O senhor vai querer um das centenas de artigos mostrando que máscaras funcionam ou estimando quantos casos cada medida de fechamento salva? Ou mostrando que ivermectina não serve pra COVID?
Hummm… não. Me vê o único artigo que fala o contrário, aquele ali que vão jogar fora.
É que eu tô seguindo uma receita de negacionismo de rede social e ela pede um resultado contraditório fesquinho, antes que seja muito desmentido. É difícil achar, sabe? E estraga mais rápido que avocado. Mas aí, semana que vem já esqueceram que esse caducou e solto outra mentira.
O bom é que tenho dois ou três médicos e alguns jornalistas que são clientes fiéis. Comem esse capim que dá gosto! E lá na terra deles faz sucesso, todo mundo fala como se fosse ciência gourmet. Então a gente tem que agradar, né. Sem isso a base fica toda murchinha, dá até dó.
Agradeço os replies com foto do cardápio.
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Afirmei em live e na @folha que, se não tivermos uma variante que anule vacinas (e não tem sinal de que teremos), essa tendência pode transformar a COVID em uma gripe.
Este gráfico do @jburnmurdoch mostra isso bem. Segue o fio.
O gráfico marca a letalidade da COVID por cada infecção, algo que pode ser mais bem estimado em um país que testa mais como a Inglaterra, do que no Brasil, onde já passou de 4%.
Antes das vacinas, a fatalidade da COVID era mais de 20x maior do que a gripe (bela gripezinha). Agora, é "só" 2x. Tb tem o fato de que a COVID causa muito mais casos. Com as duas coisas juntas, maior fatalidade e mais casos, ela ainda pesa muito mais do que a gripe na sociedade.
A BA.2 é chamada de Omicron silenciosa por um simples motivo: é menos óbvias no teste PCR. Só isso. A Omicron clássica (BA.1) perdeu um pedaço que o teste detecta. Então se a detecção do teste é parcial, você sabe que é Omicron. A BA.2 tem esse pedaço e não é tão óbvia.
Todas elas e outras BA que podem aparecer são linhagens da Omicron. Lembra que se especulava que a Omicron surgiu em imunodeficientes ou em outros animais, pq tem muitas mutações e não tinha nada parecido? Essas são as linhagens próximas que faltavam.
O Facebook barra milhões de vídeos com abuso de animais ou crianças, violência extrema, etc. Instagram barra mamilo. YouTube, tem detecção automática de música e filme. Se quisessem barrar desinformação, já têm as ferramentas.
A diferença é que quem exige isso são os anunciantes.
A mesma coisa aqui no Twitter. O problema, aqui, é que muitas das pessoas que tornam esta rede relevante são justamente as pessoas que usam o Twitter para desinformar. E que podem impor regulação de fora se forem caladas aqui dentro.
Ah, mas quem decide o que é desinformação ou não?
Eu não sei, mas se isso preocupa você, também vale se preocupar com o fato de um time de 10-20 engenheiros de software no Vale do Silício decidirem o que é ou não a realidade, o que pode ou não ser visto por 3 bilhões de usuários.
O Twitter é movido a indignação e mantém relevância quando alimenta a mídia com pautas e discussões negacionistas, além das legítimas. Pode não ser a rede mais popular, mas é a rede que semeia as mais populares. Por isso, não dá pra ter #TwitterApoiaFakeNews
No caso, ter o @TwitterBrasil mantendo notícia falsa de vacinas no ar. Ter a hashtag #TwitterApoiaFakeNews se autocolpletando seria bem legal.
Com a ascensão da política via redes sociais, o Twitter virou o centro de muita discussão diária até na imprensa. Eu mesmo gero refino e compartilho as pautas de COVID aqui.
Mas justamente por esse papel cada vez mais importante que não dá pro @verified apoiar fake news.
Fio fantástico do @jburnmurdoch com a situação da Omicron no Reino Unido e no mundo, com lições importantes que vou pinçar.
1º, um mesmo Nº de casos realmente gera menos internações do que ondas anteriores. Mas o volume de casos ainda põe uma pressão enorme no sistema de saúde.
Mas essa onda de Omicron começou entre os mais novos, menos vacinados e que circulam mais. Só agora os casos começam a crescer entre os mais velhos e as internações também devem crescer mais em proporção aos casos.
O aumento de casos gera outro problema: pacientes que vão pro hospital por outros problemas, mas estão com COVID. Eles podem não evoluir pra algo mais sério, mas são um risco de contágio pros profissionais e pros outros pacientes. Isso aumenta ainda mais a pressão nos hospitais.