A Revolta da Vacina é normalmente abordada como uma população ignorante resistente aos avanços científicos.
Porém um dos menores detalhes abordados pelos manifestantes de 1904 foi a vacina.
Pobres sem moradia devido aos desalojamentos da República e sem emprego devido a crise econômica, deveriam agora ser vacinados e acompanhados pela polícia e higienistas.
Críticas contra a vacina eram abertamente publicadas nos jornais do Brasil desde 1830, por médicos, doutores e governadores.
A vacina, "injetaria materiais pútridos" e levaria a "degradação da espécie humana".
O país nunca teve uma campanha de vacinação, muito menos de comunicação sobre as vantagens do processo.
Militares que discordavam do governo de Rodrigues Alves - jacobinos e florianistas - viram um oportunidade de articular um golpe de estado através da insatisfação popular.
O senador e militar Lauro Sodré fundou a Liga Anti-Vacina que realizava comícios e distribuía panfletos, em uma tentativa de moldar a massa popular em um projeto de governo.
Por quase 2 semanas o Rio de Janeiro tornou-se um palco de Guerra Civil, com o Exército e a Marinha bombardeando a cidade por terra e mar, levando a destruição de bairros periféricos como a Gamboa e Saúde.
Os revoltosos foram capturados e deportados para o Acre, obrigados a trabalhar na extração de borracha, vendidos para donos de terra.
As raízes da escravatura eram ainda presentes nas prisões do início do século 20, onde muitos manifestantes eram marcados com cicatrizes para ser identificados quando libertos.
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Um mapa de Leonardo da Vinci da comuna de Imola em 1502, em Bolonha e atualmente.
Em agosto de 1502 Da Vinci foi nomeado "Arquiteto e Engenheiro Geral" por César Borgia, o filho do Papa Alexandre VI e marechal das tropas papais.
César, o filho ilegítimo do papa e uma inspiração para "O Príncipe" de Maquiavel, era temido como um dos governantes violentos da Europa, conquistando Imola em 1501.