É uma rede multiverso. Uma rede sem divisão, no máximo, com crítica minoritária (4%) advinda da Faria Lima. O q fica é a emergência de um movimento com líder, algo q há algum tempo ñ surgia no campo à esquerda. Rede de RTs a partir de termos sobre #BrequeDosApps no Twitter.
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Há muitos outros elementos a se explorar nessa rede, em particular a camada plural protetora do movimento, com muitos perfis que formam uma nova onda de influenciadores digitais do Twitter e que vêm da periferia brasileira.
É o ativismo (e sua tração digital) não parando de se renovar. E demonstrando q um presente com justiça social é efeito de uma ação sobre o futuro. O q passou, passou. O que vem é o que se pode mudar. Daí a bela frase de @galodeluta: "sou um político de rua". Óbvio, de rede tb.
E mais. A pandemia desativa a dinâmica da influência digital mainstream. Há um êxodo em massa p/ canais de utilidade pública (como consertar coisas, cortar cabelo, se exercitar, poupar etc) formando uma nova onda de influenciadores q impulsionará esse movimento ainda mais.
A análise política virou refém de um clichê: "tudo é polarização". Virou uma panaceia, como se tudo fosse explicado dentro dessa dinâmica. A polarização é uma estratégia de mkt político p/dividir a sociedade. E destruir qualquer coesão. Essa greve foi resiliente a isso.
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A nova retórica do presidente Bolsonaro repete a mesma tática usada em 2020. Antes, endereçada contra a vacina. Agora, contra as restrições do lockdown.
Em outubro de 2020, em franca campanha contra a coronavac, a rede bolsonarista destinava tempo e dinheiro para desqualificar a "vacina de Dória", gerando amplo domínio sobre o tema no Twitter, conforme se vê (mancha marrom) no grafo.
Em março de 2021, tendo que engolir à seco o sucesso da coronavac, Bolsonaro mudou a rota. Abraçou para estrangular o termo lockdown, rotulando-o como medidas contra o trabalhador.
O lockdown passou a ser o centro da retórica negacionista de Bolsonaro. E anima seus apoiadores.
E o Portal R7 que publica notícia baseada num artigo cheio de inconclusões de revista de baixo nivel.
21 mil compartilhamentos.
Jornalismo de baixa relevância e caça clique. Onde está o Facebook?
CNN, idem.
São veículos alinhados ao governo Bolsonaro reproduzindo a informação enganosa, tal como aquela matéria intitulada "sopa de morcego causou a transmissão do coronavírus pra humanos".
Que inferno isso.
é um estudo q se intitula uma meta análise. Ou seja, o cara junta um monte de artigos porcaria q diz que tudo q a invermectina faz é divino e maravilhoso . Dai a conclusão geral é: tudo é divino e maravilhoso.
Tratamento precoce: a virada de sentido.
img1: 25/12 a 11/01 (domínio bolsonarista - cinza treva)
img2: 12/01 a 21/1 (dominio antibolsonarista - amarelo luz)
Ampliar o debate muda valores da opinião pública. Desta vez, para melhor.
A rede bolsonarista dobrou de tamanho para defender a falsa cura prescrita no tratamento precoce: 41.734 perfis no Twitter.
Já a frente antibolsonarista criticando o TP saiu de 5 mil perfis para agregar 127.691 participantes, principalmente após o dia 15/1.😱🙌.
Efeitos práticos do movimento:
- Pazuello tendo de responder sobre o tp (e se enrolando).
- investigação de médicos charlatões.
- denúncia do app tratacov.
- anvisa negando o tp.
- vacina como solução.
E mais que deve vir por aí.
Precisamos de falar também sobre o Facebook, onde 1018 diferentes links impulsionando o "tratamento precoce" contra covid se espalhou em 1.949 grupos e páginas, entre os dias 01 a 11 de janeiro deste ano.
O grafo (pages-links) revela o viés bolsonarista dos grupos.
Há muito "aliança pelo Brasil" porque eles multiplicaram grupos locais do quase-partido do Bolsonaro, sincronizando disparos de links.
Livre, leve e solto com a complacência do Facebook.
Os usuários/páginas mais marcados em posts da falsa cura (tratamento precoce/preventivo) estão ilustrados no grafo de círculo abaixo. Na frente, Rubens Teixeira e suas informações imprecisas sobre vacina e apoiador do tratamento. facebook.com/EscritorRubens…
Termos de falar sobre Youtube e mentiras espalhadas milhões de vezes por lá. Extraí os 500 vídeos considerados de maior relevância sobre "tratamento precoce" contra covid-19.
É um desastre. Com exceção do canal "Olá, ciência", há uma ecologia da desinformação da cura milagrosa.
Os canais fazem lives, entrevistas e outros bichos para "demonstrar" evidências do milagre da profilaxia governista. No vídeo mais visto o médico ensina sobre dosagens, numa espécie de tutorial do milagre médico, com quase 1 milhão de views.
Fiz a rede de recomendações dos 500 vídeos. OU seja, se você assistir um deles, o Youtube vai lhe indicar outros, criando uma rede do milagre tosco.
Já na plataforma das marcas, o Instagram, os posts contendo o termo "tratamento precoce" revela a lógica coaching que cerca a seita, com médicos funcionando como "representantes comerciais" dos remédios prescritos pelo tratamento.
Grafo de menções de usuários em 2 mil posts (imagens e vídeos) contendo o termo "tratamento precoce".
Período: 01/8/20 - 11/01/21
Software: Gephi
Extração: @crowdtangle
Ainda que nem todos os posts tenham sido publicados por negacionistas, o léxico que se predomina nas publicações é deles. Exceção é o grupo de palavras amarelas, associadas a posts sobre prevenção de câncer de mama/tratamento precoce.