1. Vamos comparar a Weg com uma empresa americana de componentes industriais ligados à energia renovável? A Weg vocês já conhecem. A outra se chama Generac, uma empresa pouco conhecida mas com um histórico que impressiona.
2. Hoje a Generac é focada em geradores de energia, principalmente geradores "standby" que são acionados no momento de uma queda de energia. A Weg também produz geradores, mas seu negócio como um todo é mais diversificado. Curiosamente, as empresas tem vários aspectos em comum.
3. Ambas saíram de <$500mn de receita na década de 90 para ~$2,3bn hoje. A figura abaixo mostra a receita da Weg na esquerda, em reais. Na direita temos a receita da Generac em dólares. Veja que ambas cresceram de forma impressionante. A trajetória é até parecida, visualmente.
4. Em 2019, convertendo ambas para dólares para eliminar o efeito do cambio na receita da Weg, vemos que as duas tem praticamente o mesmo tamanho. A Generac teve receita de $2,2bn, enquanto que a Weg teve receita de $2,3bn.
6. Outras semelhanças além da receita incluem a rentabilidade a nível de EBITDA (20% vs. 17%) e lucro (12% vs. 14%), e a exposição a temas ligados a energia renovável e inovação. A Generac está desenvolvendo uma solução de painel solar + armazenamento (bateria) para residências.
7. A ideia é tirar as residências americanas do grid de energia, tornando as casas auto suficientes com energia limpa. Muitos associam à Weg algo semelhante: crescimento com inovação em produtos industriais e energia renovável. Agora vamos para as diferenças entre as duas...
8. Primeiro, a tendência mais recente de faturamento (em dólares), onde vence a Generac, que cresce 3x mais mesmo desconsiderando aquisições em 2010-2019. Segundo, no valor de mercado das duas. A Weg vale mais que o dobro ($13bn vs. $30bn).
9. Terceiro, enquanto a Generac quer de certa forma substituir as empresas de energia elétrica com uma solução individual, a Weg fornece suas soluções diretamente às empresas de energia. A diferença é a visão de cada uma sobre como a energia será entregue ao cliente.
10. Dado as semelhanças (tamanho, crescimento, rentabilidade, inovação), nos chama atenção as duas empresas negociarem a valores tão diferentes. Vale a reflexão...
Na sua visão, qual é o motivo para isso? Por que a Weg é tão mais cara?
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(1) Na apresentação do RD Day hoje, a Raia Drograsil, entre outras iniciativas, anunciou o lançamento de sua plataforma de saúde. Apesar de ser uma iniciativa interessante e com bastante potencial, a RD não foi a primeira empresa listada a ter essa ideia.
(2) Antes, uma breve explicação sobre plataformas de saúde: elas possibilitam interações entre os consumidores e os prestadores de serviço, além da integração de produtos e serviços de saúde de forma a garantir a qualidade e a eficiência ao longo da jornada do paciente.
(3) Quem ganha com a plataforma de saúde? De um lado, os prestadores inseridos na plataforma conseguem ofertar mais produtos e serviços,
1. GM lançou em seu site de relações com investidores agora um vídeo do seu GM China Tech Day. Abaixo, elaboramos alguns destaques/novidades sobre os avanços da GM em veículos autônomos/elétricos, tema importante para nosso investimento na Cia.
2. O "Ultium Battery System" permitirá aceleração de 0-100km em 3 segundos. Provavelmente esse seria o sistema em seu melhor desempenho, não valendo para todos os modelos. Mas é bom saber que a tecnologia permite tanta aceleração.
3. Mundialmente, usuários do sistema SuperCruise, que permite direção autônoma em rodovias, já rodaram 10 milhões de KM com o sistema ativado. Estando nas rodovias compatíveis, os usuários ficam com o sistema ativado ~50% do tempo.
Embora o setor de serviços tenha começado a se recuperar, ainda segue muito mais fraco do que o varejo, onde as vendas já estão próximas dos níveis pré-crise.
2)O setor de serviços é naturalmente o mais afetado pelo isolamento social. Em linha com a evolução da doença, a volta a "normalidade" tem sido mais lenta aqui no Brasil. Em contraste, a forte queda das mortes/casos na Europa tem levado a rápida recuperação da mobilidade por lá.
3)Nos EUA, a mobilidade parou de subir puxada por estados que tiveram que voltar atrás na abertura: Flórida, Texas, Califórnia e Arizona.
1. Teve lição importante hj nos resultados da GM pro 2o tri. Segue o fio 👇🏼
A GM teve um consumo de caixa grande: $9bi, ou 25% do valor da Cia em bolsa. Dado as circunstancias, isso era esperado, devido a uma condição natural do negócio de montadora: o capital de giro negativo.
2. Montadoras são conhecidas por "espremer o fornecedor". Elas negociam prazos longos de pagamento, tão longos que superam o prazo de recebimento de recebíveis e de liquidação de estoque. Com isso, a empresa "se financia" com seus fornecedores em mercados de alta.
3. Isso permite a GM ganhar ainda mais $$ por carro do que somente o "lucro" gerado com cada carro vendido. Mas se é bom na alta, é muito ruim na queda. Qdo as vendas caem igual caíram no 2T, a GM perde mais que o "lucro cessante".
Neste 1º, comparamos o real com uma cesta de moedas emergentes. Vemos que o BRL se depreciou muito mais desde o início do ano.
2) De fato, nossos modelos de valor "justo" do câmbio levando em conta outras variáveis (commodities, risco- Brasil, valor global do dólar, etc) sugerem algo como R$4.50/US$. O valor mais "esticado" que conseguimos chegar com esses modelos seria algo próximo de R$5.0.
3) este "esticado" seria considerando o que os economistas chamam de paridade descoberta da taxa de juros. A idéia seria de que como nossa taxa de juros nunca esteve tão baixa, os investidores cobrariam um "desconto" no valor do R$ em relação ao seu padrão histórico "justo".
De fato, enquanto a volatilidade das outra moedas emergentes tem caído gradualmente desde de abril com a melhora da crise, a do real só sobe.
(2) Olhando em uma janela mais longa, a alta da vol. também chama a atenção.
No gráfico abaixo pegamos a vol. do real e subtraímos a vol. mediana de outros emergentes. Assim, os "picos" deveriam apontar apenas crise internas e não as globais ( onde vol aumenta no mundo todo)
(3) Nesta década só não estamos piores do que no "Joesley Day" e no "auge" da crise do governo Dilma.