Há 151 anos, em 5 de março de 1871, nascia a revolucionária e teórica marxista Rosa Luxemburgo.
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Rosa Luxemburgo nasceu em Lublin, Polônia, mas mudou-se ainda criança para Varsóvia. Adolescente, ingressou no Partido do Proletariado e organizou uma greve geral brutalmente reprimida pelo governo polonês. Foi presa, mas conseguiu escapar e se refugiou na Suíça.
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Em 1889, ingressou na Universidade de Zurique, onde estudou filosofia, história, ciência política, economia e matemática. Aprofundou-se nos estudos marxistas nos anos seguintes e travou contato com membros do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR).
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Em 1893, fundou o jornal "A Causa Operária", onde publicou uma série de artigos criticando as políticas nacionalistas do Partido Socialista Polonês, por considerar que a estratégia adotada resultaria no enfraquecimento do movimento socialista internacional.
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Após ajudar a fundar o Partido Social-Democrata do Reino da Polônia (SDRP), mudou-se para a Alemanha, onde se filiou ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e voltou à agitação revolucionária.
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Em 1900, publicou "Reforma ou Revolução?", onde criticava o revisionismo da teoria marxista empreendido por Eduard Bernstein, identificando suas ideias como uma "renúncia à transformação social".
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Rosa Luxemburgo não rejeitava o reformismo, mas o considerava válido somente como uma estratégia que conduzisse à revolução, advertindo que as reformas ininterruptas se transformariam em apoio permanente à burguesia, afastando a possibilidade de construção do socialismo.
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Sua campanha em prol da expulsão dos revisionistas do SPD foi malsucedida, mas conseguiu convencer o dirigente Karl Kautsky a manter a teoria marxista no programa do partido. Em 1904, Rosa Luxemburgo foi presa por dois meses por "insultar o Kaiser".
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Foi novamente presa ao tentar se juntar à Revolução de 1905 na Rússia. Na cadeia, escreveu "Greve de Massas, Partido e Sindicatos", onde teorizava que a greve de massas era o principal instrumento de luta revolucionária. Enfrentou nova prisão política em 1907.
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Posta em liberdade, participou do VII Congresso da Segunda Internacional e do Congresso dos Sociais Democratas Russos em Londres, onde encontrou-se pessoalmente com Lenin. Ainda em 1907, assumiu o cargo de professora de economia política e história econômica...
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... na Escola do Partido Social Democrata. Nessa função, escreveu "A Acumulação do Capital", onde defende a tese de que o imperialismo é inerente ao capitalismo, e "Introdução à Economia Política".
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Em 1910, rompeu em definitivo com Karl Kautsky, quando este se recusou a apoiar sua campanha em favor do fim da monarquia na Alemanha. Em 1914, a bancada do SPD no Reichstag votou a favor da viabilização de créditos para que o país ingressasse na Primeira Guerra Mundial.
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Consternada pela decisão de seu partido, Rosa Luxemburgo aliou-se a Karl Liebknecht, único parlamentar do SPD a votar contra, e fundou o grupo Internationale, que logo se tornaria Liga Espartaquista, na qual ingressaram nomes como Clara Zetkin e Franz Mehring.
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O grupo defendia que os soldados alemães deveriam abandonar o conflito internacional e lutar pela revolução socialista. Em 1915, Rosa Luxemburgo foi novamente presa por agitação antimilitarista e por seus discursos condenando o imperialismo. Ficou encarcerada por 3 anos.
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Na prisão, concebeu "O Folheto Junius", onde estabelecia a base teórica da Liga Espartaquista, e "A Revolução Russa", em que enaltece a importância histórica da Revolução de Outubro, mas critica a "violência" e a "incompreensão dos bolcheviques no tocante à democracia".
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No SPD, as divisões atingiram seu ápice em 1917, quando a Liga Espartaquista foi expulsa da agremiação. Os dissidentes se reorganizaram, fundando o Partido Social-Democrata Independente (PSDI), ao qual a Liga Espartaquista foi agregada.
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A situação mudaria radicalmente com a eclosão da Revolução Alemã em 1918. A derrota alemã na Primeira Guerra Mundial ensejou uma série de sublevações militares que acabaram por resultar na abdicação do imperador Guilherme II e na abolição da monarquia.
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O SPD havia ajudado a orquestrar o levante, obtendo o governo provisório, mas temia que a revolta evoluísse para uma revolução socialista. Preferiu então aliar-se aos liberais e reintegrar as oligarquias em uma república parlamentarista, liderada por Friedrich Ebert.
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O PSDI aceitou integrar o novo governo, provocando o rompimento da Liga Espartaquista, defensora da revolução. Em meio às disputas, Rosa Luxemburgo foi libertada. Logo se reuniu com Karl Liebknecht e deu início à agitação popular e à defesa da revolução socialista.
