O novo Missão: Impossível está sendo rodado sob protocolos rigorosos de segurança. Pois Tom Cruise viu membros da equipe desrespeitando distanciamento social e uso de máscaras. E EXPLODIU.
O áudio:
Por um lado, eu sempre me incomodo quando um chefe dá um esporro desses em funcionários; por outro, a verdade é que ele... está certo. Não adianta montar todo um esquema de segurança para manter a equipe saudável se alguns insistem em desobedecer. Basta UM se contaminar e pronto.
E, sim, Tom Cruise, como produtor da série, é responsável direto por manter centenas de pessoas empregadas da pandemia - tanto durante as filmagens quanto na pré e na pós-produção. (Aliás, é bem possível que sejam algumas milhares de pessoas, direta ou indiretamente.)
Então, mesmo detestando quando alguém estoura assim com os funcionários... desta vez, sou obrigado a dar um desconto.
Aliás, QUEM DERA os responsáveis pela saúde no Brasil tivessem todo esse zelo para cuidar da população.
Tsc. Vários erros de concordância e erros de digitação nos tweets anteriores. Mas vou deixar para não apagar tudo. Saco.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Luiz Carlos Merten é um dos críticos de cinema mais dedicados e apaixonados deste país. Aos 75 anos, escreve com a empolgação de um moleque e a técnica de um veterano. É um patrimônio da profissão.
Que o @Estadao demitiu pelo zoom hoje depois de 31 anos de casa.
A vilania com que o @Estadao agiu, demitindo sem qualquer indicação prévia um jornalista já idoso, de competência e renome inquestionáveis, com 31 anos de casa, pelo zoom (não quiseram nem esperar o fim da pandemia), às vésperas do Natal, é típica do jornal da "escolha difícil".
É por isso - entre outras coisas - que fico puto com essa hipocrisia esperta de chamar funcionário de "colaborador".
"Colaborador" o caralho; no minuto que perceberem que podem aumentar a margem de lucro te jogando fora, esses canalhas o farão.
Vi agora "Oliver Sacks: His Own Life", documentário sobre a vida e a obra deste apaixonante escritor e neurologista que foi uma das maiores influências em minha vida. Já escrevi sobre ele há alguns anos, quando anunciou, num lindo artigo no @nytimes, que estava morrendo.
Como contei na época, decidi fazer medicina aos 16 anos quando vi Tempo de Despertar, no qual Oliver Sacks foi interpretado de modo magistral por Robin Williams. No ano seguinte, fiz um teste vocacional que apontou Comunicação, mas insisti na escolha por inspirar-me em Sacks.
Fui até o sétimo período do curso até finalmente assumir para mim mesmo que estava buscando a profissão errada, que meu caminho deveria ser outro. Ainda assim, percebi que Sacks era também uma influência em minha opção pela escrita.
Uma das classes profissionais mais desvalorizadas na sociedade capitalista é a dos artistas. As mesmas pessoas que demonstram interesse profundo pela bolsa de valores e seus números inexplicáveis (você sabiam que a Netflix vale mais que a Disney?) ignoram o valor da imaginação.
Artistas são frequentemente tratados como (e chamados de) "vagabundos" - e a ironia é que aqueles que dizem não ver valor no que a Arte produz sãos os primeiros a defender seu "direito" de consumi-la sem remunerar o artista.
Seja na escrita, na pintura, na música, o que for - quem cria é tratado como parasita por aqueles que querem só sugar seu trabalho sem pagar. Ontem mesmo linkei aqui uma das muitas "ofertas" que já recebi para escrever de graça para alguém.
Assisti à nova versão de O Poderoso Chefão Parte III (agora chamada O Poderoso Chefão Coda: A Morte de Michael Corleone). Vou comentar aqui algumas das mudanças mais significativas e o que achei delas.
Aviso de spoiler, evidentemente. (Então silenciem esse fio se quiserem.)
Primeiro, o mais importante: como devem saber, eu considero O Poderoso Chefão Parte III um desfecho impecável para a trilogia. Já discuti isso neste vídeo:
Então não acho que a trilogia PRECISE de um novo desfecho. Dito isso...
Coppola não alterou tanta coisa como poderiam supor. E o filme ficou menor: a versão original tem 2h50 (com créditos finais); a nova, 2h38. Não identifiquei nada que tenha sido acrescentado, mas, como já podem ver, vários elementos foram removidos.
A Warner anunciou que vai lançar TODOS os seus filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas e, por um mês, também na HBO Max. Essa é uma das decisões comerciais mais chocantes que um estúdio tomou nas últimas DÉCADAS. E as repercussões são imprevisíveis.
Na prática, a Warner acabou de destruir as janelas de distribuição, que são uma das bases mais importantes da relação entre estúdios e exibidores desde sempre. Vou ficar muito surpreso se a associação que representa os exibidores não se manifestar de maneira veemente contra isso.
Pra vocês terem uma ideia da dimensão da decisão, o cronograma da Warner para 2021 inclui Duna, Spacejam 2, Invocação do Mal 3, Godzilla vs Kong, o novo Esquadrão Suicida e MATRIX 4.
Nestes 11 anos de viagens com os cursos, tive um pouco mais de 6.000 alunos. Todas as turmas deixaram marcas e lembranças. Todas. E quem já teve aula comigo sabe que lembro também da maior parte destes alunos - uma rara área em que minha memória funciona bem.
Estas turmas acabaram formando uma pequena comunidade - ou várias delas. Há o grupo no Facebook, que tem quase três mil membros; há grupos menores no Whatsaap formados por alunos de turmas específicas; há até listas de discussão antigas.
Mas é claro que em um grupo de mais de seis mil pessoas, matematicamente é inevitável que percamos alguém de tempos em tempos. E sempre que sou informado sobre a morte de um ex-aluno, sinto uma pancada forte.