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Agora sério, vai

1 like = 1 relato sobre como era ser vendedor da Livraria Cultura do Conjunto Nacional 9 anos atrás.

(CARALHO, já faz tudo isso)
1) Só louco trabalhava lá naquela época. E só louco comprava também.
2) Exemplo: quando cheguei lá, tinham acabado de dar uma paulada na cabeça de um cliente na loja de artes. O cara morreu um ano depois. Vocês devem se lembrar.
3) Pra “homenagear” o rapaz, a direção mandou fechar a loja de artes (somente) das DEZ AO MEIO DIA.
4) Na minha primeira semana lá, soube de um cara que LAMBIA os livros da loja e ia embora. Na segunda semana eu o vi lambendo o Nemesis do Philip Roth (muito simbólico), recém lançado. Era uma lambida sexual, no meio do livro, de baixo pra cima.
5) Naquela época eu vivia puto. Por N razões. Nessas, dava vários coices nos clientes, coisa da qual me arrependo. Mas em alguns casos era inevitável.
6) Um dia quase bati num cara que me perguntou 3 vezes se aceitava cartão Saraiva. O @NaoSouIndiano saiu pra rir na rua.
7) Um dia o Suplicy escolheu uns 7 livros, colou no balcão que eu tava, deixou os livros e o cartão de crédito em cima e me perguntou onde era o banheiro. Apontei, ele foi. Sumiu por umas 4 horas. Quando eu ia chamar a coordenação pra entregar o cartão dele, apareceu esbaforido
8) Cumpadi Washington contou em primeira mão para @Beirigones que ele iria pra Fazenda. Pediu indicação de um livro de auto ajuda pra dar FÔÇA pra ele lá dentro e indicou um puteiro clandestino pra rapaziada
9) Acompanhei muito lançamento de autor FODA em quase três anos de loja, mas nenhum lotou tanto quanto os dois do Padre Fabio de Melo.
10) Faz 7 anos que não como mortadela, porque todo sábado colava um doido de jaqueta de aviador e ficava lá horas lendo, não importava a temperatura. Ele fedia mortadela podre num raio de 2km. Era conhecido como “Mortadela”, obviamente.
11) Na loja trampava muita gente jovem e ligada em cultura (pop em sua maioria). Naturalmente, rolava uma reprodução em cativeiro. Uma galera casou com gente da loja.
12) Rolava com cliente também, claro.
13) Uma vez o Lula foi na loja, ainda como presidente. Um puta esquema de segurança, a direção toda orgulhosa. Chuparam uma puta grana do BNDES nos governos do PT. Agora, falidos, fizeram campanha para o Biroliro.
14) Eu nunca comprei tanto livro quanto naquela época, e, ao mesmo tempo, eu nunca li tão pouco. Pra mim, era como trabalhar no Mc Donald’s. Você não quer comer Mc Donald’s.
(Inclusive o Sergio Herz gostava de dizer na nossa cara que pra ele, funcionário era “igual Big Mac”)
15) Na Copa de 2010, não podíamos trabalhar com camisa de time. Aí um colega (um dos mais doidos) tocou o foda-se e foi com uma camisa do Sport. Um cara do financeiro chegou nele e falou que não podia, o comecaram a bater boca e quase saíram na mão no meio da loja. Vi tudo.
16) Esse mesmo doido torcedor do Sport quase bateu no @NaoSouIndiano pq ele disse que não conhecia o Modesto Carone, tradutor do Kafka no Brasil. O cara ficou puto MESMO.
17) “Seu Modesto”, inclusive, era muito chato. Toda semana passava na loja e pedia pra colocar o livro dele na vitrine.
18) A festa de fim de ano reunia todas as lojas e era um verdadeiro ESTOURO. Então a coisa de vários jovens descolados que conviviam juntos e se reproduzia em cativeiro era elevada à quinta potência
19) Numa noite meio sussa, no meio da semana, o Seu Barriga foi dar rolê na loja. Rolou uma puta comoção entre os vendedores, a galera tudo largando seus postos pra ir falar com ele. Gente fina demais o cara, FOFISSIMO
20) Aquela lojinha exclusiva da editora Record foi provavelmente a ideia mais inútil que eles tiveram, mas algumas das melhores lembranças foram naquele moquifo
21) Foi lá o lançamento do “Batalha do Apocalipse 2”. Uma horda de fãs. Aí que um grupinho fez questão de ficar por último. Queriam cantar pro autor, o Eduardo Spohr. “Cuide Bem do Seu amor” virou “Leia o Livro do Spohr”. Foi constrangedor.
22) Fui pro SWU em Paulinia junto com um big boss e uma compradora da Livraria pra ver o Lynyrd Skynyrd e o Peter Gabriel. Acabou que o cara ficou bebaço, de não parar em pé. A mina deu no pé de fininho e fiquei sozinho carregando o cara pela lama, numa cidade estranha.
