Trump, sobre a mudança da constituição chinesa que deu poder "vitalício" a Xi Jinping:
"Xi é um grande cavalheiro, agora é presidente vitalício. Ele é ótimo. E olhe, ele foi capaz de fazer isso. Talvez tenhamos que tentar isso algum dia."
Trump, para Xi Jinping:
“Meu sentimento por você é incrivelmente caloroso. Como dissemos, há uma grande química e acho que vamos fazer coisas incríveis, tanto pela China quanto pelos Estados Unidos.”
"Conheço o presidente Xi da China muito bem. Ele é um grande líder que tem muito respeito por seu povo. Ele também é um bom homem em um "negociante duro"."
"Quero agradecer publicamente ao presidente Xi da China, que fez mais por nós do que fez por qualquer outro governo, ou do que qualquer líder da China fez por qualquer presidente ou governo."
“A China tem trabalhado muito para conter o coronavírus. Os EUA apreciam muito seus esforços e transparência. Tudo irá funcionar bem. Em particular, em nome do povo americano, quero agradecer ao presidente Xi!”
Trump, sobre como Xi Jinping liderou a luta contra a pandemia:
“Acabei de ter uma longa e muito boa conversa por telefone com o presidente Xi da China. Ele é forte, perspicaz e fortemente focado em liderar o contra-ataque ao coronavírus."
"Acho que está fazendo um trabalho muito bom. É um grande problema. Mas o presidente Xi ama seu país. Ele está trabalhando muito para resolver o problema, e ele vai resolver o problema."
Trump, sobre quem poderia resolver os problemas em Hong Kong:
“Se o presidente Xi se encontrasse direta e pessoalmente com os manifestantes, haveria um final feliz e esclarecido para o problema de Hong Kong. Eu não tenho dúvidas!"
Não é demais lembrar que, além de todos os elogios à China de Xi Jinping, Trump tem literalmente uma conta bancária secreta no país. Como revelado há poucos dias.
"Dá para imaginar como seria se eu tivesse uma conta secreta em um banco chinês quando estava concorrendo à reeleição? A Fox News ficaria preocupada com isso. Eles teriam me chamado de Barry de Pequim.”
Biden, na contramão, é vendido como um "defensor dos interesses de Pequim".
Mas o que ele pensa, de fato, a respeito do governo chinês?
Em primeiro lugar, o básico:
"A China é uma ditadura autoritária. Ponto final."
"Por mais de três anos, o presidente Trump deu a Xi Jinping um passe sobre direitos humanos. Trump repetidamente fez vista grossa ao aprofundamento da repressão chinesa em Hong Kong, Xinjiang e em toda a China."
"Os EUA deveriam defender a liberdade e estar ao lado do povo de Hong Kong. Em vez disso, Trump disse que está "apoiando Xi Jinping". Isso é fraco. Precisamos ser firmes em valores quando se trata da China. Isso é o que farei como presidente."
"Hoje, manifestantes em Hong Kong, inspirados pelo icônico protesto do Caminho do Báltico, formaram uma rede humana para exigir que a China cumpra suas promessas à população. Eles mais uma vez mostraram ao mundo o desejo comum de liberdade que nos une."
"Donald Trump está repetindo seus heróis autoritários, mais uma vez - desta vez usando a fala anti-democrática da China para descrever os protestos pacíficos em Hong Kong como "motins". É vergonhoso.”
"A extraordinária bravura demonstrada por centenas de milhares em Hong Kong, marchando pelas liberdades civis e autonomia prometidas pela China é inspiradora. E o mundo está assistindo. Todos nós devemos apoiar os princípios democráticos e a liberdade."
"Hoje é o aniversário da repressão brutal da China na Praça da Paz Celestial. As autoridades tentaram impedir os apelos pacíficos por mudanças políticas com rifles e tanques."
"A coragem da geração da Praça da Paz Celestial não foi silenciada e ainda inspira a luta pela liberdade e justiça em todo o mundo."
"Trump se opôs a sancionar o governo da China por suas atrozes violações dos direitos humanos para proteger seu acordo comercial oco e servir seus próprios interesses pessoais.
"Se eu fosse presidente hoje, não aceitaria a palavra da China no que diz respeito ao coronavírus. Cientistas americanos e especialistas em saúde deveriam ter permissão para entrar no país para determinar como o vírus começou."
