Investimento Direto Produtivo
Vertente Estratégica
A empresa deve analisar a dinâmica global, fazendo uma análise PESTAL (Política, Económica, Social, Tecnológica, Ambiental e Legal),
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tentando identificar as macrotendências e depois olhando numa perspetiva interna e externa, tentar identificar onde poderá obter vantagens competências face aos seus concorrentes.
A análise SWOT,que analisa os pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades é vista num sentido onde tentam passar de uma análise estratégica para um planeamento estratégico e um posterior planeamento de investimentos de acordo com os recursos que a empresa possui ou pode obter.
Deve ser revista periodicamente e analisar a eficácia dos investimentos realizados e a pertinência de manter a atividade de alguns deles.
Tipologia de Projetos de Investimento
1. Objetivo de Investimento
1.1. Produtivos
1.2. Não produtivos
1.2.1. Investimentos de racionalização: visam através da sua implementação anular estrangulamentos no processo produtivo.
1.2.2. Investimento de substituição: têm como finalidade substituir o equipamento usado por um novo idêntico.
1.2.3. Investimentos de modernização: correspondem a investimentos onde os equipamentos velhos são substituídos por equipamentos mais modernos do ponto de vista tecnológico.
1.2.4. Investimentos de expansão: é a aquisição de bens de capital fixo idênticos aos já existentes, com o correspondente aumento da capacidade produtiva.
1.2.5. Investimentos estratégicos defensivos: são aqueles em que a empresa procura defender a sua posição concorrencial nomeadamente assegurando uma maior integração vertical da produção.
1.2.6. Investimento estratégicos ofensivos: são projetos em que a empresa procura alterar substancialmente a sua quota de mercado.
2. Dimensão do Investimento
2.1. Pequeno projeto: é um projeto cuja dimensão não é suficiente para que tenha impacto sobre os preços relativos.
2.2. Grande projeto: é um projeto que tem uma dimensão tal que é capaz de alterar os preços relativos no mercado.
3. Relação Existente entre os Projetos de Investimento
3.1. Projetos independentes: são projetos totalmente autónomos um do outro e não tem implicações na sua implementação.
3.2. Projetos dependentes: são projetos que de alguma maneira estão interligados.
3.2.1. Projetos dependentes complementares: se a implementação de um pressupões uma implementação do outro.
3.2.2. Projetos dependentes alternativos: se a implementação de um inviabiliza a implementação a implementação do outro.
4. Configuração temporal
4.1. Organização dos Projetos
4.1.1. Point Input - Continuous Output: quando ocorre concentrado num determinado momento e os fluxos produzidos pelo projeto de investimento se repetem ao longo do tempo.
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Esta situação ocorre sempre que não existe investimento em fundo de maneio nem em mais investimento fixo, depois do primeiro ano.
4.1.2. Point Input - Point Output: se o investimento é feito num determinado momento gerando um fluxo de projeto que ocorre apenas num determinado momento.
4.1.3. Continuous Input - Continuous Output: corresponde a uma situação de progressivo investimento ao longo do tempo e fluxos de caixa contínuos ao longo do tempo.
4.1.4. Continuous Input - Point Output: verifica-se numa situação de investimento ao longo de tempo para obter um resultado em determinado momento.
4.2. Divisão dos Projetos:
4.2.1. Projeto Simples: verifica-se se estão perante um investimento que ocorre num determinado momento e se lhe seguem fluxos positivos.
4.2.2. Projeto Convencionais: acontece num projeto em que os investimentos poderão ocorrer em mais que um período, havendo um determinado momento do tempo em que os fluxos de caixa dos projetos passarão a ser superiores aos investimentos e assim se manterão.
4.2.3. Projeto Não Convencionais: se os fluxos de caixa passam a ser menores que os investimentos depois de terem sido maiores.
DIFERENTES FASES NA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO
1. Identificação da Ideia
2. Estudo Previsional
3. Estudo de Viabilidade
DIFERENTES EM TERMOS DE PROFUNDIDADE DOS ASPETOS DO PROJETO
1. Engenharia do Projeto
2. Estudo do Mercado
3. Orçamento Previsional
4. Tamanho e Localização
5. Análise de rentabilidade
Estudo de Mercado
* O estudo de mercado tem uma importância crucial na análise da viabilidade económica e financeira um projeto de investimento.