23) Um ator famoso aí tinha direito a uma cota generosa pra gastar mensalmente na loja. Quando via uma gata dando sopa lendo algo, ele se oferecia pra comprar e já emendava um xaveco maneiro.
24) Uma vez tava carregando uma pilha enorme de livros e derrubei tudo. Aí uma cliente que tava do lado veio ajudar, toda compadecida. “Ai moço, eu te ajudo!”. Era a Débora Falabella. Antes de ser Nina.
25) Tinha um tiozinho perdido no crack, o seu Vérdy(?). Todo maltrapilho, poliglota e culto pra carai. Vivia lá. Um dia ele tava saíndo levando um Dvd do Led Zeppelin escondido. O alarme apitou, a segurança colou: “o que vc ta fazendo aqui?”. E ele: “Roubando!”.
Essa não tem a mesma graça sem a imitação dele
26) No início de 2012 a Cultura resolveu vender livros didáticos pela primeira vez. É um processo de venda TOTALMENTE DIFERENTE do de livros em geral. Foi nessa experiência que decidi de vez que não queria ter filho nessa vida.
27) Um pai quase chorou na minha frente, quando informei o valor do orçamento. Literalmente. Não era pobre, tinha 3 filhos em colégio particilar. Mas ce viu que tbm não era rico, era assalariado e tal. 4 mil Dilmas (à época) pra cada filho. E só dividia, se não me engano, em 4x
28) Tinha um tio bem doido, acho que professor da USP, que ia lá TODO SANTO DIA. Às vezes ajudava a achar livro, sabia da vida de todo mundo. Se for vivo, capaz que esteja lá agora mesmo.
29) Teve um lançamento do Jô Soares lá, e colou a equipe do Pânico. Tinha um doidinho de bandana que também ia na loja todo dia, o Sansão. Aí que acharam ele lá, entrevistaram.... e ele acabou virando personagem do programa.
30) A loja sempre abriu em dia de parada Gay na Paulista. Não entrava quase ninguém na loja. Só a galera muito louca pra vomitar no banheiro.
31) Na lojinha da Record eu conheci o Boris Schnaiderman, beeeem velhinho. Ele era, entre outras mil coisas, o melhor tradutor de Dostoievski no Brasil. Foi daora.
32) Nada irritava mais o véio Pedro Herz do que ver adulto sentado lendo dentro do dragão de madeira do setor infantil. Chegava a expulsar a galera da loja, putaço.
33)No Natal de 2011 aquela porra vendia tanto, mas tanto, que chegávamos a trampar 12 horas no dia. E não tinha respiro. Aí bem no dia 24 eu sucumbi. Tive crise de vômito e o escambau. Depois soube que fiquei como bêbado irresponsável. Antes fosse.
34) Fazer amizade com os representantes de editoras era sucesso. Só escolher o título que os caras descolavam na faixa.
35) Essa foi surreal: estava no setor de livros técnicos de boas fechando uns pedidos, já perto de fechar a loja, e tava o então senador Demóstenes Torres dando uma folheada em um livro. Veio um cidadão cumprimenta-lo, elogiou a postura dele, babou um puta ovo. (Segue)
36) Juro, não deu duas semanas, estourou um escândalo que já nem lembro mais qual foi, e o Demóstenes foi cassado. Eu ri lembrando.
37) Acreditem, tinha gente que roubava marmita dos outros la. A minha sumiu uma vez, com o paninho de prato e tudo. Fiquei furioso. Do @NaoSouIndiano foram mais vezes. Em uma, roubaram só o bife.
38) Certa vez, já à noite tb, apareceu na lojinha da Record um sujeito com um saquinho de biju, aquela casquinha doce, e abordou o @NaoSouIndiano, dizendo q queria entregar de presente pra uma vendedora que ele não lembrava o nome (segue)
39) Aí que o cara começou a contar a importância do biju na vida dele e de repente começou a CHORAR COPIOSAMENTE, pediu desculpas e vazou, largano o biju na mão do @NaoSouIndiano, que ficou petrificado
40) N’outra vez, apareceu um tiozinho na lojinha da Companhia das Letras querendo mijar. Lá não tinha banheiro. Indiquei pra ele onde tinha e ele ficou parado na minha frentr, insistindo que precisava urinar. Indiquei de novo o banheiro. O cara tava apertado mesmo. Não se moveu.
41) “Eu preciiiiiiso urinar”. Aí berrei no meio da loja “ENTÃO VAI PORRA!”. Ele arregalou o olho e saiu no passinho curto, tipo uma gueixa. Não sei se chegou à tempo.
