Uma das classes profissionais mais desvalorizadas na sociedade capitalista é a dos artistas. As mesmas pessoas que demonstram interesse profundo pela bolsa de valores e seus números inexplicáveis (você sabiam que a Netflix vale mais que a Disney?) ignoram o valor da imaginação.
Artistas são frequentemente tratados como (e chamados de) "vagabundos" - e a ironia é que aqueles que dizem não ver valor no que a Arte produz sãos os primeiros a defender seu "direito" de consumi-la sem remunerar o artista.
Seja na escrita, na pintura, na música, o que for - quem cria é tratado como parasita por aqueles que querem só sugar seu trabalho sem pagar. Ontem mesmo linkei aqui uma das muitas "ofertas" que já recebi para escrever de graça para alguém.
Pois bem: há um jovem desenhista em Belo Horizonte oferecendo seus talentos por precisar pagar alguns exames e remédios. Confiram e divulguem, se puderem.
Da minha parte, decidi encomendar 5 desenhos e sortear entre vocês que me seguem aqui.
Se pudesse, eu teria encomendado mais, mas não sou o @felipeneto e tenho dois filhos para criar também. :)
Então vamos fazer o seguinte... hum... responda a esse tweet citando sua imagem/cena favorita do Cinema. Vou escolher cinco respostas e presentear com o talento do @ticopines. Fechado?
1... 2... e... vai.
Vou deixar aberto para respostas até amanhã à tarde e aí escolho as cinco, ok? :) (Obrigado ao @ticopines pela disposição em aceitar a encomenda!)
Muito obrigado a todos que participaram enviando suas cenas/imagens favoritas do Cinema. Foi difícil escolher cinco - e, na verdade, 99% das respostas me fizeram sorrir lembrando dos momentos citados.
Meu querido amigo @marciosallem encomendou outras cinco ilustrações com o @ticopines para que eu escolha mais cinco respostas entre as que vocês enviaram. <3
Assisti à nova versão de O Poderoso Chefão Parte III (agora chamada O Poderoso Chefão Coda: A Morte de Michael Corleone). Vou comentar aqui algumas das mudanças mais significativas e o que achei delas.
Aviso de spoiler, evidentemente. (Então silenciem esse fio se quiserem.)
Primeiro, o mais importante: como devem saber, eu considero O Poderoso Chefão Parte III um desfecho impecável para a trilogia. Já discuti isso neste vídeo:
Então não acho que a trilogia PRECISE de um novo desfecho. Dito isso...
Coppola não alterou tanta coisa como poderiam supor. E o filme ficou menor: a versão original tem 2h50 (com créditos finais); a nova, 2h38. Não identifiquei nada que tenha sido acrescentado, mas, como já podem ver, vários elementos foram removidos.
A Warner anunciou que vai lançar TODOS os seus filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas e, por um mês, também na HBO Max. Essa é uma das decisões comerciais mais chocantes que um estúdio tomou nas últimas DÉCADAS. E as repercussões são imprevisíveis.
Na prática, a Warner acabou de destruir as janelas de distribuição, que são uma das bases mais importantes da relação entre estúdios e exibidores desde sempre. Vou ficar muito surpreso se a associação que representa os exibidores não se manifestar de maneira veemente contra isso.
Pra vocês terem uma ideia da dimensão da decisão, o cronograma da Warner para 2021 inclui Duna, Spacejam 2, Invocação do Mal 3, Godzilla vs Kong, o novo Esquadrão Suicida e MATRIX 4.
Nestes 11 anos de viagens com os cursos, tive um pouco mais de 6.000 alunos. Todas as turmas deixaram marcas e lembranças. Todas. E quem já teve aula comigo sabe que lembro também da maior parte destes alunos - uma rara área em que minha memória funciona bem.
Estas turmas acabaram formando uma pequena comunidade - ou várias delas. Há o grupo no Facebook, que tem quase três mil membros; há grupos menores no Whatsaap formados por alunos de turmas específicas; há até listas de discussão antigas.
Mas é claro que em um grupo de mais de seis mil pessoas, matematicamente é inevitável que percamos alguém de tempos em tempos. E sempre que sou informado sobre a morte de um ex-aluno, sinto uma pancada forte.
De repente, me bateu vontade de rever o vídeo do The Animals cantando House of the Rising Sun. Procurei, vi e linkei aqui às 10h52. Lembrei que é usado em Cassino, procurei o vídeo e linkei aqui. O que me fez lembrar de Westworld (busca, linka, etc).
Como já estava na onda da música, fui vendo os resultados relacionados e ouvi as versões do White Buffalo, um cover com gaita de uma desconhecida e outro cover em violino. Aí apareceu o vídeo de uma moça reagindo ao vídeo do The Animals. Vi e linkei aqui.
Mas aí fiquei curioso para ver outras reações dela e acabei assistindo à apresentação do Queen no Live Aid, às performances de Riders on the Storm e People Are Strange do The Doors e, finalmente, Luciano Pavarotti cantando Nessun Dorma.
Comentei há alguns dias sobre o documentário Til' Kingdom Come, que fala sobre a atuação conjunta dos evangélicos norte-americanos e de Israel para influenciar Trump a ajudar no que basicamente seria o extermínio dos palestinos e da tomada de suas terras pelos assentamentos.
Pois hoje vi um outro doc igualmente relevante chamado Kings of Capitol Hill, que aborda a principal organização pró-Israel (e pró-assentamentos) dos EUA: a AIPAC.
O curioso é que a AIPAC surgiu com um viés esquerdista, progressista, ligado aos movimentos civis da década de 60.
No entanto, a partir do governo Reagan, a AIPAC começou a mudar rapidamente de perfil, tornando-se cada vez mais direitista até finalmente demitir todos os executivos progressistas e substitui-los por republicanos.