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Programa da @MonicaWaldvogel debate a alfabetização. Muito boa conversa. Trabalho com o tema, advogo que vivemos uma falsa polarização quando falamos de métodos de alfabetização. Há duas questões que devem guiar nossa reflexão. Segue 1/n bit.ly/32B83Ia
Existe um método de alfabetização padrão no Brasil? Há como afirmar que existe relação de causalidade entre algum tipo de método e nossos resultados de aprendizagem? Há evidências de que temos um modelo único e sistemático de alfabetizar? Não. Temos todos tipos de realidades. 2/n
Todo ano visito muitas escolas, oriento muitos estágios. Estamos longe de termos métodos padrões, observamos que inclusive há déficit importante de práticas planejadas e cientificamente orientadas. Essa é a primeira questão a ser dita. Ninguém é culpado e todos são culpados. 3/n
O segundo ponto é de que quando se fala em método fônico não se está falando de pedagogia tradicional. A consciência fonológica é condição para alfabetização, essa, por sua vez, é condição para o letramento, para o desenvolvimento de um leitor qualificado. 4/n
Ligar o grafema a um fonema é uma decodificação fundamental e deve ocupar tempo significativo da primeira parte da alfabetização. A participação do @augustobuch é muito rica para deixar isso claro. Essa é uma parte do processo, não é uma receita mágica. Muito + é preciso.
Esse planejamento focado em desenvolver consciência fônica não significa a vedação de atividades que priorizam dimensões artísticas, lúdicas e simbólicas que trabalham o significado, a beleza do texto escrito e o fomento de um repertório maior de vocabulário. 6/n
Encerrando o 2º ponto: há muitas maneiras de desenvolver consciência fonológica. Alfabetizar é um ato dinâmico, dialético. É fundamental entendermos o que mais da certo, inclusive para garantir que os + vulneráveis aprendam, que ampliem as possibilidades restritas pelo meio. 7/7