42) Rolava pegr livro emprestado também, pique biblioteca. Acho que nunca usei o benefício, pois só queria acumulaaar
43) Eles sempre negaram, mas, sim, um fundo de investimentos do Itaú comprou parte da Livraria naquela época. Saíram passando a tesoura. Foi o princípio do fim.
44) Quando fui contratado, entrou um moleque gente boa pra caramba junto comigo. Foi demitido em duas semanas, porque a namorada dele colou na loja um dia à tarde e eles começaram a se beijar apaixonadamente no meio da loja. A chefona era zica. Viu e ficou indignada.
45) Cada vendedor tinha aquela indicação padrão, que fazia pra todo mundo que chega a lá “ain me indica um livro?”, sem mais critérios. O meu era “Até o dia em que o cão morreu”, do Daniel Galera. Devo ter vendido uns 30 exemplares só nessas.
46) Outra surreal: tava lá na lojinha do Moreira Salles, nada pra fazer, fiquei lendo histórias do cangaço no computador. Não entrava uma alma na loja. Passou uma meia hora, entra um cliente, papo vai, papo vem, e ele conta que era médico e tinha estudado o crânio do Lampião 😱
47) Foi ali também que um veeelho ator, rabugentão, mas gente boa, idolatrado por muitos, ficou quase uma hora papeando comigo. Ele sabidamente muito doido. Contou que o Mazzaropi era gay e BABOU uns 300ml em cima da capa de um livro caro de fotografia. Ele nem viu.
48) Folgar de sábado? Pfff
49) Uma vez contrataram uma senhorinha pra trabalhar no caixa. Fiz amizade com ela e ela me contou que era viúva. O falecido tinha sido centroavante do Palmeiras. Era o Fedatto.
50) Coquetel de lançamento era foda. Tinha um pessoal que seguia de perto a agenda da loja só pra beber vinho branco de graça. Um deles foi sacado pelo CQC, nas inúmeras coberturas deles. Tiravam sarro e ele ficava putíssimo.
51) Num sábado a tarde, um cliente sentou numa poltrona com fones de ouvido e com um carrinho de bebê, a criança dormindo. Do nada ele levanta alarmado com o fone na mão e chega numa colega: “Ouve isso aqui! Gravei a minha mulher me traindo com o porteiro! Vagabunda!”
52) Quando lançou o “Privataria Tucana”, primeiro fomos proibidos de vender o livro. Depois, de expor o livro. Ficava embaixo do totem, quem pedisse, entregávamos. Um político famoso e vampiresco chegou a ligar na loja pra mandar reservar todo o estoque. Quem atendeu, jura.
53) Trabalhando em livraria você perde rapidinho qualquer preconceito com qualquer gênero literário. Cinquenta Tons de Cinza, por exemplo, trouxe pre leitura um público que não lia há aaaanos e anos. Tudo tem seu valor.
54) Dois lançamentos da época que tinham volumes de venda espantosos, de esgotar dia sim e dia também:
1) Adele - Live at The Royal Albert Hall
2) Eike Batista - O X da Questão (kkkkk)
55) Inclusive tocou tanto, mas tanto o diabo do 21 da Adele, que eu nunca mais consegui ouvir.
56) Uma filha da Valentina Caran, aquela tia da imobiliária, trabalhou por uns meses lá, como empacotadora, pra aprender o valor do trabalho
57) Soube que não muito tempo antes, a Monica Iozzi trabalhou lá também. Pessoal que trabalhou com ela a amava muito.
58) Quando fiquei no setor de cds (meu preferido), o Ed Motta colou querendo algum clássico do Led Zeppelin. Disse que daria de presente pra um adolescente, pra estimula-lo a ouvir rock. Empurrei o “Houses Of The Holy”.
59) A Barbara Paz fez uma temporada de uma peça dela ali no teatro da loja. Mano do céu, que mina doida.
60) Um dia uma judia veio indignada reclamar comigo, pq era um absurdo a livraria de um judeu estar vendendo um livro chamado “A biblioteca de Hitler”. Ela ligou pra mãe dela na minha frente pra contar, indignada. Mandou avisar o seu Pedro que ela estava decepcionada.
61) Outra tremenda mala sem alça que chegava lá reclamando que não tinha livro dela na vitrine era uma filósofa aí que foi candidata no Rio ano passado.
62) Perto de um final de ano, precisavam contratar uns extras. Tinha muito currículo e pouca gente pra ligar. Colocaram @Beirigones e eu pra chamar os candidatos. Não podia dar certo. Quando ele ligava, eu aloprava atrás, tinha crise de riso e desligava. E vice e versa.
