Avaliação da Ação, diversificação e gestão de carteira
1. Mercado Financeiro
1.1. Tipos de Operações
1.1.1. Especulação:
1.1.1.1. Aposta na subida das cotações do ativo financeiro, assumindo posições longas.
1.1.1.2. Aposta na descida das cotações do ativo financeiro, assumindo posições curtas.
1.1.1.3. Tem uma estratégia que pode correr risco de assumir posição especulando qual será o tipo de movimento futuro do preço do ativo financeiro.
1.1.2. Arbitragem:
1.1.2.1. Aposta na exploração do diferencial de preço de mercado entre dois mercado. Para isso compra onde é mais barato,
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financiando-se e depois simultaneamente vende no mercado mais caro, arrecadando o diferencial entre o preço de venda e a compra com os custos de fianciamento.
1.1.2.2. Tem uma estratégia de aproveitar diferenciais de preço entre mercados para ganhar dinheiro sem recorrer risco.
1.1.3. Cobertura
1.1.3.1. Aposta na eliminação do risco da posição, através da criação de uma criação contrária.
1.1.3.2. Tem uma estratégia de eliminar risco da posição criado por uma atividade operacional.
1. Mercado Capitais
1.1. Teoria Financeira
1.1.1. Regra básica: diversificar os investimentos.
1.1.2. Diversificando os investimentos, eliminam risco intrínseco (ou não sistemático).
1.1.3. A diversificação deixa com que fique com riscos de mercado (ou risco sistemático).
1.1.4. Markowitz (1952) evidenciou bem as vantagens e a forma, como poderem otimizar a relação / retorno nos investimentos.
1.1.5. Definiu a fronteira eficiente e a forma de matematicamente poder otimizar esta relação / retorno dos portfólios de investimentos.
1.1.6. Aumentando o risco (variância dos rendimentos) terá de aumentar o retorno (rendimento esperado).
1.1.7. Solução do problema segundo Markowitz (1952): minimizar e variância dos portfólios por cada nível de rendimento esperado exigido.
1.1.8. Se assumir que os mercados são eficientes, ou seja, que descontam a qualquer momento toda a informação disponível, então o rendimento esperado do próximo período segue um martingale, ou seja, a melhor previsão corresponde ao rendimento do período anterior.
1.1.9. Sharpe, Lintner e Mossin: Capital Asset Pricing Model: introduziram a existência de um novo elemento (existência de um ativo sem risco com uma determinada remuneração (Rf)): Capital Market Line.
1.1.10. Ra = Rf + Ba (Rm - Rf)
1.1.11. Quanto maior for o beta maior o risco do portfólio.
1.1.12. Se assumir que a rentabilidade de um portfólio defende de outros fator mercado, entram nos modelos multi-fatores tipo APT de ROSS.
1.1.13. R = a + Ba Ia + Bb Ib + … + Bn In
2. Mercado Bolsista
2.1. Obrigação: é um título que confere um direito de créditos do obrigacionista sobre a entidade emitente.
Ação: É um título de propriedade que confere direito a participar nos lucros da sociedade, nas assembleias gerais com direito de voto.
3. Mercado Obrigacionista
3.1. Obrigações: empréstimos titulados a médio/longo prazo (superior a 1 ano)
3.1.1. Obrigações privadas
3.1.2. Obrigações do Estado
3.2. Conceitos de Obrigações
3.2.1. Valor Nominal: valor que cada obrigação representa no valor do empréstimo.
3.2.2 Valor de reembolso: Valor estipulado para pagamento de capital ao longo do empréstimo
ou no final.
3.2.3. Taxa de juro do cupão: pode ser fixa ou variável (indexada à taxa de referência tipo Euribor) e estipula qual a taxa de juro que se aplica sobre o valor nominal da obrigação para calcular o juro que a empresa pagará ao obrigacionista.
3.2.4. Negative Pledge: Nenhuma emissão posterior dará uma garantia superior à da corrente emissão.
3.2.5. Yield: Remuneração esperada pelos investidores no mercado para uma determinada obrigação de uma entidade.
3.2.6. Yield Curve: Curva dos Yields para vários prazos que permite antecipar quais as taxas de juro futuras (que o mercado está a cotar).
3.3. Tipos de Obrigações
3.3.1. Obrigações sem garantias específicas
3.3.2. Obrigações hipotecárias
3.3.3. Obrigações com warrants: acompanham a emissão warrants que conferem direitos de subscrição de ações da empresa no futuro.
3.3.4. Obrigações perpétuas: nunca pagarão o capital, pagando juros a uma taxa estabelecida na obrigação.
3.3.5. Obrigações cupão zero: obrigações que nunca pagam juros nem capital durante o empréstimo, pagando o capital todo no final. São emitidas a desconto.
3.4. Valor de Obrigação
3.4.1. Depende do risco da entidade emitente quanto maior o risco maior será a rentabilidade (yield) exigida à empresa emitente pelos investidores. O risco pode ser aferido pelo “ rating”(AAA , AA, A, C).
3.4.2. Depende das condições de mercado e da expectativa das taxas de inflação.
3.4.3. Depende da evolução das taxas de juro de mercado que por sua vez dependem da conjuntura ou ciclo económico.
3.4.4. Depende do tipo de taxa de juro de cupão (fixa ou variável).
3.4.5. Depende do prazo do empréstimo obrigacionista e forma de amortização do capital.
4. Mercado Acionista
4.1. O que é uma ação? Uma acção é um título de propriedade. Comprando acções eu estou a tornar me sócio da empresa emitente.