* Um projeto de investimento mal fundamentado em termos de mercado pode induzir a conclusões erradas sobre a sua viabilidade económica e financeira.
* Pode igualmente fazer com que as instituições responsáveis pela análise do projeto de investimento não o aceitem, uma vez que está mal fundamentado em termos de mercado, apesar de ser viável.
1. Três Questões Principais:
1.1. Quem vai comprar o produto?
1.2. Qual o preço que nós podemos praticar na sua venda?
1.3. Quanto estimam poder vender?
2. Identificação do Produto
2.1. Bens Intermediários: estou interessado em colher informações sobre os sectores que incorporam is produtos por nós produzidos.
2.2. Bens de Consumo: tem que saber se é de consumo duradouro ou de consumo não duradouro.
2.2.1. Bem de Consumo Final ou de Capital: terá que acrescentar informação sobre a sua vida útil.
2.3. Bens e Serviços Finais: terão de distinguir bens de investimento de bens de consumo, porque a informação é completamente diferente aos demais.
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Na verdade, o comportamento cíclico da procura é muito diferente nos bens de investimento, e de consumo duradouros do que ocorre nos bens de consumo não duradouro.
3. Identificação dos Bens Substitutos e Complementares
3.1. Bens Substitutos: é fundamental porque as nossa previsões dependem não só dos preços praticados pelos concorrentes mas também do preços praticados e do tipo de substitutos existentes.
3.2. Bens Complementares: são igualmente importantes porque nos dão indicadores sobre o consumo previsível dos produtos.
4. Identificação do consumidor
4.1. Estrato Social
4.2. Rendimento
4.3. Faixa etária
4.4. Área Geográfica
4.5. Sexo
5. Previsões de Vendas
5.1. Procura potencial
5.2. Procura efetiva
5.3. Quota de Mercado

6. Identificação da Informação Estatística
6.1. Consumo Histórico do Produto
7. Identificação da Informação da População Consumidora
7.1. Aspetos Sociológicos
7.2. Rapidez de Introdução de Novos Produtos
7.3. Relação População Urbana/Preferências
7.4. Canais de Difusão do Novo Produto
8. Disponibilidade de Estimativas da Elasticidade-Preço e da Elasticidade-Rendimento do Produto
8.1. Informações sobre a Política Orçamental do Governo
8.2. Política Orçamental
9. Identificação da Informação dos Concorrentes
9.1. Preço
9.2. Quantidade
9.3. Rede de Comercialização
9.4. Imagem de Marca
9.5. Assistência Técnica
10. Identificação dos Métodos
10.1. Métodos Quantitativos
10.1.1. Projeção de Tendências:
10.1.1.1. Tem o inconveniente de não permitir introduzir alterações significativas em relação à evolução registada no passado.
10.1.1.2. É útil para prever a evolução de vendas de produtos em que se verifica alguma estabilidade no seu crescimento.
10.1.2. Projeção Múltipla:
10.1.2.1. Tem vantagem de poder fazer previsão subdividindo-a num número de previsões.
10.1.2.2. Tem como objetivo encontrar uma forma clara de raciocínio e tentar anular mutuamente os erros que se cometem nas pequenas previsões.
10.1.2.3. Pressupões quatro etapas:
10.1.2.3.1. Encontrar o modelo econométrico que sirva para explicar as vendas passadas da empresa.
a, b, c = elasticidades
10.1.2.3.2. É a estimação do modelo com base nas observações disponíveis referentes ao passado.
10.1.2.3.3. É a estimação dos valores futuros das variáveis exógenas, de forma a poder estimar o valor das vendas futuras.
10.1.2.3.4. É a projeção das vendas previstas utilizando o modelo e as previsões para as variáveis exógenas e confrontar esses valores com a expectativa da força de vendas.
