Outro dia o @opropriopontes comentou no @sensoinc q o efeito da obra do Mark Lilla na cabeça da nossa direita de serviço, aka, a nova esquerda, seria desastroso e criaria um politicamente correto mto mais devastador do q a histeria da esquerda, com a auto-censura interior.
Esses pseudos-conservadores, seduzidos pelo canto das sereias do NY Times, já introjetaram boa parte daquela prudência de papel, que é uma bela covardia e que aos poucos se degenera numa mente cativa, auto-castrada e temerosa não apenas de falar, mas mesmo de pensar...
... nos temas inconvenientes, naqueles que o mundo, no sentido Bíblico e agora interiorizado, prefere evitar e que causa escândalo em intelectuais tão arrumadinhos. Vejam o caso do AI5: não é que não se pode defendê-lo; não se pode sequer falar a respeito!
Nem que seja para rejeitá-lo, como acaba de fazer o Paulo Guedes.
Para esses liberais da nova esquerda, o simples fato do tema surgir no debate público já basta para temer o tão mais ameaçador quanto mais imaginário projeto autoritário de Bolsonaro.
Para esses liberais da nova esquerda, o simples fato do tema surgir no debate público já basta para temer o tão mais ameaçador quanto mais imaginário projeto autoritário de Bolsonaro.
Não há patrulhamento intelectual mais eficiente do q aquele exercido pela falsa cosciência, q dá verniz de autonomia à mente escrava da aprovação dos pares. "É preciso coragem para ser covarde", gritará um resenhista do Lilla mais devoto, achando que diz coisa muito profunda.
E é assim que a nova esquerda começa a se definir e a se apresentar: auto-limitada, diminuída, policiada e policialesca, ditando os assuntos possíveis, as abordagens aprovadas, as opiniões q não escandalizam.
E isso tudo para ocupar o lugar da "direita permitida" no teatro público brasileiro, para além do qual qualquer coisa a mais é extremismo, fascismo e mau gosto.
Viraram pets da imprensa por uma decisão livre. É um vexame intelectual notável.
Viraram pets da imprensa por uma decisão livre. É um vexame intelectual notável.
