Você provavelmente já ouviu falar do telescópio Hubble, mas sabe quem está por trás do mais famoso telescópio espacial já construído pela NASA? O nome dela é Nancy Grace Roman, astrônoma e líder do Office of Space Science.
Nascida em Nashville no dia 16 de maio de 1925, Drª. Roman contou que entre 12-13 anos decidiu ser astrônoma, inspirada em sua mãe que lhe mostrava as estrelas.
Em 1949, concluiu seu doutorado pela University of Chicago e começou a trabalhar com espectro de luz das estrelas, identificando o brilho e temperatura para saber a idade e como estavam se movendo. 
Apesar de ser o que gostava, quando Drª Roman olhava para outras pesquisadoras no ramo da astronomia, não encontrava nenhuma com a carreira bem consolidada e isso a incentivou a mudar de área.
Foi para Washington trabalhar com radioastronomia mas, por ser uma área muito nova no país, ela não se adaptou muito bem.
Meses depois da NASA ter sido formada, Nancy foi perguntada se conhecia alguém que gostaria de criar um projeto de astronomia espacial.
Meses depois da NASA ter sido formada, Nancy foi perguntada se conhecia alguém que gostaria de criar um projeto de astronomia espacial.
Resolveu encarar o desafio de formular um programa quase do zero, mas que ela acreditava que influenciaria a astronomia por décadas. Nesses projetos seus desafios eram duais, pois precisava conquistar patrocinadores e ao mesmo tempo coordenar a execução.
Mesmo mediante a esse desafio, ela conta que em 1965 começou o projeto do Hubble e 25 anos depois, em abril de 1990, ele foi lançado no espaço – onde se encontra há mais de 30 anos.
Desde o término de sua construção, o telescópio vem enviando diversas fotos determinantes para o estudo da astronomia por todo o planeta.
Dentre seus prêmios conquistados estão Federal Womens Awards em 1962 por sua grande habilidade e forte liderança ao desenvolver o programa espacial nacional na astronomia e astrofísica, prêmio anteriormente restrito aos homens que trabalhavam para o governo,
e Women in Aerospace’s Lifetime Achievement Award no final da década de 70, pouco antes de se aposentar, por seu papel pioneiro na astronomia e liderança do Office of Space Science.
Drª. Roman cedeu diversas entrevistas à NASA em que expõe as dificuldades que uma mulher enfrenta no meio cientifico. Ainda no colegial, quando optou por cursar Álgebra a Latim, foi questionada por sua professora, “que tipo de mocinha prefere pegar Matemática a Latim?”.
Conta também dos problemas que teve com seu orientador enquanto fazia sua tese, “Um dos períodos ele passou 6 meses sem conversar comigo, mesmo quando eu o cumprimentava nos corredores. Ele não queria ter aproximação nenhuma comigo”, provavelmente por ser a única mulher na área.
Quando começou na NASA, descobriu que foi contratada como quem acabou de concluir o doutorado, mesmo já tendo 6 anos que defendeu sua tese, isso porque o salário que recebia antes não era de quem já era doutor e por isso não foi considerado pelo governo como tempo de experiência.
Drª. Roman faleceu em dezembro de 2018, mas antes disso falou em entrevista o quão feliz estava por ter mais mulheres na astronomia, expressou seu descontentamento com as diferenças salariais por questão de gênero.
Nessa mesma entrevista, deixou o conselho para todos os interessados na carreira cientifica: “permaneçam abertos às novidades porque várias oportunidades podem aparecer nesse campo tão mutável” em tradução livre.
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