10.2. Métodos Qualitativos
10.2.1. Técnica de Delphos:
10.2.1.1. Corresponde a reunir um painel de especialistas, não permitindo no mercado que se registem fenómenos de liderança.
10.2.1.2. Cada responsável pela previsão fá-lo isoladamente e obtém em cada um das etapas de previsão apenas informação sobre a média, valores míni mínimos e máximos, desvio-padrão, etc.
10.2.1.3. Cada responsável especialista faz tantas previsões quantas as necessárias para haver convergência.
10.2.2. Painel de Especialistas:
10.2.2.1. Corresponde a uma previsão em que se admite o fenómeno de liderança.
10.2.2.2. É um conjunto de especialistas que discute as previsões até chegarem a um consenso mínimo.
10.2.3. Analogia:
10.2.3.1. É útil quando estão perante uma previsão de venda dum bem para o qual não dispõe de informação histórica.
10.2.3.2. Dá-se informação aos especialista sobre uma situação análoga que pode ser para o mesmo bem noutro país, ou para outro bem análogo no mesmo mercado.
10.2.3.3. Os especialistas terão, como base numa avaliação das circunstâncias, que fazer uma previsão.
10.2.4. Cenários:
10.2.4.1. Corresponde a uma previsão em que se põem especialistas perante os cenários mais diversos possíveis.
10.2.4.2. Revela-se particularmente útil quando querem fazer uma análise do projeto em situação de risco.
10.2.5. Entrevista a Consumidores:
10.2.5.1. Corresponde a fazer inquéritos segundo uma amostra estruturada, introduzindo um número de indivíduos correspondente à população geral.
ENGENHARIA DO PROJETO DE INVESTIMENTO
1. Tecnologia a usar e respetivo processo produtivo:
1.1. Caberá ao engenheiro fornecer informações sobre a tecnologia que se prevê vir a adotar ou sobre as tecnologias alternativas de cada uma delas.
1.2. Deverá igualmente fornecer um diagrama do processo produtivo com comentários sobre as suas características principais.
2. Edifícios e Infraestruturas:
2.1. Dever ser feita uma avaliação da área coberta necessária da área descoberta das características principais que os edifícios devem ter.
2.2. A colaboração de um arquiteto será necessária caso haja necessidade de novos edifícios pois deverá ser incluída no dossier uma planta, bem como, um orçamento e orçamentos dos custos de construção.
2.3. Deve ser igualmente feita uma previsão das instalações a implantar, das infraestruturas de apoio e dos equipamentos sociais de apoio.
2.4. Deve ser apresentado um lay out (onde vão estar as máquinas em fluxograma interno da empresa) do equipamento de forma a analisar a racionalidade de movimentação dos produtos durante a fase produtiva.
3. Equipamentos:
3.1. A parte da engenharia deve fornecer faturas pró-forma e catálogos dos equipamentos a adquirir.
3.2. Os catálogos são importantes porque é necessário evidenciar as características dos equipamentos de forma a poder obter-se a melhor pontuação possível.
3.3. É fundamental definir-se qual o preço (câmbio, país de origem) e a moeda de pagamento.
3.4. O engenheiro não poderá fornecedor dizem respeito a despesas de instalação e montagem, bem como, de ensinamento do pessoal a operar com os novos equipamentos.
3.5. Há conveniência em classificar os equipamentos de acordo com a função que desempenham no processo produtivo.
4. Matérias-primas e subsidiárias:
4.1. Tem um papel importante porque fornecerá os coeficientes de incorporação de matérias-primas por unidade de produto acabado.
4.2. Há que distinguir duas alternativas possíveis:
4.2.1. Coeficientes de incorporação fornecidos em quantidade
4.2.2. Coeficientes de incorporação em valor para o conjunto das matérias-primas do produto acabado
4.3. É menos precisa em alguns aspetos porque não será possível admitir tempos médios de stockagem e tempos médios de pagamento diferenciados conforme o tipo de matéria-prima.
4.4. Refere-se a outros consumos normalmente precisam de obter uma previsão dos serviços e fornecimentos externos associados com a parte produtiva.
