Por que, apesar de todo o fuzuê na mídia, a Ciência Psicodélica e o uso terapêutico dos psicodélicos ainda estão distantes de serem hegemônicos?
Segue a #aulacordel aí. Faz tempo que eu não faço uma, né?
ncbi.nlm.nih.gov
Em amarelo estão os artigos com a palavra 'psilocibina', o princípio ativo dos cogumelos alucinógenos.
Depois que a substância é proibida, em 1970, as pesquisas - e os artigos - despencam assustadoramente.
Da mesma maneira, a psilocibina, antes uma 'prima pobre' do LSD, vem ganhando mais e mais interesse e disputando o primeiro lugar com seu primo mais famoso.
Parece muito? Bem, se compararmos com os mais de 21 mil artigos já publicados sobre covid-19, que foi um termo criado agora mesmo em 2020, não parece muito, né?
"Levando em conta que a Psiquiatria parece ter chegado no seu limite com as ferramentas que tem, é inevitável o crescimento e aplicação das terapias psicodélicas, certo?"
Bem, na minha opinião, a resposta certa é SIM... e NÃO.
E aí temos um dilema. Por um lado, a Psicanálise e posturas 'holísticas' ainda são bastante rechaçadas.
Ou seja, a Psiquiatria dá sinais de precisar de novos paradigmas, o que acomodaria a ideia da terapia assistida por a psicodélicos...
Alie-se a isso o preconceito ainda muito grande sobre pesquisar substâncias proibidas e que dão barato e... bum!
Ou seja: precisamos apresentar evidências científicas? Sim.
Isso não aconteceu com os psicodélicos. Será que bastam apenas mais pesquisas para que eles sejam mais palatáveis hoje?
Hippie? Pode ser. Mas talvez a questão aqui seja mais de visão de mundo do que de falta de evidências.
Vamos refletir sobre isso?