Crianças ao lado de uma cerca feita com invólucros de bombas em uma região rural do Laos. Nenhuma nação foi tão bombardeada na história quanto o Laos. Entre 1964 e 1973, os Estados Unidos jogaram mais de 2 milhões de toneladas de bombas sobre o país.
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Durante a Guerra do Vietnã, o movimento revolucionário comunista Pathet Lao auxiliou os combatentes do Vietnã do Norte, permitindo que adentrassem no Laos para movimentar guerrilheiros e suprimentos através da chamada "Trilha Ho Chi Minh".
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A trilha foi essencial para a articulação da resistência vietnamita aos ataques estadunidenses. Em represália, o Laos foi brutalmente atacado pelos Estados Unidos com bombardeios que visavam cortar a linha de abastecimento do Viet Mihn e destruir o Pathet Lao.
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Os ataques foram planejados durante o governo de Dwight D. Eisenhower e levados a cabo por John Kennedy, Lyndon Johnson e Richard Nixon. Ao longo de quase uma década, a Força Aérea dos Estados Unidos despejou mais de 2 milhões de toneladas de explosivos sobre o país.
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Caíram mais bombas sobre o Laos durante a Guerra do Vietnã do que em todo os os países do mundo juntos na Segunda Guerra Mundial. As operações eram secretas — o país foi atacado sem uma declaração formal de guerra.
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Frotas inteiras de bombardeiros AC-130 e B-52 foram mobilizadas para as campanhas. Em média, o país foi atingido por uma campanha de bombardeio a cada oito minutos, 24 horas por dias, ao longo de nove anos.
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Os bombardeios destruíram quase todas as cidades do Laos e mataram 200.000 civis — ou 10% de toda a população do país. Mais de 400.000 laosianos ficaram feridos ou mutilados e 750.000 pessoas foram obrigadas a deixar o país.
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Os resultados do bombardeio afetam profundamente o Laos até os dias de hoje. Desde o fim do conflito, mais de 50 mil laosianos foram mortos ou mutilados por explosões de bombas de fragmentação lançadas nos anos 60 e 70.
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Estima-se que 30% das mais de 270 milhões de bombas lançadas sobre o Laos não explodiram no impacto — isso é, o país ainda tem 80 milhões de bombas ativas espalhadas por seu território.
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Mais de 37% de todas as terras agrícolas do país permanecem inutilizáveis em função das munições não detonadas, causando impacto enorme na economia, já que 70% da população depende da agricultura de subsistência.
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O Laos lidera os rankings mundiais de mutilações e acidentes fatais com explosivos até hoje. O país detém apenas 0,09% da população global, mas responde por metade de todos os acidentes com bombas e minas terrestres no mundo.
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As bombas são tão comuns que a população rural usa os invólucros dos explosivos para fazer cercas ou até mesmo pilares de cabanas. Os bombardeios não foram os únicos ataques dos Estados Unidos contra o Laos.
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Em 1960, a CIA conduziu a Operação Momentum, que financiou, treinou e armou uma milícia anticomunista ligada à minoria Hmong para combater o Pathet Lao. Também financiou o cultivo de papoula e o tráfico de narcóticos opiáceos para apoiar financeiramente os Hmongs.
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Foram gastos 500 milhões de dólares para criar e manter as milícias. Os Estados Unidos também cogitaram bombardear o Laos com armas nucleares e conduzir uma intervenção militar terrestre com 60 mil soldados, mas recuaram por receio da reação da União Soviética.
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O historiador britânico Robert Conquest, autor de "The Harvest of Sorrow", é o principal promotor da tese de que Stalin teria matado cerca de 20 milhões de pessoas ao longo da década de trinta e um antigo proponente da tese do "Holodomor".
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Conquest trabalhou para o Departamento de Pesquisa de Informação, um braço do Serviço Secreto Britânico empenhado em subsidiar ações de inteligência contra governos vistos como inimigos do Reino Unido — incluindo a União Soviética.
