Semana substituindo o chefe concluída com sucesso. Hora extra todo dia, mas a casa não caiu. Agora é hora de colocar o sono em dia.
Esse negócio de trabalhar de casa foi a salvação da lavoura. Precisei de cada minuto economizado no trânsito.
Sem querer ofender ninguém, mas a diferença de produtividade no primeiro mundo não vem de graça. A gente sofre para justificar o contra-cheque.
(Mas, para ser justo, boa parte do adicional de produtividade vem de mais bens de capitais, melhores instituições e coesão social. Mas é preciso dar o gás para se encaixar na máquina também.)
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O resultado de hoje parece reforçar o que eu falei sobre a eleição americana: a direita ficou embriagada com as vitórias de 2016, acreditando que a combinação entre conservadorismo popular difuso e ativismo na internet seria suficiente para conquistar o poder.
Não é. No máximo..
... uns carguinhos, mas no médio prazo, nem isso.
Em 2016, a nova direita pegou a esquerda de surpresa. Falar grosso e furar a espiral de silêncio era suficiente para conquistar votos. Ela também tinha a vantagem de estar na oposição. Jogar pedra é sempre mais fácil.
Porém, a ND não soube aproveitar a onda. Tem um monte de coisa faltando, mas o principal é o seguinte: lideranças efetivas, gente capaz de organizar a militância FORA da internet, participando dos vários grupos da sociedade civil.
Uma coisa que eu sempre falo aqui é para termos cuidado com o excesso de formalismo. Um bom exemplo do risco de se focar nas regras é olhar para as eleições americanas.
Formalmente falando, ninguém venceu as eleições. O que houve foi a definição dos delegados do colégio...
... eleitoral que irão escolher o presidente. Ou seja, formalmente, a eleição não está definida — tanto porque o colégio eleitoral não se reuniu, como porque há um período onde os candidatos podem pedir recontagem e entrar na justiça.
Ou seja, formalmente, está tudo aberto.
Porém, existe essa tradição da imprensa declarar o resultado antecipadamente, quando as “decision desks” acham que já dá para prever.
Como toda a imprensa declarou a vitória de Biden em uníssono e estão tachando de “golpismo” o uso dos mecanismos legais legítimos, isso...
Cheguei no final terceira temporada de Deadwood e é impressionante como é frustrante. É a terceira vez que assisto e é a terceira vez que fico frustrado.
Parte da frustração é porque não há fim. Parte é porque a gente não quer que acabe. Mesmo sem ter rumo, a gente quer ficar habitando naquele mundo para sempre.
Mas a terceira temporada é especialmente problemática. Nas outras, há uma repetição cíclica agregadora: todo episódio é um dia na vida dos personagens, todo episódio aprofunda nosso entendimento daquelas pessoas.
Política é importante, mas é um efeito secundário da sociedade. E a sociedade é um efeito secundário da capacidade de ação individual.
A ordem pra mudar as coisas é começar pelo desenvolvimento da própria personalidade.
O primeiro passo é quebrar os condicionamentos culturais negativos da atmosfera brasileira: deixar de excessos abstrativos, abandonar a esperança do concurso público, parar com formalismo.
É preciso entender que a vida é ação, dinamismo, execução, risco.
O segundo passo é aumentar a própria capacidade ação: ser eficiente, saudável, objetivo.
Corte o açúcar, ajeite o sono, levante pesos, pratique uma arte marcial e ganhe dinheiro. Essa é a base.
Essas dancinhas pró-Biden parece muito com replicantes tentando imitar seres humanos.
“Rápido, precisamos fazer de conta que somos capazes de expressar alegria. Mexam rapidamente os braços e pernas vigorosamente.”
Creio que a falsidade é porque eles não estavam motivados por algo positivo (realizar algo), mas negativo (derrubar Trump). Porém, como a moda é sinalizar virtude, ficaria feio expressar sentimento de revanche, raiva, etc., então estão fazendo de conta que estão sentindo alegria.
A falta de conexão com seus sentimentos autênticos acaba sendo revelada pela desconexão dos movimentos.
Se tivessem um nível de consciência maior, saberiam que nem toda vitória é alegre: pode ser um momento de alívio ou até mesmo de vazio, após perder o inimigo.