A Chapecoense tem uma das histórias mais bonitas do futebol. Quando foi fundada, em 73, os maiores clubes do seu estado já existiam há décadas. Com uma ascensão meteórica, conquistou a simpatia de torcedores de diversos clubes bem antes do capítulo mais triste da sua trajetória.
O principal símbolo do clube, o Índio Condá*, já traz em si uma mensagem poderosa de coragem, luta, resistência. E foram dessas coisas que a Chape precisou ao longo do caminho árduo que é ter sucesso no futebol.
*O famoso Índio Condá se chamava Vitorino Condá e foi líder do povo Kaingang, habitantes de uma região em Santa Catarina, que batalhou para que sua gente pudesse ficar nas terras tão cobiçadas por invasores.
Sediada em uma cidade de médio porte, nada famosa no cenário futebolístico brasileiro, as coisas, naturalmente, foram mais difíceis. Isso serviu para juntar ainda mais as pessoas em torno de um objetivo: que toda a gente do país conhecesse aquela camisa.
E deu certo. Deu muito certo. De jogo em jogo, divisão em divisão, a Chape conquistava e demarcava seu espaço com uma força enorme, talvez abençoada pela história do Índio Condá. Em 2009, o começo da impressionante história de ascensão teve início.
O clube subiu da Série D para a C, no ano seguinte para a B, três temporadas depois para a tão sonhada primeira divisão. E fez bonito. Agora jogando em grandes estádios, fazendo grandes partidas e derrubando gigantes. Quem via sabia que algo de diferente tinha ali.
Em 2016, a inédita e surreal final de uma competição internacional, a Copa Sul-Americana. O adversário era o Atlético Nacional e a noção da torcida era de estar vivendo um sonho. A camisa da Chape rompeu os limites territoriais nacionais e era conhecida no continente.
O acidente levou quase todo mundo. O luto era geral. A luta era outra naquele momento: se fortalecer e se reerguer. Com apoio da torcida, continuou brigando nas competições nacionais e se manteve vivo na Série A até 2019, quando não resistiu e foi rebaixado pela primeira vez.
Em 2020, quando tudo estava indo bem na Série B, outro baque duro: o presidente morreu por causa do Covid-19. Outro momento de luto. Outro momento de se levantar. E se levantaram. Faltando 4 rodadas pro campeonato acabar, a Chape garantiu a volta pra elite nacional.
O celebrado retorno do time mais resistente. Do estádio Virotão, em Naviraí, ao Camp Nou. Que roteiro, Chapecoense.
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Imagine só, um moleque preto e pobre, nascido no interior, que se mudou para a cidade grande ainda criança e jogava futebol na rua com bola de meia porque não tinha dinheiro para comprar uma bola, bola mesmo. Essa história é comum e pode ser a de milhões de meninos brasileiros.
O futebol tem a ver com sonho, e talvez tenha sido por isso que o moleque mineiro de pele negra e sem dinheiro no bolso tenha insistido em continuar driblando e fazendo gols para além das ruas da capital, mesmo quando esfregavam na cara que aquilo não era pra pessoas como ele.
Quadra, campo de terra, gramado, uniforme – alvinegro -, adversários no chão, bolas na rede, holofotes, fama, dinheiro, troféus, sucesso e a própria vida completamente entrelaçada com a do esporte que antes o rejeitava.
Muita gente por aqui gosta e quer aprender sobre tática e outros assuntos do futebol para trabalhar na área e/ou gerar conteúdo. Existem alguns cursos online com preços variados sobre isso e vou colocar alguns deles aqui. Segue:
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Ricardo Pombo fala sobre o que é a análise de desempenho e o trabalho desse profissional em clubes e na Seleção. Ele é cientista esportivo e já participou de Copa, Olimpíadas, Libertadores...
Há um mistério envolvendo o ex-jogador etíope Behailu Fekadu que já dura 70 anos. Presente na primeira convocação da Seleção, o zagueiro desapareceu em 1950 e sua história, embora desconhecida por muitos, é motivo de curiosidade para quem ouve falar.
Tive acesso ao caso do Behailu Fekadu enquanto fazia pesquisas sobre o futebol no continente africano. Em português não existe absolutamente nada e tive que traduzir muitas coisas do amárico, língua falada no país. Cada vez que lia, ficava mais interessada.
Pois bem, o zagueiro nasceu onde hoje é Harar, cidade que está a 500km da capital, no ano de 1926. Ele era filho de família pobre e de religião muçulmana, a minoria no país que sempre teve grande parte da população de cristãos ortodoxos.
Significados dos escudos de Seleções pelo mundo. Segue:
México
O escudo da seleção mexicana possui elementos da cultura do país. A ave na parte superior também aparece na bandeira do país e representa a lenda de que Huitzilopochtli, o deus da guerra, a enviou como sinal aos astecas indicando onde deveriam construir a capital do país.
Após 200 anos de peregrinação, a ave foi encontrada onde hoje é a Cidade do México. Ela está em cima de um cacto no rio e com uma cobra no bico.
Se a relação entre futebol e política gera controvérsias, quando o assunto é futebol e economia o entendimento é mais claro. Um dos caminhos que ajudam a entender as transformações econômicas do Brasil nos últimos tempos é analisar os patrocínios nas camisas dos clubes. Segue:
Começando pelo período pós-ditadura (a partir de março de 1985), o Brasil tinha uma economia completamente instável, altos índices de inflação, aparecimento de moedas, ou seja, um cenário péssimo para empresas, tanto estrangeiras quando nacionais, investirem em futebol.
Quem ousou arriscar foi uma das maiores marcas do planeta, a norte-americana Coca-Cola. Nesse período ainda não era comum ver logomarcas estampadas nas camisas dos clubes brasileiros, esse processo se acentuou mesmo nos anos no final dos anos 80.
A Iugoslávia foi um país que existiu na Europa e gerou diveros conflitos separatistas. Dela surgiram algumas repúblicas bem conhecidas hoje em dia e isso, claro, influenciou o futebol. Segue a thread:
Formado por territórios da Áustria-Hungria e do Império Otomano, o país reunia alguns povos com etnias e religiões diferentes. Essa multiplicidade de culturas gerava conflitos que eram contornados pelo marechal Jozip Tito.
No âmbito esportivo, a Iugoslávia conseguia bons resultados. Foram duas medalhas de prata nas Olimpíadas de 48 e 52, duas finais de Eurocopa (1960 e 1968), um 4° lugar na Copa de 62, um título de Mundial sub-20.