Mulheres e crianças vietnamitas assassinadas por soldados estadunidenses durante o Massacre de My Lai. Vietnã, 16 de março de 1968. Fotografia de Ronald Haeberle.
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"A ordem era pra matar tudo que se mexesse". Foram essas palavras usadas por um soldado estadunidense para justificar suas ações durante uma das atrocidades mais nefastas registradas durante a Guerra do Vietnã.
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Em 16 de março de 1968, um pelotão com 120 soldados alocados na Companhia Charlie, unidade da 23ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos, invadiu o vilarejo de My Lai, no Vietnã do Sul.
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Os estadunidenses foram enviados para averiguar a informação de que os civis estariam escondendo guerrilheiros comunistas. Os soldados não encontraram nenhum guerrilheiro no local, mas isso não impediu que descarregassem todo o seu ódio sobre os moradores do vilarejo.
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O massacre durou quatro horas e resultou na morte de 504 civis desarmados - a imensa maioria idosos, mulheres e crianças, incluindo bebês de colo. Os militares estadunidenses começaram incendiando as casas do vilarejo, com famílias ainda dentro das residências.
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Em seguida, partiram para uma longa sessão de estupros, torturas e execuções. Mulheres e crianças a partir de 6 anos de idade foram barbaramente estupradas e depois executadas com tiros na nuca. Idosos eram perfurados com baionetas e deixados para sangrar até a morte.
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Os homens foram reunidos e levados para uma vala próxima, onde foram fuzilados. Os poucos civis que sobreviveram tiveram de fingir que estavam mortos, pois os invasores não queriam poupar absolutamente ninguém.
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O massacre somente foi interrompido quando um piloto de um helicóptero de observação, Hugh Thompson, enojado pela ação de seus compatriotas, aterrissou sua aeronave entre os militares estadunidenses e os civis vietnamitas, impedindo-os de prosseguir.
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Em seguida, Thompson alertou seus superiores. O governo dos EUA acobertou o massacre durante um ano, mas admitiu o ocorrido após o jornalista Seymour Hersh divulgar fotografias do episódio e detalhar os acontecimentos após conversas com militares presentes na ação.
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A corte marcial investigou o massacre e produziu uma lista com 30 militares que participaram das atrocidades. Desses, apenas 14 foram formalmente acusados. Todos foram absolvidos pelas cortes marciais, com exceção do tenente William Calley, que comandou o massacre.
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Calley foi sentenciado à prisão perpétua, mas apenas dois dias após a condenação recebeu o perdão do presidente Richard Nixon e acabou cumprindo uma pena alternativa de três anos de prisão domiciliar.
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Alguns meses depois do massacre, ocorreram os Jogos Olímpicos do México. Os Estados Unidos estavam lá.
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Poucos regimentos militares foram tão odiados pelos nazistas quanto o das "Bruxas da Noite" — alcunha dada ao 588º Regimento de Bombardeios Noturnos da Força Aérea Soviética.
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O regimento era inteiramente feminino, composto por 80 mulheres que voaram em mais de 23 mil missões de combate, despejando 3 mil toneladas de bombas sobre as cabeças dos invasores nazistas, ajudando a garantir a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial.
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Tamanho era o ódio que despertavam sobre os nazistas que os militares que conseguissem derrubar seus aviões eram invariavelmente condecorados com a medalha da Cruz de Ferro.
Poucos regimentos militares foram tão odiados pelos nazistas quanto o das "Bruxas da Noite" — alcunhada dada ao 588º Regimento de Bombardeios Noturnos da Força Aérea Soviética.
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O regimento era inteiramente feminino, composto por 80 mulheres que voaram em mais de 23 mil missões de combate, despejando 3 mil toneladas de bombas sobre as cabeças dos invasores nazistas, ajudando a garantir a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial.
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Tamanho era o ódio que despertavam sobre os nazistas que os militares que conseguissem derrubar um de seus aviões era invariavelmente condecorado com a medalha da Cruz de Ferro.
Há 105 anos, em 8 de março de 1917, mulheres russas organizavam uma passeata em protesto contra a fome, o desemprego e as más condições de vida na cidade de Petrogrado. A passeata tornou-se o marco inicial da Revolução Russa, que resultaria na queda da monarquia czarista.
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Alguns meses depois, a Revolução de Outubro instauraria o governo socialista na Rússia. Em 1975, a ONU oficializou a data da passeata, 8 de março, como Dia Internacional da Mulher. O evento é celebrado em mais de 100 países do mundo.
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A ideia de se criar uma data para simbolizar a luta das mulheres por igualdade de direitos e por melhores condições de vida remonta ao fim do século XIX, no contexto de organização dos movimentos operários e de expansão movimento sufragista.
"Abaixo a escravidão da cozinha! Viva a nova vida cotidiana!". O cartaz soviético de 1931 faz referência à socialização das tarefas domésticas. A personagem aponta para as novidades: clube recreativo para trabalhadores, uma cantina comunitária e uma creche estatal.
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A Revolução de Outubro de 1917 e a subsequente instalação do governo socialista transformaram a Rússia soviética em uma nação pioneira da promoção dos direitos das mulheres.
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Sob a liderança de Vladimir Lenin, o governo revolucionário russo editou decretos estabelecendo a igualdade formal e jurídica de homens e mulheres e instituiu o direito ao divórcio. No mesmo ano, a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a legalizar o aborto.
O general George Smith Patton Junior (1885- 1945) foi responsável por liderar os esforços do Exército dos Estados Unidos no Mediterrâneo e na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, conduzindo as campanhas da Frente Ocidental após a invasão da Normandia, em 1944.
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Patton protagonizou uma série de controvérsias na Europa. Na Sicília, espancou soldados traumatizados que foram afastados do campo de batalha. E numa cerimônia com mães de soldados mortos, disse que os que morreram eram tolos e os verdadeiros heróis eram os sobreviventes.
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As declarações mais polêmicas de Patton, entretanto, foram dadas durante sua gestão como governador militar da Baviera, após a derrota da Alemanha. O general causou inúmeros constrangimentos com frases relativizando o nazismo e banalizando as ações de desnazificação.