Eu não assisto TV. Mas de vez em quando passo na frente de um aparelho ligado. Fiz isso agora. Estava passando o F*nt*stico (esse troço ainda existe?). Era uma matéria criada para demonizar o acesso a armas pelo cidadão de bem. Mais uma.
Então.
Segue um trecho do meu próximo livro, que fala especificamente sobre as mentiras que sustentam a farsa do "desarmamento":
A imprensa mente descaradamente quanto o assunto é armas.
Ela diz que, permitidas a posse e o porte de armas por cidadãos, essas armas irão parar nas mãos dos bandidos.
Não é verdade.
As armas dos traficantes vêm do contrabando. É o que mostram os números da polícia e da justiça criminal.
Todo policial com experiência sabe que a maioria das armas usadas pelos criminosos brasileiros - de fuzis de assalto a pistolas - são compradas e importadas legalmente por países da América do Sul, como o Paraguai (que faz a importação legal através dos portos brasileiros).
Do Paraguai ou de outros países essas armas voltam ao Brasil ilegalmente para serem vendidas às facções criminosas.
Pistolas 9mm, fuzis 762, morteiros e munições traçantes atravessam o Rio Paraná ou a fronteira seca de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã para chegar às mãos do PCC em São Paulo e dos líderes do tráfico nas favelas do Rio de Janeiro.
Pistolas Glock e fuzis Bushmaster, adquiridos regularmente em Montevidéu, são levados para a fronteira. Aí, servem de moeda de troca para a compra de cocaína vinda de Porto Alegre.
Armas fabricadas por empresas brasileiras são exportadas do Paraguai para o Brasil sem qualquer documentação, gerando lucro elevado.
Esses fatos são amplamente conhecidos.
Uma matéria da revista Época de agosto de 2019, do excelente jornalista Giampaolo Braga, informa que de 48.656 armas apreendidas no período de 3 anos e meio pela polícia do Rio apenas 11 armas tinham sido compradas legalmente por cidadãos e depois desviadas para os criminosos.
Isso corresponde a 0,022% das armas apreendidas.
Mas a realidade é irrelevante.
O que importa é demonizar o direito à legítima defesa armada, ao mesmo tempo em que se glorifica os bandidos, se justifica o tráfico de drogas e se impede a polícia de agir.
Aguardem.
Fontes:
-A Fronteira Desglobalizada – Os Instrumentos de Cooperação Internacional e sua (Des)Conexão com a Realidade Fronteiriça, artigo de Alessandro Maciel Lopes na coletânea (Re)Definições das Fronteiras – Visões Interdisciplinares, Juruá Editora, 2016, p.54
- A Fronteira no Cenário do Delito, artigo de Antonio Cesar Bochenek na coletânea (Re)Definições das Fronteiras – Visões Interdisciplinares, Juruá Editora, 2016, p.122
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Pessoas me perguntam: "Mas Roberto, e a terceira via?"
Existem duas respostas para essa questão.
Uma resposta ideológica e uma resposta eleitoral.
Então:
Do ponto de vista ideológico, "terceira via" nada significa.
Ela seria - supostamente - um "meio termo": uma tentativa de combinar medidas econômicas de centro-direita com políticas sociais de centro-esquerda.
Já viu o resultado disso, né?
Um regime de esquerda.
Essa "terceira via" ideológica nada mais é do que outra tentativa da esquerda de se "embrulhar para presente", adotando uma nova marca fofinha para enganar incautos e isentos.
E do ponto de vista eleitoral, existe uma "terceira via"?
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Política é a busca por posições de poder. É das atividades mais antigas da humanidade.
Existem 4 tipos de política:
A primeira é a política ideológica, a política das ideias. Seu objetivo é convencer as pessoas a adotar um determinado sistema político, econômico ou até moral.
A segunda é a política partidária, Trata da criação, organização e gestão de um partido político. A política partidária é quase invisível para os eleitores, mas é de extrema importância para quem quer concorrer a um eleição.
A terceira é a política eleitoral, que tem como objetivo ganhar eleições. Em um sistema democrático as eleições são a principal forma de acesso ao poder.
A tentativa de domínio do poder político por membros não eleitos do Estado é fenômeno mundial, descrito, por exemplo, no livro O Fim do Poder, de Moisés Naím.
Aqui esse fenômeno é muito mais grave porque se combinou com um ativismo judicial ideológico de esquerda sem limites.
Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso percebe a ameaça que isso representa ao modelo democrático republicano.
A tutela da sociedade por seres iluminados, que agem à revelia do poder conferido pelo voto, é receita promotora do caos jurídico e político, e do totalitarismo.
A história já viu outros exemplos de períodos em que a esquerda promoveu o caos, esperando com isso permitir o surgimento de um poder totalitário de orientação marxista.
Em alguns desses períodos o resultado foi exatamente o oposto.
Persistência pode valer mais do que sorte, do que ter nascido em berço de ouro, do que ter uma educação privilegiada.
Persistência pode valer mais do que força e do que o poder mais totalitário.
Persistir nos relacionamentos, atravessando seus altos e baixos; persistir no projeto visionário que só você enxerga; persistir na construção de algo melhor.
Persistir na busca pela liberdade, pela justiça e pela verdade.
Ainda que as críticas sejam muitas.
Ainda que abandonar seja muito mais fácil.
Ainda que os canalhas e bandidos sejam legião.
Ainda que você ache que está absolutamente sozinho (na verdade, não está)
Em 1995 eu entrei em uma livraria no centro do Rio de Janeiro e achei por acaso um dos livros que iria mudar a minha vida. O título estranho me chamou a atenção: O Imbecil Coletivo. Nele encontrei uma inédita mistura de clareza intelectual e coragem moral.
Naquele livro Olavo de Carvalho me ensinou a não ter medo da verdade e a dar o nome certo às coisas.
Olavo buscava a verdade, sem medo das consequências.
Para Olavo, essas consequências foram o confronto com o establishment e seus pseudo-intelectuais, esquerdistas encastelados em recursos públicos e no monopólio da mídia. Para ele chegou, também, o exílio.