Você é um jovem jogador de 18 anos, joga num time grande do seu país e do nada é sequestrado por mafiosos locais e é obrigado a trocar de time. Daria um excelente enredo de filme, mas isso aconteceu na vida real e com um jogador famoso. Segue o fio:
O ano era 1999. Dimitar Berbatov tinha estreado como profissional um ano antes, mas já fazia muito sucesso. O jogador com passagens por Manchester United e Monaco iniciou sua carreira no CSKA Sofia, da Bulgária, e foi exatamente lá que essa história toda aconteceu.
Após sair do Centro de Treinamento do CSKA Sofia, Berbatov foi sequestrado por 3 homens da máfia búlgara a mando de Georgi Iliev, um poderoso gângster que queria convencer o jogador a ser transferido para o seu time, o Levski Kjustendil.
O Kjustendil vivia seu melhor momento na história, pois participou, naquela temporada, da primeira divisão búlgara, e Iliev queria fazer de tudo para que continuasse assim.
Por um momento, Berbatov reagiu e ligou pro seu pai, que por sua vez ligou pro presidente do CSKA Sofia, Ilia Pavlov. Pavlov convenceu Iliev a desistir da negociação e libertar o jogador.
Uma curiosidade sobre eles: Pavlov e Iliev, ex-lutadores de wrestling, foram assassinados em 2003 e 2005, respectivamente, por "snipers"
A carreira do Berbatov seguiu após esse episódio. O atacante ainda passou por Bayer Leverkusen e Tottenham. No clube londrino, chamou a atenção do Manchester United, que ofereceu uma proposta de 90 milhões de reais pelo jogador. E foi aí que a máfia apareceu de novo em sua vida.
Em 2009, Berbatov recebeu uma ligação da máfia búlgara ameaçando sequestrar sua mulher e filha, que estavam de passagem pelo país. Não existe uma versão oficial para o caso, mas a imprensa informou que o atacante pagou uma quantia de aproximadamente R$ 2 milhões pelo resgate.
O então treinador do Manchester United, Sir Alex Ferguson, também ajudou no resgate através do fretamento de um avião para a Bulgária, além de pedir para que vigiassem a casa do Berbatov em Manchester.
E apesar de toda essa loucura vivida pelo atacante, ele nunca perdeu seu alto nível de futebol. Em toda sua carreira, jogou 615 partidas, marcou 251 gols e deu 101 assistências (Transfermarkt). Um dos grandes jogadores dos anos 2000 tem uma das histórias mais loucas do futebol.
Marcus Rashford, de 23 anos, Jadon Sancho, de 21, e Bukayo Saka, de 19, foram vítimas de diversos ataques racistas em suas redes sociais após perderem os pênaltis que deram à Itália o título da Eurocopa na tarde de ontem. ⬇️
Logo após o fim da partida, os três jogadores ingleses receberam uma enxurrada de comentários que os discriminavam não por qualquer mérito profissional, mas sim por serem negros.
Em janeiro deste ano, Axel Tuanzebe, zagueiro de 23 anos, e Anthony Martial, atacante de 25 anos, ambos jogadores do Manchester United, foram alvos de racismo nas redes após a derrota do time para o Sheffield por 2 a 1. Na ocasião, Tuanzebe teve que apagar sua conta no Twitter.
A Chapecoense tem uma das histórias mais bonitas do futebol. Quando foi fundada, em 73, os maiores clubes do seu estado já existiam há décadas. Com uma ascensão meteórica, conquistou a simpatia de torcedores de diversos clubes bem antes do capítulo mais triste da sua trajetória.
O principal símbolo do clube, o Índio Condá*, já traz em si uma mensagem poderosa de coragem, luta, resistência. E foram dessas coisas que a Chape precisou ao longo do caminho árduo que é ter sucesso no futebol.
*O famoso Índio Condá se chamava Vitorino Condá e foi líder do povo Kaingang, habitantes de uma região em Santa Catarina, que batalhou para que sua gente pudesse ficar nas terras tão cobiçadas por invasores.
Imagine só, um moleque preto e pobre, nascido no interior, que se mudou para a cidade grande ainda criança e jogava futebol na rua com bola de meia porque não tinha dinheiro para comprar uma bola, bola mesmo. Essa história é comum e pode ser a de milhões de meninos brasileiros.
O futebol tem a ver com sonho, e talvez tenha sido por isso que o moleque mineiro de pele negra e sem dinheiro no bolso tenha insistido em continuar driblando e fazendo gols para além das ruas da capital, mesmo quando esfregavam na cara que aquilo não era pra pessoas como ele.
Quadra, campo de terra, gramado, uniforme – alvinegro -, adversários no chão, bolas na rede, holofotes, fama, dinheiro, troféus, sucesso e a própria vida completamente entrelaçada com a do esporte que antes o rejeitava.
Muita gente por aqui gosta e quer aprender sobre tática e outros assuntos do futebol para trabalhar na área e/ou gerar conteúdo. Existem alguns cursos online com preços variados sobre isso e vou colocar alguns deles aqui. Segue:
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Ricardo Pombo fala sobre o que é a análise de desempenho e o trabalho desse profissional em clubes e na Seleção. Ele é cientista esportivo e já participou de Copa, Olimpíadas, Libertadores...
Há um mistério envolvendo o ex-jogador etíope Behailu Fekadu que já dura 70 anos. Presente na primeira convocação da Seleção, o zagueiro desapareceu em 1950 e sua história, embora desconhecida por muitos, é motivo de curiosidade para quem ouve falar.
Tive acesso ao caso do Behailu Fekadu enquanto fazia pesquisas sobre o futebol no continente africano. Em português não existe absolutamente nada e tive que traduzir muitas coisas do amárico, língua falada no país. Cada vez que lia, ficava mais interessada.
Pois bem, o zagueiro nasceu onde hoje é Harar, cidade que está a 500km da capital, no ano de 1926. Ele era filho de família pobre e de religião muçulmana, a minoria no país que sempre teve grande parte da população de cristãos ortodoxos.
Significados dos escudos de Seleções pelo mundo. Segue:
México
O escudo da seleção mexicana possui elementos da cultura do país. A ave na parte superior também aparece na bandeira do país e representa a lenda de que Huitzilopochtli, o deus da guerra, a enviou como sinal aos astecas indicando onde deveriam construir a capital do país.
Após 200 anos de peregrinação, a ave foi encontrada onde hoje é a Cidade do México. Ela está em cima de um cacto no rio e com uma cobra no bico.