As crises sistêmicas estão exigindo maior protagonismo do Estado. A Reforma Tributária precisa ser ajudada por um adensamento tecnológico da matriz produtiva. Maior eficiência na não implica arrecadar o suficiente para lidar com os desafios climáticos e sanitários adiante. 👇
A Lei de Wagner aponta para um crescimento "quase natural" do peso do gasto do Estado no PIB, em função da prestação de serviços fundamentais cuja qualidade é menos sensível a melhorias tecnológicas do que bens manufaturados. Serviços são caros mesmo em qualquer lugar do mundo.👇
O predomínio de externalidades negativas como pandemias e as mudanças climáticas requer um deslocamento maior de fundos da sociedade para financiar de decisões coletivas de prevenção e de atendimento aos efeitos destas calamidades. 👇
Não dá pra exigir maior carga tributária do modelo atual "25 de março" (@paulogala), dominado por grandes oligopólios e pequenas empresas sobreviventes que não investem em P&D. Esta base de arrecadação é muito limitada e gera obstrução das elites que se beneficiam deste modelo.👇
A partir dos setores estratégicos para lidar com estas calamidades, é possível criar uma economia do projetamento anexa (@eliasjabbour) com um orçamento específico orientado por missões sinérgicas entre si e com financiamento público e privado. Mas, isso requer coordenação. 👇
Caberá ao Estado e ao setor privado identificar as vantagens comparativas potenciais a partir das competências que já possuímos. Não é fácil. Mas... no cenário de estagnação tecnológica atual, a Bolsa de Valores será tão ou mais arriscada do que a nova fronteira vislumbrada...👇
Se tributarmos mais a renda e a propriedade e menos as empresas, haverá incentivos para deixar os lucros retidos para reinvestimento e, portanto, inovação. O atual modelo tributário drena nossas empresas e as deixa pequenas, subnutridas e com metas limitadas de progresso.
A combinação de uma reforma tributárias que eleve a eficiência e turbine o reinvestimento a uma ampliação do horizonte e das oportunidades de geração de riqueza pode garantir um equilíbrio fiscal de longo prazo, com geração de bons empregos e subida da escada tecnológica.
Reformas do Estado sem auxílio de um salto tecnológico para o futuro vão continuar exigindo cortes em gastos necessários como saúde e educação. Está na hora de nossas elites financiarem um plano de longo prazo que vai beneficiar ao país, elas inclusive.
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Em 1850 os deputados brasileiros protegeram a riqueza fundiária das elites por meio das terras devolutas do Estado. Alegavam que ninguém trabalharia para eles se terras fossem distribuídas à população e aos imigrantes. Era preciso proteger sua riqueza. 170 anos mais tarde... 👇
A riqueza da elite é financeira e imobiliária. Sua proteção requer uma disciplina fiscal particular, que iniba o acesso do povo à riqueza coletiva: saúde, educação e infraestrutura públicas e, principalmente, a moeda estatal. O que ocorreria se esta riqueza for compartilhada? 👇
O principal efeito de uma democratização do orçamento público seria encarecer o preço do trabalho e diluir a riqueza da elite: 1) esta teria de pagar os tributos proporcionais à sua prosperidade relativa. 2) os filhos de diaristas e pedreiros teriam outras metas profissionais.
1- Os gráficos mostram maiores rendimentos associados ao rentismo cartorial (monopólio estatal) e o capital patrimonial de que falou Piketty (2014). A concentração dos rendimentos no poder judiciário evidencia a república de bacharéis que ainda caracteriza nossa sociedade.
2- Diferencial público-privado causa espanto e aguça rejeição a servidores públicos. Porém, quais são as causas do baixo avanço dos rendimentos do setor privado? A desigualdade de salários é imensa e, como @PSGala1 e eu discutimos em nosso livro, decorre da incapacidade...
Sai o marasmo da renda fixa; entram as turbulências diárias da renda variável! Com tanta liquidez, quem não aprender a nadar, vai sofrer!
Reportagem do FT sobre o novo momento da economia brasileira: inflação e juros baixos implicam uma mudança no financiamento do investimento.
Como mostra o gráfico a seguir, há muito recurso ainda a fugir dos baixos rendimentos da renda fixa (linha azul), conforme este títulos forem vencendo. O potencial de crescimento (linhas vermelha e azul clara) é enorme.
Os brasileiros já dominam o volume de ativos na B3, mostrando este deslocamento de recursos da renda fixa para a renda variável.