#Japão // Uma das maiores figuras da direita japonesa. Primeiro-ministro (2012-2020). Apologista dos crimes de guerra do Japão Imperial, levou o país de novo rumo ao militarismo, apoiando ainda as intenções imperialistas dos #EUA na Ásia-Pacífico [1/26]
"No imaginário das sociedades livres, é o primeiro líder mundial a sofrer um assassinato no séculoXXI" in Diário de Notícias
Vejamos que sociedade livre Abe deixou ao Japão,e o significado do reforço da direita militarista nas eleições que ocorreram 2 dias após o seu assassinato
3/26 Este grupo afirma que os crimes de guerra japoneses foram exagerados ou fabricados, e exalta o colonialismo japonês por "libertar" a Ásia do jugo do Ocidente. Em 2014, 15 dos 19 membros do governo japonês eram membros do grupo Nippon Kaigi koreajoongangdaily.joins.com/news/article/a…
4/26 Shinzo Abe visitou em várias ocasiões o Santuário Yasukuni, um local controverso ligado ao militarismo japonês, o que causou descontentamento na #China e nas Coreias. m.koreaherald.com/view.php?ud=20…
5/26 ESCRAVATURA SEXUAL
O Exército Imperial manteve o que ficou conhecido como o sistema das "mulheres de conforto", em que mulheres e raparigas foram forçadas a escravatura sexual, no Japão e nos territórios ocupados, para satisfazer as "necessidades" dos soldados japoneses
6/26 A maioria dos documentos sobre estes estabelecimentos foi destruído antes da derrota do Japão. Historiadores apontam que entre 50 mil e mais de 200 mil mulheres terão sido vítimas deste sistema. A maior parte vinha da Coreia, da China, das Filipinas e do próprio Japão.
Abe recusou-se a reconhecer a escravatura sexual levada a cabo pelo Japão, sugerindo em múltiplas ocasiões que estas mulheres teriam escolhido voluntariamente participar no dito sistema ou que, se tivessem sido forçadas, o exército e o estado japonês nada teriam a ver com isso
8/26 Abe repudiou publicamente a Declaração de Kono (1993), através da qual um governo japonês reconheceu pela primeira vez que o Exército Imperial Japonês forçou mulheres a trabalhos sexuais em bordéis geridos pelos militares durante a 2ª Guerra Mundial theworld.org/stories/2013-0…
Em 2015,Abe e a então presidente sul coreana chegaram a um acordo para apoiar antigas “mulheres de conforto”. As vítimas não foram consultadas e o acordo não respondia às suas exigências, provocando protestos de sobreviventes e pessoas solidárias em Seoul
reuters.com/article/us-sou…
10/26 Abe e o governo japonês continuaram a afirmar a sua crença de que o sistema de “mulheres de conforto” não foi um crime de guerra. As autoridades japonesas continuaram a levar a cabo várias tentativas de branquear a história, incluindo fora do Japão. newyorker.com/culture/annals…
11/26 TRABALHO ESCRAVO
Segundo historiadores, o Japão Imperial utilizou milhões de civis (chamados de "nativos") e prisioneiros de guerra como mão-de-obra escrava. Estes vinham da Coreia,China, Birmânia, Tailândia, Manchúria, Singapura, Malásia e até Timor hawaii.edu/powerkills/SOD…
12/26 Várias centenas de milhares terão morrido em campos de trabalhos forçados ou na construção de grandes empreendimentos, como a linha ferroviária Burma-Tailândia.
Algumas das maiores e mais ricas empresas japonesas, como a Mitsubishi, a Mitsui Mining e a Nippon Steel, ...
13/26 ...tiveram origem em grupos industriais chamados “zaibatsu”, que faziam uso de trabalhos forçados, especialmente durante a guerra, quando a força de trabalho era escassa devido à mobilização da maior parte dos homens adultos para as forças armadas.
