Os mecanismos de transmissão do vírus e as medidas de prevenção seguem as mesmas, independente da variante. O factual é que a Ômicron se transmite muito mais rápido. O aumento no risco precisa ser acompanhado de um aumento nos cuidados, inclusive no uso de máscaras
A máscara que fornece maior nível de proteção, individual e coletivo, é a PFF2 bem ajustada ao rosto, sem vazamantos pelas laterais. Num cenário de recrudescimento da pandemia, retomar o uso da PFF2, especialmente em locais de maior risco seria importante
É compreensível que com a queda nos indicadores observados no final do ano passado, muita gente trocou a PFF2 pela máscara de pano ou cirúrgica. Agora seria uma boa hora para voltar com o uso da PFF2.
Isso não quer dizer que outras máscaras não funcionem
É importante sempre lembrar que as medidas de prevenção não são binárias. Não é funciona/não funciona, seguro/perigoso, serve/não serve. São diferentes níveis de proteção distribuídas em um contínuo. O ideal é que a escolha da máscara acompanhe o nível de risco
E que se escolha a melhor máscara dentro do que é possível no contexto de cada um, lembrando sempre que qualquer máscara é melhor que não usar máscara, que quanto mais bem ajustada a máscara no rosto, melhor e quanto melhor a capacidade de filtragem da máscara, mais segura ela é
Com tantas pessoas infectadas ao mesmo tempo, o risco de você se expor a alguém infectado aumenta demais. Além disso, nesse cenário de alta incidência, o risco de você estar infectado e sem sintomas, podendo transmitir, aumenta muito. Adesão ao uso de boas máscaras é fundamental
Ainda assim, vamos lembrar que o mais importante é tentar se manter ao ar livre o máximo possível. O grosso dos eventos de transmissão acontecem em espaços fechados e mal ventilados. Se manter em espaços abertos ou ao menos ventilar espaços internos já ajuda demais
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Eu compreendo e me solidarizo com a frustração de tantos que tomaram todos os cuidados e conseguiram evitar o vírus nesses quase 2 anos de pandemia, mas que acabaram se infectando nessa nova onda.
Antes de mais nada, espero que todos fiquem bem o mais rápido possível
Ainda estamos numa pandemia de um vírus que se transmite pelo ar de forma muito rápido. Podemos reduzir muito os riscos mas não zerá-los. Ou seja, infelizmente se infectar pode acabar acontecendo com qualquer um de nós.
Também é natural que a gente tente descobrir qual o contexto em que nos infectamos. Compreendo mas acho que isso causa mais ansiedade e angústia do que qualquer coisa.
Não podemos mudar o passado mas podemos agir para quebrar cadeias de transmissão no futuro
Pós festas de final de ano a quantidade de relatos de pessoas infectadas ou de casos na família é enorme.
Antes de mais nada, espero que você e/ou suas pessoas queridas fiquem bem o mais rápido possível. Esse é um momento de enorme medo, fragilidade e insegurança 1/
Julgamentos nesse momento não ajudam em nada. Ainda estamos no meio de uma pandemia de um vírus altamente transmissível. A COVID merece cuidados e atenção, independente do contexto em que a infecção ocorreu 2/
É preciso ser pragmático e focar no mais importante: cortar as cadeias de transmissão e evitar que novos casos aconteçam.
Com uma dificuldade enorme em se testar, o ideal é que se fique muito atento a qualquer sintoma gripal 3/
Retomar esse alerta feio pelo @obscovid19br na semana passada.
No município de São Paulo, há um aumento de hospitalizações de casos suspeitos. Outras cidades e estados relatam situação parecida. Mas com o apagão de dados em curso, o cenário fica mais difícil de se enxergar
Esse aumento rápido é compatível com o comportamento da Omicron em outros países.
Não é motivo para pânico. Temos muitas ferramentas para conter essa onda como vacinas, PFF2 e ambientes abertos. Mas num cenário de incertezas, talvez valha um pouco de cautela
Existem dados de outros países mostrando que o aumento de hospitalizações não acompanha o aumento de casos como aconteceu em outras ondas.
Os motivos disso ainda não são 100% claros. Mas com um crescimento acelerado na transmissão, não sabemos até que ponto
Sábado uma colega de trabalho da minha esposa começou a ter sintomas compatíveis com COVID. Sem nem precisar sair de casa, pegou um auto-teste de antígeno que tinha guardado e se testou. Positivo
Avisou todos os colegas de trabalho com quem teve contato na quinta
Incluindo minha esposa. Na mesma hora eu e ela pegamos um auto-teste e nos testamos. Ambos negativos.
Seguiremos fazendo auto-testes nos próximos dias.
Tudo muito rápido e fácil, sem nem precisar sair de casa para procurar uma farmácia que tenha testes
Possivelmente muitas exposições evitadas e muitas cadeiras de transmissão cortadas.
E aí fica a pergunta. Porque não temos auto-testes rápidos de antígeno disponíveis no Brasil? Não é que eles são caros e escassos. Eles simplesmente não estão disponíveis no Brasil pra auto-teste
É importante alertar sobre o estado da pandemia na Europa.
Não é cravar que passaremos pela mesma coisa no futuro. Isso é difícil prever. Mas é importante deixar claro que temos muitas ferramentas para evitar que esse ressurgimento da pandemia volte a ocorrer
A principal delas é a vacinação. Aumentar a cobertura com duas doses, avançar na vacinação de crianças e adolescentes e cobrir a população elegível com reforços vacinais o mais rápido possível. Diferentemente de muitos dos países europeus, temos uma forte cultura de vacinação
A segunda é não abrir mão de algumas intervenções simples, baratas e que são relativamente pouco disruptivas como o uso de máscaras em ambientes de maior risco, como locais fechados, mal ventilados e com muita gente. Ninguém está propondo lockdowns rigorosos ou isolamento total
Seria muito importante que a Anvisa liberasse testes rápidos de antigeno para se fazer em casa. Isso ajuda a informar o isolamento além de prevenir que alguém com alto potencial de transmissão interaja com outras pessoas e acabe transmitindo o vírus.
Vários países do mundo estão usando a distribuição ampla e gratuita desse tipo de teste como estratégia para contenção da pandemia. Seria ótimo se também fizéssemos isso.