Thread by @Cvyrtlick

1. Um pouco do comum ocultismo que reinou em quase todos estes grandes mitos iluministas, que tiveram estas atividades "não científicas" escondidas para debaixo dos tapetes da farsa. Revelações que vão, cada vez mais, fazer estes "neo-ateus toddynho", pirulistas-caolhos chorarem.

2. "No tocante à bruxaria, como já foi dito, a Inquisição a princípio julgou simples pecado de superstição. O tribunal espanhol não ficou atrás.

3. "Todavia, não se pode compreender o alcance de tal juízo se não se tem em mente o fato de que a caça às bruxas realmente grassou pela Europa no início da Idade Moderna como uma verdadeira febre coletiva.

4. "Foi uma espécie de delírio do qual não ficaram imunes eminentes personalidades laicas como Newton e Bacon; sobretudo Jean Bodin, teórico do Estado moderno e da tolerância religiosa, mas grande caçador de bruxas ele mesmo

5. "(foi autor de um difuso manual judiciário para o extermínio das bruxas, "Démonomanie", em 1584).

6. "Antes de rir da ideia, tenhamos presente que o mito da bruxa cessou apenas com a difusão da mentalidade racionalista iluminista, mas unicamente para ceder lugar àquela do vampiro, mito que ainda hoje está em cena.

7. "Com a diferença que, entre o fim do século XVI e o fim do século XVIII, se acreditava realmente nas bruxas.

8. "Não se deve esquecer que os séculos XVI e XVII foram os da magia, da alquimia e da astrologia preditiva, a cujo fascínio não se subtraíram intelectuais do calibre de Descartes, Hobbes, Grotius e "reformadores" como Melâncton.

9. "O que ainda hoje desconcerta os estudiosos é a estupefaciente concordância dos testemunhos, mesmo a léguas de distância uns dos outros.

10. "As histórias dos "sabás", dos voos noturnos, do envenenamento diabólico, da adoração do bode eram extraordinariamente similares na Itália, França, Espanha, Alemanha, América e Inglaterra.

11. "Alguns estudiosos contemporâneos (como é o caso de Carlo Ginzburg e Margaret Murray) são propensos a dar crédito à existência efetiva de um antigo culto demoníaco de ascendência pagã,

12. "uma espécie de religião da fertilidade aninhada nos campos e que renasce no tempo da grande crise "cinquecentesca", crise que foi a um só tempo religiosa, política, social e econômica."

Rino Cammelleri