Muita gente achando descabida a pergunta de Arthur do Val sobre a relação de Jilmar Tatto com o PCC. Eu já acho estranho a própria imprensa não demonstrar interesse em esclarecer este ponto aos eleitores.
Em 2006, a Veja publicou uma reportagem em que um perueiro detido admite a infiltração do PCC no transporte alternativo. O texto ainda acusa Jilmar Tatto, ex-secretário de Transportes de Marta, de receber dinheiro dos perueiros ligados à facção: veja.abril.com.br/blog/reinaldo/…
(Como não tenho acesso ao acervo da Veja, linkei o clipping do antigo blog de Reinaldo Azevedo. Como os potenciais eleitores de Tatto andam concordando com Reinaldo, não vi problema em contar com essa referência.)
Nada disso impediu Tatto de virar secretário de transportes da gestão Haddad. Em 2014, o escândalo voltou, com um deputado estadual do PT flagrado em encontro com 13 membros do PCC. Tatto havia financiado a campanha do deputado em mais de 200 mil reais. www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/…
Nada disso impediu o PT de escolher esse ilustre desconhecido como candidato a prefeito da maior cidade do país agora em 2020. Imagino que o partido topou a aposta por possuir boas respostas aos eleitores. Nada mais justo, portanto, que se pergunte.
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Tem um momento do 7 a 1, início do segundo tempo, que algum jogador tenta um lance mais arriscado, e Felipão fica na beira do gramado, com cinco dedos de uma mão pra cima, lembrando que o placar estava 5 a 0 para a Alemanha.
Era como se dissesse que o objetivo não era virar o jogo, mas evitar o 10 a 0.
Ontem, vi algumas pessoas de boa fé tentando enxergar algum valor na proposta anunciada como “privatização do SUS”. Diziam não se tratar disso, que havia detalhes importantes do projeto ignorados pela imprensa, etc.
E aí? Quantas casas você já financiou desde que o dólar passou dos 5 reais?
E quantos bolos de pote você já comprou no mesmo período?
As enquetes acima podem não ser o que há de estatisticamente mais confiável, mas ao menos são mais cheirosas do que o local de onde tiraram a narrativa de que dólar alto seria ótimo para o brasileiro pobre financiar uma casa.
A reunião já se aproximava do fim quando o síndico resolveu colocar em votação a compra de uma nova escada para o condomínio, ou o zelador não teria como trocar a lâmpada queimada na entrada do prédio.
Foi quando um morador protestou...
Achava que não era necessário um novo gasto. Porque tinha achado na garagem quatro tamboretes de madeira que, postos um sobre o outro, atingiriam a mesma altura que a escada. Quando o síndico ensaiou uma réplica, o morador continuou com o discurso.
Os tamboretes já faziam parte da história do bairro, tinham sido fabricados por um marceneiro da vizinhança que só recorria a madeiras de reflorestamento. Uma escada de metal poluiria o meio ambiente por séculos, e os tamboretes seriam a solução mais ecologicamente correta.
Essa briga da esquerda a favor do “showmício” tem um potencial enorme para se converter em tiro no pé.
Antes de serem proibidos, os showmícios não beneficiavam candidatos progressistas, mas os poderosos da vez, donos de estruturas para fazerem da campanha verdadeiros festivais.
Quando começava a campanha eleitoral, eu simplesmente deixava de ter notícia dos amigos que tocavam em bandas de ritmos mais populares, como forró ou pagode.
Eram shows diários e concorridos. E caros. Mas em benefícios de músicos que ganhavam salário fixo, e empresários que comandavam tais bandas sem qualquer interesse além do lucro e aproximação do político que mais chances tinha de vencer.
Existe. Há 65 milhões de evangélicos no Brasil. E não falta quem venha a público tratá-los como se fossem 65 milhões de Felicianos ou Malafaias. Viralizam até vídeo da Fernanda Torres assumindo o preconceito no Roda Viva. Isso é horroroso.
Eu posso te falar a verdade. Mas você não está preparado para a verdade.
Em 2010, ninguém queria parecer oposição a Lula. Em 2016, Dilma caiu por um processo de impeachment. Em outras palavras, não conseguiu manter ao lado dela nem um mísero terço do Congresso.
Noto que muitas narrativas petistas imperaram. Mas elas não retratam o que vi nesse intervalo de 6 anos. Porque os partidos de oposição só embarcaram no impeachment quando as ruas já estavam lotadas (e por isso foram vaiados). Dilma caiu por uma rebelião da própria base.