmissível. A COVID merece cuidados e atenção, independente do contexto em que a infecção ocorreu 2/
É preciso ser pragmático e focar no mais importante: cortar as cadeias de transmissão e evitar que novos casos aconteçam.
Com uma dificuldade enorme em se testar, o ideal é que se fique muito atento a qualquer sintoma gripal 3/
Se for o caso, o mais indicado é que se faça um isolamento. Em geral, 10 dias dos primeiros sintomas são suficientes, mas pode variar. É importante ter em mente a janela mais crítica para transmissão. Esse pico acontece por volta do dia em que os primeiros sintomas aparecem 4/
Esse é, em geral o momento de maior carga viral. A maior parte da transmissão acontece numa janela de 1-2 dias antes dos sintomas e 5 dias após os primeiros sintomas. Um isolamento muito rigoroso e cuidadoso nesse período é absolutamente crítico 5/
Se por algum motivo qualquer você precisar ter algum contato com outra pessoa (seja alguém que mora na sua casa, pegar algo no corredor, buscar medicação, etc) e ainda estiver no período em que pode transmitir para alguém é imprescindível que se use uma PFF2 6/
Ela deve estar bem ajustada ao rosto sem nenhum vazamento. Vale lembrar que além de ser um equipamento para proteção individual, a PFF2 barra as partículas contaminadas de se espalharem no ambiente e protegem o seu entorno, caso você esteja infectado e infeccioso 7/
Se você teve contato próximo e prolongado em ambiente fechado com alguém infeccioso, também é importante realizar uma auto-quarentena, reduzir ao máximo qualquer tipo de contato e usar uma PFF2 bem ajustada sempre que precisar sair de casa. 8/
Se você mora com alguém que está infectado, ventile bem a casa, evite contatos próximos e busque usar PFF2 quando esses contatos forem inevitáveis. Realizar um teste seria uma boa caso isso seja acessível para você 9/
Se você tem algum familiar ou amigo que esteja com COVID, o melhor que você pode fazer é acolher essa pessoa. Ela deve estar bastante assustada e vulnerável. Repasse as melhores informações sobre como ela deve proceder e forneça ajuda para que ela possa se isolar 10/
Um dos grandes desafios é promover o isolamento adequado das pessoas que estão com COVID. Isso não é fácil para grande parte da população. Ter alguém para ajudar nesse período é determinante e pode quebrar várias cadeias de transmissão, reduzindo a circulação do vírus 11/
Por último, confiem nas vacinas. Elas são muito boas para reduzir casos graves e hospitalizações. A grande maioria dos casos não necessitam hospitalizações e se resolvem sozinhos. Isso não significa que os sintomas serão necessariamente leves 12/
É capaz que a COVID te derrube por algum tempo. Mas em questão de dias você provavelmente vai começar a se sentir melhor, especialmente se vacinado. No entanto, se atentem a qualquer agravamento dos sintomas. Se isso ocorrer, entre em contato com seu médico 13/
Mais uma vez, espero que vocês fiquem melhor o mais rápido possível. Vamos tentar evitar julgamentos e focar mais em ajudar as pessoas a se isolarem e assim evitar ainda mais eventos de transmissão. Acolhimento e informação são fundamentais nesse momento 14/
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Retomar esse alerta feio pelo @obscovid19br na semana passada.
No município de São Paulo, há um aumento de hospitalizações de casos suspeitos. Outras cidades e estados relatam situação parecida. Mas com o apagão de dados em curso, o cenário fica mais difícil de se enxergar
Esse aumento rápido é compatível com o comportamento da Omicron em outros países.
Não é motivo para pânico. Temos muitas ferramentas para conter essa onda como vacinas, PFF2 e ambientes abertos. Mas num cenário de incertezas, talvez valha um pouco de cautela
Existem dados de outros países mostrando que o aumento de hospitalizações não acompanha o aumento de casos como aconteceu em outras ondas.
Os motivos disso ainda não são 100% claros. Mas com um crescimento acelerado na transmissão, não sabemos até que ponto
Sábado uma colega de trabalho da minha esposa começou a ter sintomas compatíveis com COVID. Sem nem precisar sair de casa, pegou um auto-teste de antígeno que tinha guardado e se testou. Positivo
Avisou todos os colegas de trabalho com quem teve contato na quinta
Incluindo minha esposa. Na mesma hora eu e ela pegamos um auto-teste e nos testamos. Ambos negativos.
Seguiremos fazendo auto-testes nos próximos dias.
Tudo muito rápido e fácil, sem nem precisar sair de casa para procurar uma farmácia que tenha testes
Possivelmente muitas exposições evitadas e muitas cadeiras de transmissão cortadas.
E aí fica a pergunta. Porque não temos auto-testes rápidos de antígeno disponíveis no Brasil? Não é que eles são caros e escassos. Eles simplesmente não estão disponíveis no Brasil pra auto-teste
É importante alertar sobre o estado da pandemia na Europa.
Não é cravar que passaremos pela mesma coisa no futuro. Isso é difícil prever. Mas é importante deixar claro que temos muitas ferramentas para evitar que esse ressurgimento da pandemia volte a ocorrer
A principal delas é a vacinação. Aumentar a cobertura com duas doses, avançar na vacinação de crianças e adolescentes e cobrir a população elegível com reforços vacinais o mais rápido possível. Diferentemente de muitos dos países europeus, temos uma forte cultura de vacinação
A segunda é não abrir mão de algumas intervenções simples, baratas e que são relativamente pouco disruptivas como o uso de máscaras em ambientes de maior risco, como locais fechados, mal ventilados e com muita gente. Ninguém está propondo lockdowns rigorosos ou isolamento total
Seria muito importante que a Anvisa liberasse testes rápidos de antigeno para se fazer em casa. Isso ajuda a informar o isolamento além de prevenir que alguém com alto potencial de transmissão interaja com outras pessoas e acabe transmitindo o vírus.
Vários países do mundo estão usando a distribuição ampla e gratuita desse tipo de teste como estratégia para contenção da pandemia. Seria ótimo se também fizéssemos isso.
No post de ontem sobre academias muito gente externou a preocupação com o fato da adesão ao uso correto de máscaras ser muito baixo e como elas poderiam frequentar o ambiente com segurança mesmo assim. É uma situação complicada
Nesse caso, a única coisa que está ao nosso controle é usar uma PFF2 bem ajustada ao rosto. Mas isso seria suficiente? O nível de proteção que ela fornece quando bem vedada ao rosto (e aí tirar a barba é imprescindível) é bem alto.
É um EPI que protege profissionais de saúde em contato direto com pacientes COVID por exemplo. Mas não é um escudo intransponível. Ela pode falhar, principalmente se não estiver bem vedada. Aqui uma boa forma de checar o ajuste
As festas de final de ano estão chegando. Muitos de vocês tomaram a difícil decisão de abrir mão desse momento tão especial ano passado e estão pensando na possibilidade de realizar o encontro novamente esse ano
uma vez que a vacinação avançou e os números da pandemia estão bem melhores.
É muito difícil dizer se realizar esse encontro é seguro ou não. A própria definição de "ser seguro" varia demais de pessoa pra pessoa. E existem diversos aspectos que são difíceis de quantificar
Essa decisão é muito pessoal. Não existe risco zero nem sentença se infecção. É uma questão de pesar riscos e benefícios e fazer uma decisão o mais informada possível. Além disso é importante tomar o maior número de medidas possíveis para reduzir os riscos caso realize o encontro