1/Se você perguntar àqueles que acompanham minimamente o futebol quem vai ser campeão brasileiro deste ano é impossível receber uma resposta honesta que exclua, por ordem alfabética, o Atlético Mineiro, o Flamengo e o Palmeiras (e como tricolor, dói admitir)+
2/com a política é parecido. Lula e Bolsonaro são conhecidos 99% dos brasileiros. Esponteanente, 2 em 3 eleitores respondem que vão votar em L ou B. Ambos terão candidatos a governador competitivos, além do apoio de centenas de deputados que buscam a reeleição+
3/Lula e o PT venceram as últimas cinco eleições no Nordeste, enquanto Bolsonaro tem base no agro no Sul e CO. O PT tem uma militância histórica. Bolsonaro tem seguidores fiéis mesmo nos seus piores momentos. Os dois já tem profissionais trabalhando pela campanha desde 2021+
3/É difícil achar um brasileiro que não tenha opinião formada contra ou a favor de L ou B. Quem vota em Lula ou Bolsonaro sabe no que está votando e no governo que espera ter a partir de 2023 (se as condições econômicas e políticas vão permitir é outra história)+
4/Já os demais candidatos são como os outros clubes do Brasileirão. Podem ser esforçados, ganhar aqui ou ali dos favoritos em um confronto como o Fluminense no domingo, mas não tem as equipes entrosadas, acordos regionais e as militâncias aguerridas de Lula e Bolsonaro+
5/As eleições são historicamente voláteis, mas racionalmente os fatos apontam para uma disputa sangrenta Lula ou Bolsonaro. Acreditar em milagres pode fazer sentido para torcedores de futebol, mas não para a análise política. Meu artigo p/ @Vejaveja.abril.com.br/coluna/thomas-…
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1/ Para a elite da Faria Lima e das redações, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é o símbolo do radicalismo do PT. Sabem nada, inocentes. Na sexta, Hoffmann deu entrevista ao site Manifesto Petista (manifestopetista.org.br/2022/02/03/a-p…) e foi pressionada por estar “cedendo demais"+
2/Ela ouviu perguntas como “com uma conjuntura eleitoral tão favorável a Lula, por qual motivo o PT deveria fazer tantas concessões?” (como a federação com o PSB e aceitar Alckmin como vice). A resposta de Hoffmann foram variações sobre a necessidade de eleger Lula+
3/Na live, Gleisi Hoffmann reafirmou o tom de esquerda do programa Lula com os seguintes exemplos:
•Revisão da reforma trabalhista
•Fim da política de preços da Petrobras
•Zero privatizações
•Política fiscal "ampliada"
•Fim do teto de gastos
1/Biden escolheu uma “fixer” como nova embaixadora dos EUA no Brasil. A advogada, empresária, arrecadadora de campanha e ex-diplomata Elizabeth Bagley. Desde agosto se especulava uma indicação pessoal para a embaixada de Brasilia+ (veja.abril.com.br/coluna/thomas-…)
2/Nos anos 1990, Bragley foi embaixadora americana em Portugal quando o governo Clinton, sem alarde, desmantelou um dos últimos resquícios da guerra fria, a rádio de propaganda anticomunista Raet (cuja história pode ser vista na minissérie “Gloria”, na Netflix)+
3/Ajudou na arrecadação de fundos de todos os candidatos presidenciais democratas desde os anos 1980. Dona de uma empresa de telecomunicações, novo Obama usou suas relações para que a iniciativa privada quitasse as dívidas dos EUA com fundos internacionais+
1/Lula da Silva reúne nesta semana, provavelmente por zoom em função do novo pico de Covid, 15 a 20 economistas para dar partida aos estudos sobre o seu programa de governo. Tem caras conhecidas (Mercadante, Nelson Barbosa) e the new generation (Guilherme Mello, Pedro Rossi..)
2/Plano? Nada antes do carnaval. Os otimistas falam em março. Os realistas, junho. enquanto isso, serão dezenas de balões de ensaio. Um petista dá um entrevista e se a reação for ruim, recua. Se não der polêmica, vai para publicação.
3/O que está adiantado _ pq as Centrais Sindicais estão tocando e elas tem pressa_ é a "revisão da reforma trabalhista" (a palavra "revogação" foi cancelada). O que está na mesa:
1/Ministro mais longevo da história democrática, Mantega assinou o texto publicado hoje (www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/0…) por um motivo prosaico, de todos os economistas vinculados direta ou indiretamente a Lula, ele é dos poucos não está na lista dos eventuais ministros.
2/Mantega foi o rosto econômico do PT no seu auge (quando o País saiu da crise de 2008 com poucos arranhões) e na decadência do PT (quando as maquiagens destroçaram a credibilidade fiscal) Compreensivelmente, ele fala no artigo mais da primeira experiência do que da segunda.
3/Líder folgado em todas as pesquisas, Lula tem zero motivos para antecipar o debate sobre que pretende fazer se for eleito. Primeiro porque se fizer isso agora tira o foco sobre a gestão de Bolsonaro, rejeitada por mais de 70% dos brasileiros segundo as pesquisas+
1/O chile viveu em dois anos o maremoto político que o Brasil atravessa desde 2013. Protestos estudantis, decadência dos partidos tradicionais, quase impeachment do presidente, polarização. A eleição de Gabriel Boric traz algumas algumas lições:
2/A. Quem se move para o centro, leva vantagem No 2.o, Boric que se moveu mais, atraindo para si os centro-esquerdistas do Partido Socialista (“Tenho uma boa opinião do 2.o governo de Bachelet") e pedido desculpas as Democratas Cristãos (“minhas críticas eram imaturas”) +
3/B.O discurso radical levanta a torcida, mas não ganha o jogo – Como mostrou Maurício Moura( exame.com/blog/ideia-pub…) o discurso de “se não votar em mim o país vira a Venezuela” agita os militantes da direita, mas não basta para vencer a eleição. Fica a lição para Bolsonaro+