Creio que reinfecções por COVID19 não sejam raras, mas apenas extremamente difíceis de serem efetivamente comprovadas. O set de critérios que precisam ser cumpridos para provar uma reinfecção é algo inacreditável. As comprovadas são apenas a pontinha do iceberg.
NOTA: Essa é minha *OPINIÃO*, e ela destoa da de outros cientistas e pesquisadores. Minhas razões para acreditar nisso são puramente lógicas, e contrariam vários dados experimentais do campo da imunologia muito bem explicados pelo @mab_sp125. Critérios:
cdc.gov/coronavirus/20…
cdc.gov/coronavirus/20…
Por último, a distinção entre algo raro e comum é diferente entre as pessoas. Se 1% dos infectados estiver novamente suscetível após 6 meses, eu consideraria isso comum (em termos populacionais).
Imagine que um infectado torne-se 100% imune por exatos 6 meses, e após ele está novamente suscetível. Para que uma reinfecção seja comprovada é necessário:
1) Que a primeira infeccao tenha sido comprovada por teste RT-PCR
2) Que o laboratório que a comprovou tenha armazenado a amostra de RNA em freezer a -80C para a posterioridade
3) Que tenham se passado 6 meses (a pessoa teve que ser infectada precocemente na pandemia)
2) Que o laboratório que a comprovou tenha armazenado a amostra de RNA em freezer a -80C para a posterioridade
3) Que tenham se passado 6 meses (a pessoa teve que ser infectada precocemente na pandemia)
4) Que a pessoa viva em local que 6 meses depois não controlou o vírus ou está sofrendo segunda onda que a permita entrar em contato com o virus
5) Que a pessoa desenvolva doença sintomática
6) Que a pessoa ou seu médico julgue que seus sintomas PODEM ser uma reinfeccao
5) Que a pessoa desenvolva doença sintomática
6) Que a pessoa ou seu médico julgue que seus sintomas PODEM ser uma reinfeccao
7) Que esse médico solicite um novo exame
8) Que esse exame seja uma RT-PCR
9) Que esse exame seja positivo (<70% de chance)
10) Que a amostra não seja descartada, e seja armazenada a -80C
8) Que esse exame seja uma RT-PCR
9) Que esse exame seja positivo (<70% de chance)
10) Que a amostra não seja descartada, e seja armazenada a -80C
11) Que um instituto de pesquisa bem financiado e com equipamentos super high tech se interesse nesse caso específico de *possível* reinfecção
12) Que se consigam as duas amostras pareadas para análise e tenham sobrevivido com material suficiente
12) Que se consigam as duas amostras pareadas para análise e tenham sobrevivido com material suficiente
13) Que seja realizado Sequenciamento do Genoma do Vírus (pesquisa) - esse é o maior gargalo
14) Que o vírus que causou a reinfecção foi geneticamente suficientemente diferente do primeiro, para que não haja dúvida
14) Que o vírus que causou a reinfecção foi geneticamente suficientemente diferente do primeiro, para que não haja dúvida
15) Que a revista científica aceite o artigo desse caso para publicação
Vamos apenas entender que os locais com os maiores recursos para investigar reinfeccoes acabam sendo justamente os locais com menor probabilidade de se reencontrar reinfeccoes. Mas com a segunda onda nos EUA e Europa teremos muito mais dados.
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