De um lado, carta de rejeição pela Nature em 1992 com argumento que o trabalho "não representa avanço o suficiente na área".
De outro, o mesmo trabalho vencendo Nobel de Medicina em 2019.
E não foi único caso: Enrico Fermi também teve paper rejeitado pela Nature por ser "fora da realidade" em 1933 e em 1938 ele ganhou Nobel de Física pelo trabalho.
Sabe o Ciclo de Krebs? Então, o paper de Hans Krebs foi recusado também e logo depois ganhou o Nobel de Medicina em 1937.
Murray Gell-Mann propôs um jeito de classificar particulas elementares e a Physical Review Letters recusou por cismar com o nome das partículas. Well, 1969 o trabalho levou Nobel de Física.
Rosalyn Yalow teve paper recusado porque não botaram fé que dava pra medir o nível de certos anticorpos, 1977 levou Nobel de Medicina e ela mostrava a carta da rejeição com orgulho.
Lembra do bóson de Higgs ou a "partícula de Deus" que virou notícia anos atrás? O paper de Peter Higgs também foi rejeitado em 1964. Em 2013, com a descoberta do bóson, ele levou Nobel de Física.
Richard Ernst teve o paper rejeitado pelo Journal of Chemical Physics em 1966 e levou o Nobel de Química pelo trabalho em ressonância magnética em 1991.
Em 1984, Shechtman teve o paper recusado com o argumento que "não é de interesse dos físicos". E levou Nobel de Física em 2011.
Sei lá, é bom lembrar que mesmo quem tá no topo já teve suas rejeições. E que rejeição não mede potencial ou capacidade. Como @thiagosgbr disse, os nãos são aleatórios muitas vezes.
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- O que passou pela sua cabeça quando você viu o sinal que tinha algo no centro da Via Láctea?
Andrea: Eu acho que a primeira coisa foi dúvida que você tem que provar à você mesmo que você está vendo o que você acha que está vendo. Então, ambos, dúvida e animação. O sentimento +
na frente da pesquisa aonde você deve sempre questionar o que você está vendo. É uma combinação de coisas.
"O prêmio Nobel de Física desse ano é sobre os mistérios mais obscuros do Universo."
Essa foi a forma como o Prof. Göran K. Hansson começou o anúncio sobre o Nobel de Física desse ano que é sobre buracos negros!
Ele então anunciou que metade do prêmio Nobel de Física iria para Roger Penrose pela descoberta que a formação de buracos negros é uma predição robusta da teoria da relatividade geral.
Para cortar a imagem eles usam uma técnica chamada saliência.
O que é saliência então?
Saliência é como o próprio nome diz, ele se baseia em regiões "salientes" aos olhos. Qual é a coisa mais provável de você notar na foto? Vamos focar então o corte da imagem nisso.
Basicamente, eles utilizam duas redes neurais como eles explicam no próprio blog. A rede aprende com imagens a encontrar regiões com mais saliência.
Mais saliência = mais provável que você olhe para aquela região.
Menos saliência = menos provável que você olhe.