4.5. Recomenda-se que se entregue ao engenheiro a discriminação dos fornecimentos e serviços externos prevista no Sistema de Normalização Contabilística e que cada rubrica explicite o critério usado na elaboração da previsão.
4.6. A organização do dossier da parte da engenharia obedece normalmente a determinadas normas.
TAMANHO E LOCALIZAÇÃO DO PROJETO DE INVESTIMENTO
1. Estudo da localização
1.1. Macro-localização: são aqueles que poderão influenciar a localização entre grandes regiões alternativas (país, continente ou zona)
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e desempenha nas decisões um papel fundamental as condições de custos e institucionais (apoios) existentes em cada país.
1.2. Localização intermédia: refere-se à opção por uma determinada área dentro da região que foi escolhida (zona, região ou cidade) e poderão ser utilizados os fatores associados aos custos.
1.3. Micro-localização: indica o local onde o investimento vai ser realizado e tem a ver com condições de custo tais como dissipabilidade do terreno, preço do terreno, maiores ou menores custo de construção, infraestrutura rodoviárias, etc.
2. Restrições do Projeto
2.1. Projetos orientados para a matéria-prima: exige na fase produtiva uma grande quantidade de uma matéria-prima quando comparado com o peso do produto acabado.
2.2. Projetos orientados para a mão-de-obra: requerem grande quantidade de mão-de-obra qualificada, a qual não está disponível em qualquer localização.
2.3. Projetos orientados para uma matéria subsidiária: requerem grandes quantidades de matéria subsidiária.
2.4. Projetos orientados para o mercado: são projetos de investimento em que o processo produtivo tem a particularidade de usar matéria-prima localizadas em quantidades ou peso inferior ao peso do produto acabado.
2.5. Projetos sem uma orientação especifica: podem ser localizados em qualquer parte.
2.5.1. Metodologias dos Projetos sem uma orientação especifica:
2.5.1.1. Isolar as restrições de localização do investimento que vão implementar.
2.5.1.2. Escolher localizações alternativas que obedecem a estas restrições, fazendo a escolha por níveis sucessivos.
2.5.1.3. Fazer comparações elementares das vantagens relativas de cada uma dessas localizações de forma a eliminar o número de alternativas.
2.5.1.4. Para um número reduzido de localizações alternativas com que ficam no fim, construir orçamentos previsionais, como se tratasse de projetos de investimentos alternativos.
3. Tamanho do Projeto
3.1. Dimensão mínima associada a cada processo de fabrico
3.2. Mercado potencial da empresa
3.3. Capacidade financeira do investidor
CONCEITOS BÁSICOS PARA A ANÁLISE DO INVESTIMENTO
1. Valor Global do Investimento
1.1. Investimento em ativos de investimento (tangíveis ou intangíveis): é representado pelo investimento inicial e inclui a afetação de recursos existentes.
1.2. Investimento em necessidades de fundo de maneio: traduzem-se nas necessidades financeiras normais do ciclo de exploração, e que resultam da diferença temporal entre a realização das despesas da produção
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e a realização das receitas das suas vendas, e dos níveis dos stocks constituídos para o funcionamento da atividade.
1.3. Juros durante a Construção: não podem esquecer que enquanto não iniciam atividade do projeto estes não são um custo mas sim um investimento.
1.4. Rúbrica de Ajustamento: É introduzida essencialmente para atender ao facto de as faturas pró-forma estarem desatualizadas, e quando se trata de equipamentos importados para ter em conta as variações cambiais.
2. Valor Residual do Investimento
2.1. Os investimentos têm normalmente o que se chama valor residual e que não é senão o seu valor de liquidação.
2.2. Analisam quase sempre o projeto de investimento para um número padronizados de anos (geralmente 5 anos).
2.3. Define-se como sendo o valor global do investimento menos as depreciações acumuladas.
3. Carácter Incremental do Projeto de Investimento
3.1. Se se trata de um projeto de uma empresa a criar não há problema de maior porquanto os valores do projeto se confundem com os valores da empresa.
3.2. Se se trata de uma empresa já existente tem que ter sempre em atenção que estão a avaliar apenas os efeitos do projeto.
