Imagine só, um moleque preto e pobre, nascido no interior, que se mudou para a cidade grande ainda criança e jogava futebol na rua com bola de meia porque não tinha dinheiro para comprar uma bola, bola mesmo. Essa história é comum e pode ser a de milhões de meninos brasileiros.
O futebol tem a ver com sonho, e talvez tenha sido por isso que o moleque mineiro de pele negra e sem dinheiro no bolso tenha insistido em continuar driblando e fazendo gols para além das ruas da capital, mesmo quando esfregavam na cara que aquilo não era pra pessoas como ele.
Quadra, campo de terra, gramado, uniforme – alvinegro -, adversários no chão, bolas na rede, holofotes, fama, dinheiro, troféus, sucesso e a própria vida completamente entrelaçada com a do esporte que antes o rejeitava.
Que ironia, não? O futebol dos brancos e ricos estava personificado em um preto de origem pobre.
A história estava sendo escrita e as pessoas tinham consciência disso. O garoto de 15 anos desfilava em campo vestindo a camisa alvinegra daquele clube que ele ajudaria a construir.
Gol por gol, jogada por jogada, drible por drible. Aos 17, uma final brilhante de Copa do Mundo deu início à sua coroação.
O Rei, decretaram. Melhor e maior atleta do século, disseram antes mesmo de vê-lo pendurar as chuteiras. Deus do futebol.
Um deus onisciente, onipresente, onipotente. Pelé sabia de tudo, estava em todos os lugares e podia fazer o que quisesse com a bola no pé – ou na cabeça, como ele gosta de lembrar.
Um em um milhão. Quem imaginaria. Talvez nem ele tenha sonhado tanto.
O futebol é bonito também por permitir que histórias assim aconteçam. Bonito pelo imponderável.
A imagem de Pelé é, em si, forte. Sempre foi, embora ele próprio não tenha se dado conta disso. Ele virou o futebol do avesso de uma forma que ninguém conseguiu até hoje:
Pelé empreteceu o que antes estava claro demais. Onipotência.
Uma pena esse fato não ter o devido destaque nos seus posicionamentos – esses ainda mais importantes do que os de dentro do campo. Mas pasme, Pelé é humano, a história de deus é só figurativa mesmo.
Humanos não são unanimes, nunca foram, nunca serão, não importa o quão bons sejam em alguma tarefa.
As polêmicas fazem parte de quem ele é e da sua trajetória, os “e se” e os contextos também.
Pelé fará 80 anos e continua cultuado como o maior de todos.
Faz sentido, quem abala as estruturas de uma forma tão irreversível, possivelmente sem nem se dar conta, e faz com que outros como ele sonhem, merece tal lugar de destaque na história do futebol.
Muita gente por aqui gosta e quer aprender sobre tática e outros assuntos do futebol para trabalhar na área e/ou gerar conteúdo. Existem alguns cursos online com preços variados sobre isso e vou colocar alguns deles aqui. Segue:
Masterclass em análise técnica e tática de futebol
Um curso para conhecer a profissão de analista e ter um norte sobre o que fazer para o caso de querer trabalhar com isso
Ricardo Pombo fala sobre o que é a análise de desempenho e o trabalho desse profissional em clubes e na Seleção. Ele é cientista esportivo e já participou de Copa, Olimpíadas, Libertadores...
Há um mistério envolvendo o ex-jogador etíope Behailu Fekadu que já dura 70 anos. Presente na primeira convocação da Seleção, o zagueiro desapareceu em 1950 e sua história, embora desconhecida por muitos, é motivo de curiosidade para quem ouve falar.
Tive acesso ao caso do Behailu Fekadu enquanto fazia pesquisas sobre o futebol no continente africano. Em português não existe absolutamente nada e tive que traduzir muitas coisas do amárico, língua falada no país. Cada vez que lia, ficava mais interessada.
Pois bem, o zagueiro nasceu onde hoje é Harar, cidade que está a 500km da capital, no ano de 1926. Ele era filho de família pobre e de religião muçulmana, a minoria no país que sempre teve grande parte da população de cristãos ortodoxos.
Significados dos escudos de Seleções pelo mundo. Segue:
México
O escudo da seleção mexicana possui elementos da cultura do país. A ave na parte superior também aparece na bandeira do país e representa a lenda de que Huitzilopochtli, o deus da guerra, a enviou como sinal aos astecas indicando onde deveriam construir a capital do país.
Após 200 anos de peregrinação, a ave foi encontrada onde hoje é a Cidade do México. Ela está em cima de um cacto no rio e com uma cobra no bico.
Se a relação entre futebol e política gera controvérsias, quando o assunto é futebol e economia o entendimento é mais claro. Um dos caminhos que ajudam a entender as transformações econômicas do Brasil nos últimos tempos é analisar os patrocínios nas camisas dos clubes. Segue:
Começando pelo período pós-ditadura (a partir de março de 1985), o Brasil tinha uma economia completamente instável, altos índices de inflação, aparecimento de moedas, ou seja, um cenário péssimo para empresas, tanto estrangeiras quando nacionais, investirem em futebol.
Quem ousou arriscar foi uma das maiores marcas do planeta, a norte-americana Coca-Cola. Nesse período ainda não era comum ver logomarcas estampadas nas camisas dos clubes brasileiros, esse processo se acentuou mesmo nos anos no final dos anos 80.
A Iugoslávia foi um país que existiu na Europa e gerou diveros conflitos separatistas. Dela surgiram algumas repúblicas bem conhecidas hoje em dia e isso, claro, influenciou o futebol. Segue a thread:
Formado por territórios da Áustria-Hungria e do Império Otomano, o país reunia alguns povos com etnias e religiões diferentes. Essa multiplicidade de culturas gerava conflitos que eram contornados pelo marechal Jozip Tito.
No âmbito esportivo, a Iugoslávia conseguia bons resultados. Foram duas medalhas de prata nas Olimpíadas de 48 e 52, duas finais de Eurocopa (1960 e 1968), um 4° lugar na Copa de 62, um título de Mundial sub-20.
"Se não fosse a Elza, o Mané tinha morrido há muito tempo"
Elza Soares foi casada com o histórico jogador Mané Garrincha por 16 anos. Passou por muitos momentos complicados ao lado dele - acusada de roubar o homem de outra, teve a casa apedrejada, foi agredida fisicamente.
Sua história com Garrincha começou em 62, e foi a Copa do Mundo que os aproximou. Elza foi, junto com outros artistas, fazer um show na concentração da Seleção. Ele já era festejado no Brasil como um grandíssimo jogador. Ela ainda estava no início da carreira.
No mesmo ano em que Mané foi o craque do Brasil na conquista do bicampeonato mundial, eles ficaram juntos. Mané era casado. Quando assumiram o relacionamento, 1 ano depois, Elza foi massacrada: se tornou a amante que destruiu uma família. Mesmo assim, permaneceram juntos.