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Em dezembro de 1918, Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht fundaram o Partido Comunista da Alemanha. No mês seguinte, Liebknecht deu início ao Levante Espartaquista, encampando a defesa da greve geral e conclamando os populares a se juntarem às batalhas nas ruas de Berlim.
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Em resposta, o líder social-democrata Friedrich Ebert decretou estado de sítio e ordenou que os Freikorps (grupos paramilitares de veteranos da Primeira Guerra) esmagassem o Levante Espartaquista.
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Em 15 de janeiro de 1919, Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram presos e levados para Hotel Eden, em Berlim, onde foram barbaramente torturados. O capitão Waldemar Pabst ordenou em seguida que fossem executados.
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Rosa Luxemburgo foi derrubada com uma coronhada de espingardada e executada com um tiro na cabeça. Seu corpo foi posteriormente lançado no Canal Landwehr. Karl Liebknecht foi baleado pelas costas e entregue sem identificação a um necrotério.
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Uma investigação realizada em 1999 pelo governo alemão confirmou que os paramilitares haviam sido instruídos e pagos pelos governantes sociais-democratas para assassinar os dois revolucionários.
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"Abaixo a escravidão da cozinha! Viva a nova vida cotidiana!". O cartaz soviético de 1931 faz referência à socialização das tarefas domésticas. A personagem aponta para as novidades: clube recreativo para trabalhadores, uma cantina comunitária e uma creche estatal.
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A Revolução de Outubro de 1917 e a subsequente instalação do governo socialista transformaram a Rússia soviética em uma nação pioneira da promoção dos direitos das mulheres.
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Sob a liderança de Vladimir Lenin, o governo revolucionário russo editou decretos estabelecendo a igualdade formal e jurídica de homens e mulheres e instituiu o direito ao divórcio. No mesmo ano, a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a legalizar o aborto.
O general George Smith Patton Junior (1885- 1945) foi responsável por liderar os esforços do Exército dos Estados Unidos no Mediterrâneo e na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, conduzindo as campanhas da Frente Ocidental após a invasão da Normandia, em 1944.
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Patton protagonizou uma série de controvérsias na Europa. Na Sicília, espancou soldados traumatizados que foram afastados do campo de batalha. E numa cerimônia com mães de soldados mortos, disse que os que morreram eram tolos e os verdadeiros heróis eram os sobreviventes.
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As declarações mais polêmicas de Patton, entretanto, foram dadas durante sua gestão como governador militar da Baviera, após a derrota da Alemanha. O general causou inúmeros constrangimentos com frases relativizando o nazismo e banalizando as ações de desnazificação.
"Bênção das bandeiras da Revolução de 1817", de Antônio Parreiras. A obra faz referência à Revolução Pernambucana, movimento de cunho liberal e republicano que irrompeu em Pernambuco há 205 anos, em 6 de março de 1817.
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A Rev. Pernambucana foi o único dos movimentos emancipacionistas coloniais que conseguiu ultrapassar a fase conspiratória. Os revoltosos proclamaram um governo independente em Pernambuco que se prolongou por 75 dias, até ser debelado pelas tropas legalistas.
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No início do séc. XIX, Pernambuco detinha o posto de capitania mais rica do Brasil. A elite local, entretanto, ressentia-se da presença maciça de portugueses em cargos na administração pública e do alto volume de impostos repassados à corte portuguesa no Rio de Janeiro.
Mulheres e crianças vietnamitas assassinadas por soldados estadunidenses durante o Massacre de My Lai. Vietnã, 16 de março de 1968. Fotografia de Ronald Haeberle.
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"A ordem era pra matar tudo que se mexesse". Foram essas palavras usadas por um soldado estadunidense para justificar suas ações durante uma das atrocidades mais nefastas registradas durante a Guerra do Vietnã.
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Em 16 de março de 1968, um pelotão com 120 soldados alocados na Companhia Charlie, unidade da 23ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos, invadiu o vilarejo de My Lai, no Vietnã do Sul.
Estadunidenses organizam manifestações de apoio à guerra contra o Iraque. O conflito deixou um saldo de um milhão de mortos — a grande maioria civis — e reduziu o Iraque a um estado de anomia política e disputas incessantes entre facções armadas e grupos terroristas.
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Os EUA estiveram em guerra durante 229 de seus 246 anos de existência como nação independente. Somente nos últimos 5 anos, os EUA realizaram mais de 30 mil bombardeios contra 7 países. Nos últimos 20 anos, suas coalizões mantém uma média de 46 ataques por dia.
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Os EUA detém apenas 4% da população mundial, mas respondem por 40% de todos os gastos militares do planeta. A indústria bélica e de armamentos é um dos sustentáculos da economia estadunidense desde o pós-Segunda Guerra.