4. Aceções de Cash-Flow Líquido do Projeto de Investimento
4.1. Na literatura é possível encontrar duas definições de cash-flow líquido do projeto de investimento, em consequência do diferente tratamento da poupança fiscal associada ao financiamento do investimento.
4.2. O valor residual é só considerado no cash-flow do ultimo ano. Recordam que o valor residual é introduzido aqui para ter em conta o facto de análise ser feita para 5 anos. Contudo, a vida útil do projeto pode ser superior.
4.3. As divergências relativas à definição de cash-flow líquido do projeto estão associadas aos encargos financeiros do projeto.
4.4. O argumento central que podem apresentar é que a avaliação económica do projeto deve ser independente das fontes de financiamento.
4.5. Se um projeto está mal financiado isso não tem nenhuma implicação sobre o seu interesse económico.
4.6. É sempre possível alterar a forma como está financiado.
4.7. Deveriam pura e simplesmente não considerar no mapa de exploração previsional do projeto os encargos financeiros de financiamento.
4.8. Ocorre no entanto que para o fisco isso é irrelevante.
4.9. O facto de somar os encargos financeiros de financiamento do projeto no cash-flow do projeto, depois de os ter considerado no mapa de exploração previsional, é o mesmo que estão a considerar a poupança fiscal.
5. Financiamento do Projeto e Cálculo de Rentabilidade
5.1. Quanto mais cara é a fonte de financiamento, maior é a poupança fiscal e consequentemente maior é a rendibilidade do projeto.
5.2. Apesar do projeto ficar com uma rendibilidade económica que é influenciada pelas fontes de financiamento.
5.3. Para o investidor o que é fundamental é comparar a poupança fiscal com o encarecimento do financiamento.
5.4. Devem simular diferentes formas de financiar o projeto de forma a encontrar aquela que é mais vantajosa na perspetiva do investidor.
5.5. O cálculo da rendibilidade dos capitais próprios em que o cash-flow de exploração tal como se faz na contabilidade (Resultados Líquidos do Período + Depreciações + Amortizações + Provisões).
6. Fiscalidade e Rendibilidade do Projeto de Investimento
6.1. Constatam na altura que o financiamento do investimento pode induzir uma poupança fiscal e consequentemente alterar a rendibilidade económica
6.2. Cima igualmente que pelo facto da rendibilidade económica vir aumentada com a poupança fiscal, o investidor não deve deixar de comparar a poupança fiscal com o encarecimento possível das fontes de financiamento quando recorre a endividamento.
6.3. Se um projeto de investimento é implementado e nos primeiros anos da sua vida faz com que os resultados da empresa desçam, também é verdade que o projeto de investimento contribui para uma poupança fiscal.
6.4. Quer isto dizer que quando calculamos os impostos sobre lucros do projeto não devemos esquecer que estamos a raciocinar numa lógica incremental.
CONSTRUÇÃO DO ORÇAMENTO PREVISIONAL
1. Mapas da Empresa
1.1. Dados referentes da empresa (último ano)
1.1.1. Investimentos
1.1.2. Financiamentos
1.1.3. Efeitos do Projeto de Investimento
1.1.4. Vendas
1.1.5. Consumos
1.1.6. Amortizações
1.1.7. Fornecimentos e Serviços Externos
1.2. Plano Global de Investimento
1.3. Vendas Previsionais do Projeto
1.4. Produção Provisional do Projeto
1.5. Previsão do Consumo de Matérias-Primas e Subsidiárias
1.6. Previsão de Investimento em Necessidades de Fundo de Maneio
1.7. Mapa Auxiliar de Cálculo do Investimento em Necessidades de Fundo de Maneio
1.8. Previsão de Amortizações e Depreciações do Projeto
1.9. Previsão de Fornecimentos e Serviços Externos
1.10. Previsão de Gastos com Pessoal
1.11. Previsão dos Encargos Financeiros
1.12. Demonstração de Resultados Previsionais
1.13. Origem e Aplicação dos Fundos
1.14. Balanços Previsionais
CRITÉRIOS QUANTITATIVOS DE AVALIAÇÃO E SELEÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTO
1. Critérios quantitativos sem valor do dinheiro no tempo
1.1. Tempo de recuperação do capital investido

PAYBACK = INVESTIMENTO INICIAL / GANHO NO PERÍODO
1.2. Razão receitas/custos

RRC = Cash-Flow de Exploração (Total) / Investimento total
1.3. Razão média receitas/custos

RMRC = ( Cash-Flow de Exploração (Total) / Investimento total ) / "Anos totais"
2. Critérios quantitativos com valor do dinheiro no tempo
2.1. Valor Atual Líquido (VAL)

FATOR DESCONTO = ANO /(ANO+DESCONTO)^ANO

VAL = CF LIQUIDO * FATOR DESCONTO
2.2. Taxa Interna de Rentabilidade (TIR)

FATOR DESCONTO = ANO /(ANO+DESCONTO)^ANO

TIR = CF LIQUIDO * FATOR DESCONTO
CUSTO DO CAPITAL DA EMPRESA
* Implica conhecer por um lado, qual a importância relativa de cada fonte de financiamento e qual o seu custo.
