Há não apenas a valorização da ação, como também os dividendos. A força do "tempo + reinvestimento" turbina o retorno médio composto.
A maior parte das pessoas tem um horizonte de investimento de 50 anos (considerando entrada no mercado de trabalho aos 20 e vida média de 70).
Para alguns deve ser até menos que isso.
Mas, vamos lá, a não ser que você seja um gestor de fundo de pensão, seu longo prazo está mais próximo de 50 do que 200 anos.
E sem considerar imprevistos ao longo do caminho.
O que me leva ao ponto 2.
Isso parece obviedade, mas muitos ignoram por completo. "Basta investir pensando no longo prazo" diz a máxima.
Nem sempre. Não tão simples. O que me leva ao 3.
Em 1944 passou a vigorar o acordo de Bretton Woods, com dólar ainda fixado em $35/onça.
Ou seja, o preço do ouro passou a refletir as forças de oferta e demanda de forma genuína apenas a partir daquele ano. O que nos leva ao 4.
- Nas duas primeiras décadas após Bretton Woods, ouro superou o S&P500 mesmo com dividendos. DUAS DÉCADAS.
- Depois de perder na década de 90 e início dos anos 2000, ouro quase alcançou o S&P500 em 2011
E parece que o bull market dos EUA não tem fim.
E a próxima década? Veremos a ampliação dessa divergência entre S&P500 e ouro ou o contrário?
Bull market para um ativo, bear market para outro. Tudo são ciclos.
Vale a pena refletir. {fim}