Farei uma breve sequência de dados importantes sobre o comportamento nova expansão da #COVID19 consolidando os dados de ABRIL/MAIO de 2022.
Leia o fio, veja os slides e entenda a importância da #vacina em uma #pandemia que não acabou. 🧶⬇️
A nova onda da #COVID19 encontrou população capixaba de 4.1 milhões/hab. com os seguintes percentuais de cobertura vacinal por faixa etária:
🟢Idosos com D3/D4 - 90%/54%
🟢Adultos com D2/D3 - 90%/45%
🟢Adolescentes com D1/D2 - 90%/72%
🟡Criancas 5-11 anos com D1/D2 - 54%/30%
Comportamento dos casos e internações totais por faixa etária.
População adulta de 18-59 é a mais afetada.
🔴Destaco este gráfico com o comportamento das internações entre os não-vacinados por faixa etária nos meses de abril-maio/22: 50% em crianças de 0-4 anos não cobertas por vacinas.
Comparem com a diferença entre adolescentes e crianças de 5-11 que já iniciaram a vacinação.
⚠️Ainda sobre crianças de 0-4 anos.
⌛️🌄Elas precisam ter vacinas, leia os slides. Vacinas são seguras, eficazes, necessárias e estão disponíveis para comercialização, mas precisam de autorização da agência reguladora e incorporação no #SUS.
Avaliação do comportamento dos óbitos por faixa etária:
📌75% eram acima de 60 anos.
📌Nenhum óbito em idosos com 4 doses (ver critério de exclusão no slide).
📌62,5% tinham comorbidades.
📌85% dos que morreram estavam com vacina atrasada e tomaram a última dose 2021.
A atual geração tecnológica de vacinas são suficientes para reduzir fortemente o risco de internações/óbitos. Elas continuam funcionando, mas precisam estar com esquema atualizado. Até agora foi acertada a decisão de aplicar novos reforços e devemos seguir apostando na vacinação.
Ainda não fui convencido que "imunidade de rebanho" seja adequada para qualquer idade, todas as crianças merecem vacinas, vacina para criança não é questão de opinião individual: é questão de direito da criança amparado pela lei brasileira e questão de interesse de saúde pública.
Nas duas últimas reuniões da Comissão Intergestora Tripartite dedicamos atenção e alertamos para esse cenário. Ainda existia emergência, era necessário avançar mais na vacinação e acompanhar a consolidação da queda.
⚠️ Competição ecológica entre BA.4/BA.5 ganhando predomínio sobre a BA.1/BA.2;
🚀 Cepa mais contagiosa circulando em população com baixa cobertura satisfatória do esquema vacinal completo e ainda uma parte significativa não imunizada;
🫣Redução da percepção de risco, menor procura e oferta irregular de testes, fragilizando notificações e prejudicando isolamento adequado de positivos e as ações governamentais;
❌ Relativização da recomendação do uso de mascaras;
Não só existe o direito ao aborto legal, como ele é fundamental para preservar a vida. O direito deve ser garantido com as melhores práticas, com humanização e pelo #SUS.
Três condições são amparadas pela legislação brasileira para acesso ao aborto legal: para salvar a vida da mulher; quando a gestação é resultante de um estupro ou se o feto for anencefálico.
Trocadilhos de palavras não qualificam o debate, só atrapalham a política pública.
Mulheres gestantes em risco de vida, estupradas ou com feto anencefálicos que desejem abortar, ou que tenham indicação médica, não são criminosas; são vítimas e/ou possuem risco de vida, elas precisam ter sua condição respeitada/cuidada e com garantia de acesso a direitos.
Sobre reconhecer a situação de "endemia" pela #COVID19.
Decretos/portarias NÃO mudam o comportamento da transmissão, mas medidas sanitárias concretas, que intervenham na realidade, tais como, máscaras, vacinas, leitos, acesso a serviços de saúde, medicamentos específicos, SIM.🧶
Vamos aos pontos chaves dos conceitos: #Surto: evento acima esperado em um local restrito. #Endemia: evento ocorre como esperado em um território e tempo. #Epidemia: evento ocorre acima do esperado em um território e tempo. #Pandemia: evento ocorre em mais de 3 continentes.
Uma pandemia se inicia e finaliza quando for determinado pelo diretor geral da @WHO orientado pelo Comitê Consultivo de Emergências. O Regulamento Sanitário Internacional é vinculante aos signatários, a atribuição de reconhecer pandemia é da Organização Mundial da Saúde.
A #pandemia não acabou. Vivemos uma nova fase dela. Qualquer abordagem que leve a redução da percepção de risco por parte da população não terá correspondência com a dimensão real da pressão da #omicron para os sistemas de saúde.
Urgente persistir com as 😷 e com a 💉💉💉. 🧶⬇️
O comportamento da 4ª onda (jan-fev/22) na média móvel de 14 dias de óbitos da #omicron já ultrapassa o impacto da #delta (jul-out/21) no Estado do Espírito Santo, não obstante termos hoje uma cobertura vacinal muito melhor da que tínhamos no ano passado.
A #omicron possui um escape vacinal importante para casos leves. No entanto, a taxa de mortalidade entre vacinados com esquema completo de 2/3 doses é 130 vezes menor do que entre não vacinados. Vejamos os dados dos primeiros 152 óbitos ocorridos no mês de janeiro no ES.
O risco da "sazonalidade das síndromes respiratórias agudas graves" foi um espectro que acompanhou as piores ondas da pandemia no Brasil.
A expansão da 1ª onda (mar-jun/20) e da 3ª onda (mar-mai/21), no caso do ES, foram ambas nos períodos sazonais das SRAGs,
Cada onda teve características distintas, 1ª Onda:
- Cepa selvagem (originárias);
- Menos letais e transmissíveis que futuras;
- Toda população suscetível;
- Sem vacinas disponíveis;
- Alta adesão e coesão social (medo);
- Inicio da confusão com o negacionismo;
No mesmo período analisado pela matéria, o Espírito Santo realizou 1.786.263 testes, sendo 1.2 testes por mil habitantes/dia.
Avaliando o desempenho em jan/21, 3,04 testes por mil habitantes/dia. E nos últimos 4 dias, 5,5 testes por mil habitantes/dia.
Alguns municípios se destacaram, em 1º lugar Jerônimo Monteiro/ES nos últimos 4 dias testou 13% da população e no mesmo período Aracruz/ES, com 104.942 habitantes, testou 5,7% da população.
O desempenho capixaba foi melhor que a média nacional também considerando a testagem desde o início da pandemia.