14/26 Entre finais de 2018 e inícios de 2019, vários tribunais sul-coreanos reconheceram o direito dos sobreviventes e das suas famílias a receberem compensações das empresas que usaram mão-de-obra escrava nytimes.com/2019/02/13/wor…
15/26 As autoridades coreanas também tinham, na mesma altura, voltado a falar de compensações às “mulheres de conforto”. A resposta de Abe? Declarou uma guerra comercial contra a Coreia do Sul. nytimes.com/2019/07/15/bus…
16/26 Na era de Abe foram cancelados os subsídios às escolas Joseon, onde estudam as populações coreanas Zainichi, e que têm ligações à Coreia do Norte. As comunidades coreanas enfrentam discriminação sistémica, nomeadamente a nível cultural e linguístico aljazeera.com/features/2019/…
17/26 OKINAWA
Esta ilha é um dos territórios mais militarizados do planeta e sofre duplamente - por um lado, com o colonialismo japonês que fez tudo para apagar a cultura, a língua e a história locais durante mais de um século; por outro, com o imperialismo dos EUA.
18/26 A sua localização estratégica, pela proximidade à China, fez com que a ilha estivesse sob administração militar norte-americana de 1945 até 1972. A entrega da administração da ilha às autoridades japonesas não significou, no entanto, a saída das forças militares do EUA.
19/26 A presença militar dos EUA é a raiz de muitos problemas económicos e sociais para a população local,e tem provocado descontentamento nas últimas décadas. Em Okinawa, a taxa de desemprego é a maior do Japão e, quem consegue encontrar um trabalho, tem dos salários mais baixos
20/26 Há menos estudantes que acabam o secundário do que em qualquer outra prefeitura do país, e ainda menos vão para a universidade. A população vive ensardinhada em faixas residenciais rodeadas por instalações militares, que impedem o desenvolvimento das infraestruturas da ilha
21/26 A estes problemas acrescenta-se a contaminação dos solos nas áreas das bases militares (20% da ilha), onde vêm sendo armazenadas durante as últimas décadas todo o tipo de substâncias tóxicas – desde mísseis nucleares a agente laranja da Guerra do Vietname, ...
22/26 ...passando por munições de urânio empobrecido e, mais recentemente, equipamento evacuado da central nuclear da Fukushima. web.archive.org/web/2018062000…
23/26 Abe, em 2015, passou legislação que autoriza missões de combate no estrangeiro ao lado de tropas aliadas em nome da "auto-defesa colectiva". Apesar dos enormes protestos populares e da oposição dos países vizinhos e da oposição parlamentar, o parlamento aprovou a legislação
24/26 Uma das bandeiras de Abe era a realização de uma revisão constitucional que eliminasse a cláusula que proíbe o Japão de usar a força militar para resolver conflitos. Este foi também o seu maior fracasso - acabou por nunca conseguir os dois terços necessários para isso.
25/26 É bem possível que a morte de Abe signifique a concretização do seu sonho. No Japão, as portas estão abertas para o aumentar do nacionalismo, do militarismo e do revivalismo do imperialismo japonês. E,claro, para aprofundar ainda mais a subserviência ao imperialismo dos EUA
26/26 Afinal, essa é a principal condição para qualquer regime receber o "selo democrático" do Ocidente.
1/19 Há um ano,em #Vigo, dava-se início a uma invasão que não fez capas de jornais nem abriu noticiários, protagonizada por guerrilheiros indígenas que sonham um mundo onde caibam muitos mundos,e ao sonhar o tornam realidade #LaGiraZapatistaVa
2/19 500 anos depois da queda de Technochtitlan, o esquadrão marítimo zapatista concluiu a travessia transatlântica e desembarcou na #Galiza, que foi a sua porta de entrada para o Velho Continente. Dois dias antes, La Montaña, a embarcação a bordo da qual cumpriram este feito...
3/19 ...havia fundeado na baía de Baiona, onde em 1493 chegou a primeira caravela espanhola vinda das Américas, carregada com alguns “espécimes” indígenas que viriam a ser expostos para satisfazer as curiosidades europeias.
1/11 A propósito da recente decisão tomada pelo governo britânico de extraditar #JulianAssange para os #EUA, recuperamos um artigo que publicámos em 2019: «As reais razões pelas quais Assange tem a cabeça a Prémio» #FreeAssangeNOW#AssangeFree
2/11 Há exactamente dez anos, Assange acabava de passar a 1ª noite na embaixada equatoriana em #Londres, onde permaneceu durante 7 anos até, em 2019, ser traído pelo novo presidente do #Equador e detido pelas autoridades britânicas. Assange enfrenta a extradição para os #EUA...
3/11 ...onde o espera um julgamento burlesco com graves implicações para o jornalismo livre. Independentemente da forma que as acusações tomem, o que está em causa é se publicar segredos embaraçosos de governos ocidentais deve ou não ser considerado um crime digno de prisão.