"A China comete enormes abusos aos direitos humanos e nega a seus cidadãos o acesso a informações básicas - enquanto Trump olha para o outro lado. Se eu for presidente, os direitos humanos não serão apagados da conversa."
"A prisão de quase um milhão de muçulmanos uigures na China está entre os piores abusos dos direitos humanos no mundo. Os EUA não podem ficar em silêncio - devemos nos manifestar contra esta opressão e defender incansavelmente os direitos humanos."
"Os Estados Unidos precisam ser duros com a China. Se a China conseguir o que quer, continuará roubando dos Estados Unidos e de empresas americanas sua tecnologia e propriedade intelectual."
"A maneira mais eficaz de enfrentar esse desafio é construir uma frente unida de aliados e parceiros dos EUA para enfrentar os comportamentos abusivos e as violações dos direitos humanos da China."
Nos últimos 4 anos, sob o governo Trump, os EUA viram a China não apenas virar a maior economia do mundo (em paridade de renda), mas também o principal protagonista político do cenário internacional.
Se a China cresceu sob Obama, sob Trump alcançou uma liderança inimaginável.
Pequim não será desafiada até que diferentes países ameacem retaliações frente às violações de direitos humanos. E Trump - que não alimenta boas relações com outros líderes - já demonstrou que seu único compromisso internacional é defender os interesses comerciais dos EUA.
Para Trump, Xi Jinping é um nacionalista duro na queda - igualzinho a ele. Por isso, há, como ele admite, "uma química" entre os dois.
Só acredita que Trump é a resposta do Ocidente a Pequim, depois de falhar nessa tarefa em 4 anos, quem não faz ideia do que está acontecendo.
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@franciscorazzo É slogan de jovem tuiteiro de classe média. Virou mantra, discurso patriota do funcionalismo público, que fora desta bolha verde e amarela nacionalista do serviço público diz muito pouco.
@franciscorazzo Na vida real, a saúde pública é a maior preocupação dos brasileiros. Este é um país com uma série de problemas - nenhum deles é maior que a saúde pública para a própria população. E isso diz muito.
@franciscorazzo Não sem motivo, este é um povo que sonha com carteira assinada para ter a possibilidade de contar com um plano de saúde privado como benefício. Enquanto o jovem tuiteiro faz hashtag pelega, ascensão social para a dona Maria é ter Unimed.
Não é uma tarefa fácil alimentar 1.4 bilhão de seres humanos. Os números são descomunais.
Por ano, os chineses consomem 8 milhões de toneladas de carne bovina, 15 milhões de toneladas de peixe, 60 milhões de toneladas de porco e 143 milhões de toneladas de arroz.
Colocar comida na mesa de tanta gente exige muita logística. E é ainda mais difícil na China.
A China tem 9,6 mi de km², mas uma área cultivada de apenas 1,27 mi.
Ou seja, embora 18% da população mundial seja chinesa, a China só atende por 7% da área cultivada total do planeta.
Da próxima vez que você encontrar algum pós-adolescente defensor da União Soviética por essas bandas, conte a história dessa foto pra ele:
Na década de 1940, os estados bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) foram ocupados pela União Soviética graças a um acordo entre Hitler e Stálin conhecido como Pacto Molotov-Ribbentrop (Ian Kershaw, biógrafo de Hitler, conta que Stálin fez um brinde a Hitler após a assinatura).
Exatos 30 dias depois, as tropas da Alemanha Nazista e da União Soviética organizaram um desfile militar, durante a invasão da Polônia, na cidade de Brest-Litovsk.
Aproveitando a publicidade da "vacina" russa, essa aqui é uma thread com as maiores "curas" e "tratamentos" para Covid-19 anunciadas até aqui.
Tome nota:
Gurbanguly Berdymukhamedov, ditador do Turcomenistão, autor de livros sobre remédios à base de plantas, recomendou à população tratamento à base de fumaça de harmala, uma planta alcalóide que, segundo ele, é "capaz de matar qualquer vírus invisível".
Alexander Lukashenko, outro ditador, mas da Bielorússia, sugeriu para conter Covid-19: de 40 a 50 mililitros de vodca por dia, sauna de duas a três vezes por semana, hóquei no gelo, positividade e um tratamento à base de "trator no campo".
Desses, mais da metade estão na Europa: são 19 no total. Outros 8 estão nas Américas, 2 estão na Oceania, e apenas 1 na África (África do Sul) e 1 na Ásia (Taiwan).