Uma resposta aos papers indicados neste tweet. 👇
1-Willem Buiter (economista-chefe do Citigroup), não explica a causa dos juros negativos em títulos de longo prazo, apenas defende o seu uso partindo da premissa (altamente questionável, mas certamente algum modelo econométrico a justifica) de
2) Woodford (artigo de 2012). Mais produtivo que o do Buiter, evita equações, busca analisar o impacto do QE1 do Fed na taxa de longo prazo dos Treasuries.
Logo na introdução algo fundamental:
Vamos ao seu modelo. Famílias: há apenas dois tipos, pacientes e impacientes. Bancos: “nosso setor bancário é feito de bancos idênticos e perfeitamente competitivos. Os ativos consistem de empréstimos de um período apenas.”
O paper analisa apenas o efeito das taxas básicas de juros nominais abaixo de zero e como isso afetaria a expansão do crédito. Concluem que não porque afetaria o lucro dos bancos.
Nenhum desses papers investiga de fato o porquê de taxas negativas em tantos títulos soberanos.
Podemos concluir que a variável BCs teve influência e que, na sua ausência, o cenário teria sido bem diferente.
Voltando aos papers referenciados, modelos econométricos defenderam a tese de juros negativos (e compras de ativos em larga escala)
Não conseguiram impactar os preços ao consumidor como gostariam e nem a demanda agregada. Crescimento econômico na Europa e nos EUA foi nada satisfatório.
E tudo isso é visto como aderente aos princípios do rigor científico.
Mas de que adiantam todos esses meus argumentos enquanto não forem expressos em linguagem matemática e testados em modelos econométricos modernos.
Quem sou eu senão um mero heterodoxo aplicando o individualismo metodológico para concluir que modelos econométricos embasados
No fim das contas, tudo não passa de um grande experimento – nas palavras dos próprios economistas do mainstream – onde somos todos ratos de laboratório submetidos aos seus testes de hipóteses.