Todos os anos, no dia 15/05, palestinos
e apoiadores da causa relembram a #Nakba (do árabe, “catástrofe”), referindo-se à limpeza étnica da Palestina e à destruição quase total da sociedade que habitava os territórios pré-1948. 🧵
Neste dia, #Israel passou a existir: sua criação foi um processo violento que envolveu a expulsão forçada de milhares de palestinos de suas terras para o estabelecimento de um Estado de maioria judaica, de acordo com as aspirações do movimento sionista.
As forças sionistas tomaram mais de 78% da #Palestina histórica, limparam etnicamente e destruíram cerca de 530 vilas e cidades (a exemplo do Plano Dalet), e mataram cerca de 15.000 palestinos em uma série de atrocidades, incluindo 70+ massacres. #Nakba75
Na verdade, até 15 de maio, metade do número total de refugiados palestinos já havia sido expulso à força de suas terras.
Além disso, alguns dos massacres mais infames já haviam sido cometidos:
Na década de 1880, a comunidade de judeus palestinos, conhecida como Yishuv, correspondia a 3% da população total.
Em contraste com os sionistas que chegariam à Palestina mais tarde, os #Yishuv não desejavam construir um etnoestado judeu na Palestina.
Na época, os judeus da Palestina constituíam apenas 1/3 da população e possuíam menos de 6% da área total.
De acordo com o plano de partição da ONU (proposto anos depois), mesmo sendo minoria, eles receberiam 55% das terras.
Para os arquitetos do projeto sionista, palestinos são apenas um ‘excedente’ a ser extirpado - um ato possível e lucrativo para Israel mesmo que seja uma violação ao direito internacional, e a qualquer parâmetro humanitário básico.
Veja o post completo em: instagram.com/p/CsQ5WSquAki/
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Você provavelmente não viu repercussão alguma na imprensa tradicional brasileira, mas uma investigação do *New York Times* revelou que Israel está *ESTUPRANDO* palestinos que foram sequestrados de Gaza para o campo de prisioneiros de Sde Teiman
*Um palestino morreu após a penetração forçada de um bastão elétrico
*Uma oficial feminina de Israel ordenou o estupro de uma enfermeira sênior de Gaza
*Um trabalhador da ONU foi forçado a se sentar em uma "vara de metal quente"
Este é o QUARTO relatório de estupro da IDF somente este ano
Em abril, o jornal israelense Haaretz documentou este testemunho de estupro
"Eles foram levados para a cozinha, onde foram despojados e forçados a deitar um em cima do outro.... Eles foram espancados com tacos e cuspidos. Um guarda então começou a enfiar cenouras no ânus de Abu Halil e outros prisioneiros"
Em fevereiro, especialistas da ONU relataram pelo menos dois casos de mulheres de Gaza sendo sequestradas pela IDF e estupradas em detenção
O relatório não recebeu nenhuma cobertura significativa da mídia e passou despercebido
O que hoje vemos em Gaza é reflexo de décadas de terror sionista. Israel continuamente acusado pela Anistia Internacional, pela ONU, entre tantas organizações, de perpetrar crime de apartheid e perseguição permanece a todo vapor expulsando e cerceando nativos em toda Palestina.
Por mais de 50 anos, Israel tem ocupado militarmente a Cisjordânia e Jerusalém com postos de controle que fragmentam e segregam territórios por meio de cercas elétricas, torres de vigilância e de concreto, limitando o desenvolvimento econômico e a chegada de ajuda humanitária.
Israel trabalha todos os dias garantindo que palestinos não tenham o direito de existir, mantendo uma ocupação militar permanente e ilegal, cercando e anexando ilegalmente terras palestinas, e expulsando e assassinando árabes impunimente.
Boicotar instituições ligadas a um Estado continuamente acusado de perpetrar crime de apartheid e perseguição contra palestinos, que mantém uma Ocupação militar sanguinária, cercando e anexando terras palestinas, expulsando, assassinando e desapropriando árabes impunimente?
Universidades como as de Ben Gurion e a famosa Universidade Hebraica de Jerusalém possuem convênio com universidades em terras palestinas expropriadas.
Realizar convênios tecnológicos com Israel?
Tanto o treinamento quanto a renovação bélica da Polícia Militar e do Exército brasileiro são importados das Forças Armadas israelenses. O Brasil é um dos maiores clientes da indústria tecnológica israelense.
🧵Hoje, 3 de abril, seria aniversário da jornalista palestina #ShireenAbuAkleh
Shireen foi assassinada por soldados israelenses enquanto cobria uma operação em Jenin, mesmo usando colete de imprensa.
Israel mata jornalistas.
Não nos esqueceremos jamais das cenas de horror no dia de seu sepultamento, quando nem mesmo sua procissão funerária foi respeitada pelo Estado sionista de Israel.
Shireen é eterna. A ocupação, não.
Confira abaixo algumas publicações em nosso Instagram relacionadas ao tema:
🧶 Com o retorno de Netanyahu ao poder, muitos têm disseminado uma ideia falsa e perigosa de que o problema do atual governo de Israel seria o fato de ele ser de extrema-direita.
Não. Desde a formação de Israel, a “esquerda israelense” nunca foi mais gentil com palestinos.
Apesar de divergências sobre questões religiosas, todos os partidos políticos israelenses se uniram no projeto de desapropriação de palestinos. A “esquerda israelense”, na verdade, tem mais sangue em mãos do que a direita israelense.
No início de 1900, o “sionismo trabalhista” fundou um movimento judeu de colônias agrícolas na Palestina denominado “Kibbutzim”. A propaganda sionista os retratou como "utopias socialistas" por seus modelos de propriedade comunal.
🧶 Nos últimos pelo menos 5 mil anos de história, a Palestina foi lar de centenas de diferentes povos, como cananeus, egípcios, hebreus, assírios, árabes, persas. Palestinos, enquanto parte de uma identidade nacional, se compreendem como descendentes da diversidade de povos (+)
que habitaram a região. E passaram por arabização.
Apesar de evidências genéticas e etnográficas, a narrativa sionista se ampara no mito de que os palestinos seriam meros “invasores” de uma terra divinamente destinada apenas aos hebreus.
Esta narrativa sustenta a “lei do retorno”, que permite que qualquer indivíduo que se denomine judeu ou professante do judaísmo, incluindo convertidos, tenha o direito de “retornar” a Israel, (+)