Thread by @CrimesReais

A ira de um anjo: a garota de apenas seis anos que tinha o desejo de assassinar seu irmão e seus pais.

⚠️ ATENÇÃO: O conteúdo a seguir retrata abusos sexuais. Caso não se sinta confortável recomendamos que não prossiga com a leitura.

Beth nasceu na década de 80. Quando tinha cerca de um ano de idade, sua mãe faleceu deixando-a junto com seu irmão mais novo, Jonathan, sob os cuidados do pai biológico, o qual estuprou Beth durante muitos meses.

Após a descoberta do crime sexual, as crianças foram resgatadas pelo serviço social, para que fossem acolhidos por outra família, fazendo com que o pai biológico perdesse a guarda das crianças.

Quando as criancas foram resgatadas, foi constatado que não havia comida suficiente para ambas. Jonathan foi encontrado em seu berço, cercado de fezes e urina.

Tim e Julie Thomas, casados há 12 anos, não podiam ter filhos e optaram por adotar. Assim, em fevereiro de 1984, receberam uma ligação do serviço social informando a disponibilidade de adoção de duas crianças: Beth, com 2 anos de idade, e Jonathan com apenas 7 meses.

Após a adoção, Tim e Julie perceberam comportamentos estranhos em Jonathan. Visto que, aos 7 meses, ele teria dificuldade em levantar a cabeça e notou que ela era "achatada" na parte de trás.

Ademais, Beth começou a ter um comportamento violento e agressivo, que eram sinais de que tivera sido vítima de violência. Com esses acontecimentos, seus pais foram descobrindo a desestruturada família onde, até então, Jonathan e Beth haviam vivido.

Beth sofria com pesadelos onde um homem caía sobre ela e a machucava com "uma parte dele". Além disso, ela passou a ser violenta com seu irmão: machucava-o, chutava e beliscava as partes íntimas de Jonathan. E também já teria tentado matá-lo sufocado com um travesseiro.

Certa vez, Beth teria batido a cabeça de Jonathan no chão de cimento tantas vezes que foi necessário levá-lo ao hospital para que o irmão pudesse levar pontos no local do ferimento.

Assustados, os pais de Beth passaram a trancá-la no quarto durante o período da noite, pois tinham medo de que ela fosse capaz de matar seu irmão.

Além disso, Beth, ainda pequena, teria desenvolvido um comportamento sexual impróprio. Se masturbava constantemente, muitas vezes, em lugares públicos. Em uma dessas ocasiões, foi levada para o hospital, visto que sua região íntima estava sangrando devido a masturbação.

Julie conta que Beth já teria matados filhotes de passarinhos e machucado seus animais de estimação. Em 1989, preocupados com o comportamento de Beth, seus pais a levaram em consultas com psicólogos.

E com isso, ela foi diagnosticada com Transtorno de Apego Reativo, uma síndrome que impede que o indivíduo crie laços afetivos, amor ou confiança com as pessoas.

Beth foi submetida a extensas terapias, e foi encaminhada para uma clínica que pudesse realizar o tratamento adequado. Foi descoberto que ela planejava matar seu irmão e seus pais com facadas, na qual ela já teria pego algumas facas e as escondido.

Beth afirmava que, por ela já ter sido tão machucada, ela não queria ficar perto das pessoas. Com o passar do tempo, ela foi apresentando resultados positivos com o tratamento, passou a demonstrar amor e carinho e também apresentava remorso em relação aos atos que tinha feito.

Atualmente, Beth é enfermeira e a auxilia crianças que foram vítimas, assim como ela. Ela também ministra palestras, contando sobre sua história de vida.

O documentário "A ira de um anjo", conta sobre sua história e as imagens apresentadas são cenas reais. Os registros foram realizados por um psicólogo responsável pelo caso de Beth, durante uma entrevista feita com a menina.

👉 Conheça um podcast sobre o Pedrinho Matador, um dos maiores serial killer brasileiros, que em sua infância conturbada moldou uma personalidade fria. Considerado "justiceiro" por alguns, mesmo após tampar uma tatuagem escrita "Mato por prazer". Link: link.tospotify.com/ZZUYqT5PFbb