* É uma média ponderada do custo de cada fonte de financiamentos, sendo os coeficientes de ponderação uma medida da importância relativa de cada fonte de financiamento.
Custo do capital da empresa = x1 C1 + x2 C2 + ... + xn Cn

Xn é o coeficiente ponderado da fonte de financiamento n.
Cn é o custo da fonte de financiamento n.
Custo do capital da empresa = (100/250) * Custo dos débitos
1. CUSTO DE DÉBITOS (Kd)
1.1. É o fundo, a taxa de desconto que faz com que o valor atual dos reembolsos mais juros seja igual a I0.

Kd = kd (1- taxa média dos impostos sobre os lucros)
2. CUSTO DA AÇÕES
2.1. O valor justo das ações pode ser determinado segundo diversas metodologias, nomeadamente através dos modelos de cash-flow descontado, resultados descontados e dividendos descontados.
2.2. assume uma taxa de crescimento dos dividendos constante, designado por modelo de Gordon, pelo que o valor atual de uma dada ação ( a sua cotação em bolsa).
3. CUSTOS DAS RESERVAS
3.1. A solução mais generalizada é considerar como custo dos lucros não distribuídos a rendibilidade que poderia ser obtida em aplicações alternativas.
3.2. Há autores que pensam que se deveria entrar em conta com a poupança de impostos induzida pela retenção dos lucros.
3.3. No entanto, esta operação é de difícil cálculo porque os acionistas ou os sócios, têm diferentes taxas marginais de imposto sobre o rendimento.
3.4. O cálculo do custo de oportunidade dos lucros retidos é também difícil porque não se sabe exatamente quais são as aplicações alternativas.
3.5. O que acontece então é que, muitos autores propõem como custo das reservas, o custo das acções sem ter em conta o prémio e o custo de emissão.
3.6. O que quereria dizer que o custo das reservas seria ligeiramente inferior ao custo das ações.
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14 Jan
Avaliação da Ação, diversificação e gestão de carteira
1. Mercado Financeiro
1.1. Tipos de Operações
1.1.1. Especulação:
1.1.1.1. Aposta na subida das cotações do ativo financeiro, assumindo posições longas.
1.1.1.2. Aposta na descida das cotações do ativo financeiro, assumindo posições curtas.
1.1.1.3. Tem uma estratégia que pode correr risco de assumir posição especulando qual será o tipo de movimento futuro do preço do ativo financeiro.
1.1.2. Arbitragem:
1.1.2.1. Aposta na exploração do diferencial de preço de mercado entre dois mercado. Para isso compra onde é mais barato,
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SOCIOLOGIA (OPINIÃO PUBLICA E INFORMAÇÃO)
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RACIONALISMO DOGMÁTICO vs EMPIRISMO CÉPTICO
RACIONALISMO DOGMÁTICO (RENÉ DESCARTES)
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- Procura também os fundamentos mefafísicos do conhecimento.
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- A origem é exclusivamente racional.
- Talvez seja possível seguir um método inspirado na matemática para a conquista da verdade.
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