O Santa Cruz lançou uma camisa em homenagem aos 40 anos do título da Fita Azul. Muitos de vocês, jovens que são, provavelmente nunca ouviram falar desse título. Segue uma breve explicação sobre essa honraria do século passado.
A Fita Azul era entregue aos times que disputavam jogos contra equipes do exterior, no modelo de excursões, e voltavam sem ter perdido um jogo sequer. A Confederação Brasileira de Desportos - CBD (atual CBF) era responsável por entregar a fita, mas desistiu depois de um tempo.
Assim, o jornal Gazeta Esportiva assumiu o posto e passou a entregar as fitas, deixando a tradição morrer após algumas entregas. Durante 3 décadas (50, 60 e 70), 9 times diferentes receberam a honraria. São eles:
* Bangu e São Paulo não receberam a Fita Azul, mesmo que tivessem direito, pois estava no período de transição, logo, uma confusão sobre quem entregaria: a CBD ou A Gazeta. No final, ninguém entregou.
A campanha que o Santa homenageia com um uniforme agora, foi de 12 jogos, 10 vitórias e 2 empates. Os adversários:
Seleção de Abu Dhabi
Seleção do Bahrein
Seleção do Kuwait
Seleção da Romênia
Al Ain
Al-Hilal
Nasser Sport Club
Paris Saint-Germain
📸: PSG x Santa Cruz
Jogadores:
Goleiros - Joel Mendes e Claudio
Laterais - Carlos Alberto Barbosa, Vacil e Pedrinho
Zagueiros - Alfredo Santos e Paranhos
Meio-campistas - Givanildo, Deinha, Jadir, Betinho e Gonçalves
Atacantes - Volney, Neinha, Zé Roberto e Lula
Você é um jovem jogador de 18 anos, joga num time grande do seu país e do nada é sequestrado por mafiosos locais e é obrigado a trocar de time. Daria um excelente enredo de filme, mas isso aconteceu na vida real e com um jogador famoso. Segue o fio:
O ano era 1999. Dimitar Berbatov tinha estreado como profissional um ano antes, mas já fazia muito sucesso. O jogador com passagens por Manchester United e Monaco iniciou sua carreira no CSKA Sofia, da Bulgária, e foi exatamente lá que essa história toda aconteceu.
Após sair do Centro de Treinamento do CSKA Sofia, Berbatov foi sequestrado por 3 homens da máfia búlgara a mando de Georgi Iliev, um poderoso gângster que queria convencer o jogador a ser transferido para o seu time, o Levski Kjustendil.
Marcus Rashford, de 23 anos, Jadon Sancho, de 21, e Bukayo Saka, de 19, foram vítimas de diversos ataques racistas em suas redes sociais após perderem os pênaltis que deram à Itália o título da Eurocopa na tarde de ontem. ⬇️
Logo após o fim da partida, os três jogadores ingleses receberam uma enxurrada de comentários que os discriminavam não por qualquer mérito profissional, mas sim por serem negros.
Em janeiro deste ano, Axel Tuanzebe, zagueiro de 23 anos, e Anthony Martial, atacante de 25 anos, ambos jogadores do Manchester United, foram alvos de racismo nas redes após a derrota do time para o Sheffield por 2 a 1. Na ocasião, Tuanzebe teve que apagar sua conta no Twitter.
A Chapecoense tem uma das histórias mais bonitas do futebol. Quando foi fundada, em 73, os maiores clubes do seu estado já existiam há décadas. Com uma ascensão meteórica, conquistou a simpatia de torcedores de diversos clubes bem antes do capítulo mais triste da sua trajetória.
O principal símbolo do clube, o Índio Condá*, já traz em si uma mensagem poderosa de coragem, luta, resistência. E foram dessas coisas que a Chape precisou ao longo do caminho árduo que é ter sucesso no futebol.
*O famoso Índio Condá se chamava Vitorino Condá e foi líder do povo Kaingang, habitantes de uma região em Santa Catarina, que batalhou para que sua gente pudesse ficar nas terras tão cobiçadas por invasores.
Imagine só, um moleque preto e pobre, nascido no interior, que se mudou para a cidade grande ainda criança e jogava futebol na rua com bola de meia porque não tinha dinheiro para comprar uma bola, bola mesmo. Essa história é comum e pode ser a de milhões de meninos brasileiros.
O futebol tem a ver com sonho, e talvez tenha sido por isso que o moleque mineiro de pele negra e sem dinheiro no bolso tenha insistido em continuar driblando e fazendo gols para além das ruas da capital, mesmo quando esfregavam na cara que aquilo não era pra pessoas como ele.
Quadra, campo de terra, gramado, uniforme – alvinegro -, adversários no chão, bolas na rede, holofotes, fama, dinheiro, troféus, sucesso e a própria vida completamente entrelaçada com a do esporte que antes o rejeitava.
Muita gente por aqui gosta e quer aprender sobre tática e outros assuntos do futebol para trabalhar na área e/ou gerar conteúdo. Existem alguns cursos online com preços variados sobre isso e vou colocar alguns deles aqui. Segue:
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Ricardo Pombo fala sobre o que é a análise de desempenho e o trabalho desse profissional em clubes e na Seleção. Ele é cientista esportivo e já participou de Copa, Olimpíadas, Libertadores...
Há um mistério envolvendo o ex-jogador etíope Behailu Fekadu que já dura 70 anos. Presente na primeira convocação da Seleção, o zagueiro desapareceu em 1950 e sua história, embora desconhecida por muitos, é motivo de curiosidade para quem ouve falar.
Tive acesso ao caso do Behailu Fekadu enquanto fazia pesquisas sobre o futebol no continente africano. Em português não existe absolutamente nada e tive que traduzir muitas coisas do amárico, língua falada no país. Cada vez que lia, ficava mais interessada.
Pois bem, o zagueiro nasceu onde hoje é Harar, cidade que está a 500km da capital, no ano de 1926. Ele era filho de família pobre e de religião muçulmana, a minoria no país que sempre teve grande parte da população de cristãos ortodoxos.