63) A coisa foi ficando tão mecanizada que saíamos falando os benefícios sem nem pensar, até que um dia ele falou pra um candidato que tinha vale tudo, vale refeição, vale transporte, VALE VIDA
64) Nenhuma noite te autógrafos foi tão traumática quanto a do Lou Reed. Era um BEBEZÃO. Atrasou pq queria comer, aí chegou o burguer da Lanchonete da Cidade, ele achou ruim e tacou no lixo, só falava com a assessora, mandou parar pra dormir meia hora. Causou demais.
65) Um dos mais divertidos foi o do “Modos de Macho, Modinhas de Fêmea”, do @xicosa. O cara é boa gente demais.
66) Ah! O doido que deu uma paulada na cabeça do rapaz lá na loja de artes deixou um bilhete sinistro jogado no canto da loja. Isso a imprensa não noticiou.
67) Levava marmita quase todo dia, mas comia rápido e saía da copa correndo. O conteúdo das conversas era muito mala, um mais sabido que o outro.
68) Saí de lá em meados de 2012 e ainda tenho livros que comprei com desconto na folha e nunca li. Vários.
69) Um colega nosso, de salário alto, pedia dez reais emprestado pra alguém todo dia. Nunca pagou ninguém.
70) Todo mundo reclamava do sistema da loja. Quem foi trabalhar em outra livraria depois, chorava de saudade (do sistema, ao menos).
71) Fizeram um puta auê pra lançar a biografia do Steve Jobs. Venda antecipada, senha de prioridade, loja aberta na madrugada pra começar a vender meia noite, tipo os iPhone. Foi meio flop.
72) Tinha uma chefe muito carrasca, esculhambava todo mundo de graça. Quando ela saiu, rolou uma puta comoção. Quase uma síndrome de Estocolmo.
73) Confundi o lançamento do @xicosa que eu participei. Na verdade do “Chabadabadá”, que tem uma capa espetacular, digassi di passagi
74) Tinha um colega, o Michel, que era o mensageiro da morte. Morria algum escritor ou artista, no minuto seguinte ele enviava o correio interno avisando
75) Quando morria um escritor ou artista, corríamos imediatamente pra montar uma vitrine com obras do falecido. 💰
76) Quando morreu o Moacyr Scliar, eu que vi a notícia primeiro. Liguei na lojinha da Companhia das Letras e disse: “Morreu o Moacyr Scliar. Sobe a vitrine”. Uma cliente tava do meu lado e ouviu, ficou chocada. “Ai que horror!”
77) Confundi também o livro que vi o serial licker lamber na minha frente. Não foi o Nemesis, foi o anterior, um roxinho. A Humilhação? @NaoSouIndiano, lembro que vc leu esse em pé na loja rapidão.
78) Um escritor que sempre quis conhecer na loja era o Lourenço Mutarelli. Nunca o vi lá. Depois o mundo deu voltas, como previu Badauí, e hoje somos amigos
79) O fotógrafo Thomas Farkas, já beeeem velhinho também, foi dar um Palestra lá na loja um dia. Muito bacana. Deve ter sido a última. Uns 10 dias depois ele morreu.
80) Um dia na revistaria ouvi dois moços conversando sobre o assassinato do cartunista Glauco. Tinha sido naqueles dias. Um disse pro outro: “Você viu o assassino do Glauco, que gato? Nossa gente, mata mais”.
81) Na época, além de trampar lá, eu tocava na noite. Fui trampar virado várias vezes. @HumbertoErico me salvou várias vezes com uns cafés ultrafortes que sei lá onde ele arrumava
83) Quem quiser entender um pouco do que fez a Cultura chegar nesse ponto de quase falência, no Netflix tem um documentário maravilhoso sobre a finda Tower Records. Chama-se “All Things Must Pass”. A receitinha da derrota ta quase toda lá.
84) Essa não foi na Cultura, mas na Livraria da Vila da Fradique, onde fiquei por míseros três meses: Tava tendo promoção de quadrinhos, e tinha o box do V de Vingança, com a HQ e a máscara. Um molequinho insistiu pra mãe comprar. Ela, toda dondoca, respondeu rispidamente (segue)
PRA QUE VOCÊ QUER ESSA MÁSCARA DE SALVADOR DALÍ, MENINO?
85) Inclusive pedi demissão da Livraria da Vila pois não quiseram me dar folga pra ver o Bruce Springsteen tocar. Era meu grande sonho de show, não pensei duas vezes.
Graças a essa decisão juvenil, consegui essa ibagem inesquecível 👇
Se me arrependi? JAMAIS
86) OUTRA DA VILA: Chegou uma jovem de ar bem arrogante e perguntou onde ficavam os livros do EXÚ PERRY. Numa fração de segundo eu fiquei em dúvida se ria, se apontava os livros religiosos ou o lugar certo. Apontei o lugar certo.
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