Como eles não têm mais por onde atacar nossa candidatura, resolveram dizer que nossas propostas são “inviáveis”.
Nesse fio, vou mostrar porque essa é mais uma fake news.
1/ Nenhum programa de governo foi mais debatido que o nosso. Ele foi construído em 23 grupos de trabalho com especialistas de cada uma das áreas. Mais de 200 pessoas participaram.
2/ Fizemos plenárias públicas com mais de 2 mil pessoas. Também lançamos um site, que recebeu mais de 40 mil visitas por semana e quase 300 sugestões de propostas.
3/ Foram quase 2 meses de construção do plano. Por que gastamos tanto tempo com isso? Por que acreditamos que a cidade que queremos não é fruto de planos milagrosos de meia dúzia de iluminados.
4/ São Paulo precisa de propostas ousadas, que enfrentem a raiz da desigualdade, que combatam as máfias. Propostas que criem uma cidade justa, com igualdade de oportunidades, acolhedora e solidária.
5/ Com a participação popular e de grandes especialistas, construímos essas propostas. A principal delas é o programa Renda Solidária.
6/ Temos 1 milhão de famílias vivendo com menos de 520 reais por mês. Elas não sabem o dia de amanhã. Ainda mais a partir de 1o de janeiro de 2021, com o fim do auxílio emergencial no meio da crise.
7/ Nossa proposta prevê o pagamento de um valor entre 200 e 400 reais para cada uma dessas famílias. Esse valor vai garantir pelo menos a comida na mesa. Até o momento que elas conseguirem novamente alguma renda fixa.
8/ Mas você deve estar se perguntando… Sou a favor, mas quem vai pagar essa conta? De onde sai o dinheiro?
9/ Dados do Tribunal de Contas de São Paulo apontam que a cidade tem 19 bilhões de reais em caixa. A renda solidária não custa por ano nem um quinto desse valor.
10/ O custo do Renda Solidária é de quase 300 milhões de reais por mês. Sim, é muito dinheiro. É o equivalente a três obras do Anhangabaú todo mês. Mas tem um detalhe importante.
11/ Dinheiro na mão de famílias pobres não vai pro exterior ou pra investimentos na Bolsa. Quando essa pessoa recebe a renda solidária, ela gasta no mercado, na padaria do bairro.
12/ Isso movimenta a economia. Uma renda inicial aumenta a renda de várias famílias ao redor: os economistas chamam isso de efeito multiplicador.
13/ Mesmo sendo pra combater a fome e sendo um programa viável, ainda tem gente criticando. Geralmente são as mesmas pessoas que não dão um “piu” sobre as dívidas dos bancos com o município de SP.
14/ Por exemplo, só o Itaú deve uma multa de 3,8 bilhões de reais pra São Paulo, o que já pagaria o primeiro ano do programa e sobra. Nós vamos cobrar.
15/ Todo ano, a prefeitura deixa de arrecadar muito dinheiro abrindo mão de impostos de gente poderosa. Só de empresas do setor financeiro que lucram com cartão de crédito, por exemplo, não cobrou 1 bilhão de reais em 2020.
16/ Vamos pagar o Renda Solidária usando o dinheiro disponível em caixa, cobrando dívidas, aumentando o ISS de bancos e combatendo os esquemas que drenam o dinheiro pro ralo da corrupção.
17/ Também temos propostas exequíveis pra moradia, frentes de trabalho, saúde e muitas outras áreas. Mas isso é assunto pra outras threads.
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É impressionante. Basta eu crescer nas pesquisas que voltam a questionar o meu trabalho.
1/ Além do medo do meu crescimento e chances reais de ida pro segundo turno, existe um preconceito gigante contra as pessoas que, além de terem uma profissão, atuam em movimentos sociais.
2/ Sou professor desde os 23 anos. Sou formado em Filosofia pela USP, com especialização em Psicologia Clínica pelo Cogeae/PUC e Mestrado em Psiquiatria, também na USP.
3/ Comecei como professor de Filosofia na Escola Estadual Maria Auxiliadora, na região metropolitana de São Paulo. Depois dei aula na Faculdade de Mauá e na Escola de Educação Permanente, onde ministrei aula na especialização por 6 anos.
Sobre o dia em que eu invadi a casa de uma família.
1/ Semana passada eu vi um tuíte da Karol, me chamando pra ir até o bairro dela. Ela queria muito que as pessoas me conhecessem. Disse que duvidava que eu fosse ver a mensagem e aparecer.
2/ Aquela coisa do desafio me pegou. Resolvi responder, perguntar qual bairro ela morava e falar, meio brincando, que eu ia aparecer. A Karol respondeu dizendo que mora no Capão Redondo, periferia da Zona Sul de SP, pertinho da minha casa.
1/ A luta dos sem-teto cura?
No meu mestrado, confirmei que sim. Segue o fio!
2/ Em 2014, iniciei meu mestrado no Instituto de Psiquiatria da USP com o professor Francisco Lotufo Neto. O título da dissertação foi Estudo sobre a variação de sintomas depressivos relacionada à participação coletiva em ocupações de sem-teto em São Paulo.
3/ "Antes de chegar aqui na ocupação, eu estava na cama." "A luta fez com que eu parasse de tomar remédio." Decidi fazer a pesquisa depois de 20 anos atuando com os sem-teto e ouvindo relatos como esses.
Hoje estive no ato em defesa do Hospital Sorocabana.
O Hospital Sorocabana, que fica na Lapa, zona Oeste de SP, está fechado desde 2010. A Prefeitura alega que por problemas de estrutura, mas a razão é sempre a mesma: a gestão privada abandonou o hospital!
O hospital inteiro fica fechado, e só o térreo e mezanino estavam em funcionamento com uma AMA até o início da pandemia. Depois, abriram 33 leitos de enfermaria para COVID, nenhum deles de UTI! É muito pouco!
Entrei com representação no Ministério Público pra impedir a privatização dos CEUs em SP. Educação não combina com privatização. Segue o fio pra entender porque.
1/ A prefeitura de SP quer fazer na educação o que já faz na saúde. E sabemos que não funciona. Ou seja, entregar os serviços que deveriam ser públicos pra organizações sociais, as famosas OSs.
2/ As OSs são entidades privadas que não deveriam ter fins lucrativos. Só que não é bem assim que muitas delas trabalham. Basta jogar "organização social" no Google pra ver a quantidade de escândalos e desvios de dinheiro.