4.2. Quanto vale uma ação? O valor de uma acção é normalmente visto através da “Análise Fundamental”.
4.3. Como selecionar ações para investir? A seleção de ações deve ter em conta os conceitos de diversificação e análise fundamental e técnica.
4.4. Como atuar no mercado? A atuação do mercado depende do horizonte de investimento traçado. Se atuar numa base de curto prazo corre riscos elevados e deve usar a análise técnica.
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Se atua numa base de médio/longo prazo deve usar a análise fundamental como complemento da análise técnica para timing de investimento e desisnvestimento.
5. Escolas de análise no mercado acionista
5.1. Análise Técnica
5.1.1. Pressupõe que o mercado não é eficiente (ou seja, as cotações não incorporam toda a informação disponível).
5.1.2. Acreditam que é possível identificar padrões no passado que se repetirão no futuro e que os gráficos das cotações passadas ajudam a prever o futuro.
5.2. Tendências do Mercado
5.2.1. Tendência Primária: 1 a 4 anos
5.2.2. Tendência secundária: 1 mês a 1 ano
5.2.3. Tendência terciária => Uma semana a um mês
5.4. Teoria de Dow (incorporação da informação pelo mercado):
5.4.1. A informação é restrita sobe volume de negociação (preço não altera).
5.4.2. A informação passa a ser de conhecimento mais algargado mas restrito Começa a subir o volume e o preço movimenta se subindo ou descendo ligeiramente.
5.4.3. A informação começa a circular nos “corredores” (o volume sobe sensivelmente e o preço ou sobe ou desce muito).
5.4.4. A informação é publicada: o preço sobe numa
primeira fase e cai depois
5.4.4.1. Comprar no rumor e vender na notícia se a informação for boa ou ao contrário se for má.
5.4.4.2. Conclusão => interessa não só conhecer a
5.4.4.3. Evolução do preço, mas também o volume de ações negociadas.
5.3. Conceitos de análise técnica no mercado acionista
5.3.1. Médias móveis: permitem identificar as tendências primária, secundária e terciária.
5.3.2. Estratégias com médias móveis:
5.3.2.1. Comprar: quando a cotação cruza no sentido ascendente a média móvel.
5.3.2.2. Vender: quando a cotação cruza no sentido descendente a média móvel.
5.3.3. Níveis de suporte: mínimos relativos
5.3.4. Níveis de resistência: máximos relativos
5.4. Figuras Técnicas:
5.4.1. Cabeça-e-ombros
5.4.2. Triângulos
5.4.3. Canais ascendentes e descendentes
5.2. Análise Fundamental
5.2.1. Valor contabilístico ou valor de rendimento (desconto das cash-flows)
5.2.2. Top-Down (Analise Externa) ou Down-Top (Análise Interna).
5.3. Desconto das cash-flows
5.3.1. Estimação do crescimento de negócios por sector
5.3.2. Taxa de desconto a aplicar
5.3.3. Valor de perpetuidade
6. Múltiplos de mercado acionista
6.1. Price Book Value = Cotação / Valor Contabilístico
6.2. Price Cash Flow = Cotação / Valor cash-flow por ação
6.3. Processo especial de revistação = Cotação / Resultado Líquido por ação
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More from @liberty_portuga

13 Jan
Investimento Direto Produtivo
Vertente Estratégica
A empresa deve analisar a dinâmica global, fazendo uma análise PESTAL (Política, Económica, Social, Tecnológica, Ambiental e Legal),
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tentando identificar as macrotendências e depois olhando numa perspetiva interna e externa, tentar identificar onde poderá obter vantagens competências face aos seus concorrentes.
A análise SWOT,que analisa os pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades é vista num sentido onde tentam passar de uma análise estratégica para um planeamento estratégico e um posterior planeamento de investimentos de acordo com os recursos que a empresa possui ou pode obter.
Read 134 tweets
25 Jan 21
SOCIOLOGIA (OPINIÃO PUBLICA E INFORMAÇÃO)
1. Metodologia cientifica literacias
2. A perspetiva do campo de Pierre Bourdieu ler o livro sobre a televisão
3. Processo do fabrico da informação (Newsmaking - Valor Noticia e Rotinas Produtivas), de noções de filtro de informação (gatakeeping) e da agenda (agenda-setting)
4. Estudo das mensagens (conteúdo)
5. Estudo da receção (caracterização a tipologia das audiências / públicos, medição as audiências.
6. Opinião Pública.
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24 Jan 21
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
A expressão «crise» deriva do grego, Krisis e krisein.
As características mais óbvias da crise são:
1. Indesejabilidade;
2. Imprevisibilidade;
3. Rompe com os equilíbrios existentes;
4. Necessidade de ação;
5. Carácter público.

Uma crise representa uma ameaça e uma oportunidade.
Na literatura da Gestão as teorias que propõem os modelos para a circunscrever, analisar, ver e «resolver» seguem em duas direções:
1. Os sistemas de gestão põem ordem onde existe desordem e prescrevem as normas e os comportamentos.
Read 29 tweets
7 Jul 20
RACIONALISMO DOGMÁTICO vs EMPIRISMO CÉPTICO
RACIONALISMO DOGMÁTICO (RENÉ DESCARTES)
- Considera a razão a fonte principal do conhecimento, a fonte do conhecimento verdadeiro, caracterizado por ser logicamente necessário e universalmente válido.
- Procura também os fundamentos mefafísicos do conhecimento.
- Seria possivel superar os argumentos dos cépticos, para os quais o conhecimento não é possível.
- A razão é a ordem do conhecimento verdadeiro (universal e necessário), então as proposições da matemática assumem um carácter evidente.
- A origem é exclusivamente racional.
- Talvez seja possível seguir um método inspirado na matemática para a conquista da verdade.
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