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Também é autor de um conhecido panfleto anticomunista histérico denominado "O que fazer quando os comunistas chegarem: um manual de sobrevivência", um clássico do humor involuntário, descrevendo monstros comunistas destruindo os alicerces da civilização ocidental.
"A Grande Fome de 1601", gravura oitocentista retratando a crise famélica que devastou a Rússia no começo do século XVII. A cena mostra a população agonizando nas ruas de Moscou enquanto o pão é racionado pelas autoridades.
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A história da Rússia é pontuada por inúmeras crises famélicas. Apesar de seu vasto território, as condições geográficas da Rússia sempre limitaram enormemente as áreas de plantio, submetidas ao clima severo e secas sazonais que castigam as safras.
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A histórica concentração das terras nas mãos de poucos proprietários, o sistema de cultivo em campo aberto e a baixa tecnologia empregada na produção também contribuíam enormemente para a ocorrência periódica de episódios severos de fome no país.
Um manifestante palestino desfralda a bandeira do Brasil diante de um grupo de soldados israelenses, durante um protesto em Bilin, na Cisjordânia, em 10 de dezembro de 2010. Alguns dias antes, o Brasil havia reconhecido o Estado da Palestina com as fronteiras de 1967.
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A política externa brasileira do governo Lula foi caracterizada por um esforço de diversificação das parcerias internacionais e pelo fortalecimento da cooperação Sul-Sul, visando constituir uma diplomacia "ativa e altiva", conforme definição do chanceler Celso Amorim.
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Impulsionado pelo bom desempenho de sua economia, o Brasil passou a exercer um maior protagonismo internacional, integrando-se a um movimento de atuação mais assertiva das potências emergentes em prol da reforma da ordem internacional,...
O cientista polonês Albert Sabin e pesquisadores soviéticos trabalham no desenvolvimento da vacina contra a poliomielite, doença viral infecciosa responsável por causar a paralisia infantil. Moscou, União Soviética, c. 1955.
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Com auxílio soviético, Sabin desenvolveu, testou e lançou a vacina oral (gotinha) que permitiu erradicar a pandemia de poliomielite nos anos 60. A doença, limitada a surtos de curta duração no período pré-Revolução Industrial, evoluiu para a escala de pandemia no séc. XX.
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Nos anos 40, a doença se espalhou pelo mundo, causando pavor pela alta taxa de letalidade e efeitos devastadores. A poliomielite matava 10% dos infectados e deixava outros 40% com sequelas irreversíveis. A União Soviética foi atingida pela pandemia em 1949.
Quase todos os registros fotográficos de membros das forças militares ucranianas são acompanhados de símbolos (neo)nazistas nas fardas e patches. E a imprensa, ao invés de esclarecer o significado desses símbolos, tem ajudado a naturalizá-los e associá-los a valores positivos.
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O emblema do Batalhão de Azov é o mais recorrente. O Batalhão de Azov é uma organização paramilitar neonazista fundada em 2014, com financiamento e treinamento da CIA, responsável por diversos crimes de guerra e massacres cometidos contra as minorias russas de Donbass.
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O emblema do Batalhão de Azov consiste em um wolfsangel invertido. Wolfsangel é um símbolo heráldico alemão de inspiração viking que foi adotado como primeiro símbolo do Partido Nazista da Alemanha.
Há 88 anos, em 9 de março de 1934, nascia o cosmonauta soviético Yuri Gagarin, primeiro ser humano a viajar pelo espaço. A bordo da espaçonave Vostok 1, Gagarin deu uma volta completa em órbita ao redor da Terra, dando à União Soviética a liderança na corrida espacial.
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Yuri Gagarin nasceu em uma fazenda coletiva de Kluchino, nos arredores de Moscou. Trabalhou como moldador e metalúrgico antes de ingressar no aeroclube de sua cidade, onde aprendeu a pilotar aviões leves.
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Em 1955, ingressou na Escola de Pilotos da Força Aérea, sendo alocado na Base Aérea de Luostari, em Murmansk. Dois anos depois, obteve a patente de tenente. Em 1960, Gagarin foi selecionado junto com outros 20 pilotos para ingressar no Programa Espacial Soviético.