Em economia, ortodoxia e heterodoxia são termos irrelevantes, significam apenas quem é o dono do campinho, quem conquistou o castelo da academia e hasteou a bandeira. Nada além disso.
Ortodoxia não diz respeito a verdade científica. Há cem anos austríacos eram considerados ortodoxos, aliás, a maioria o era. Nenhum economista sério defenderia papel-moeda inconversível.
Hoje somos heterodoxos, pois a ortodoxia migrou para defender com unhas e dentes qualquer reforma a esse sistema manipulável, inflacionário e corruptível.
Austríacos não rejeitam matemática, evidência empírica, ou estatística. Rejeitam o uso inadequado dessas ferramentas.
Austríacos não rejeitam matemática, evidência empírica, ou estatística. Rejeitam o uso inadequado dessas ferramentas.
Nenhum teste empírico alterará o fato de que gasto público é na melhor das hipóteses neutro (tira de A para dar B), quando, na verdade, o gasto é sempre destruidor de riqueza, pois o governo é ineficiente por definição. Independente da conjuntura econômica ou da situação fiscal.
A teoria é prévia, antecede a interpretação dos dados, ela permite a correta interpretação. O que rejeitamos é a formulação da teoria a partir de evidências empíricas.
Exemplo, se o aumento da tributação coincidir com o aumenta da renda per capita mundo afora, isso prova que gasto público gera riqueza? Ou o contrário, se o aumento da tributação não coincidir com aumento da renda per capita, isso prova que então gasto público não gera riqueza?
Análise de dados, testes empíricos, estatísticos podem ter e têm muita validade. Especialmente no âmbito privado, empresarial.
O problema está em transportar esse ferramental à esfera pública, utilizando-o como suporte para intervenções de toda sorte no processo social.
O problema está em transportar esse ferramental à esfera pública, utilizando-o como suporte para intervenções de toda sorte no processo social.
Aí é brincar de Deus com a vida alheia. Não se trata de fazer economia. {fim}
