Eu vou repetir mil vezes para que os meus colegas ex-jornalistas entendam de uma vez, caso queiram: exceto por alguns casos menores, quase todas as derrotas de Trump nos processos eleitorais foram por tecnicidades jurídicas (ex: stand, laches) e não pelo mérito das causas.
Não houve audiências significativas de evidências ou provas na imensa maioria dos casos.
É, portanto, ERRADO dizer que a justiça decidiu que não houve fraude, que não há provas, que não houve ilegalidade ou inconstitucionalidade, etc.
O tema em geral sequer foi tratado!
Podemos discutir as razões para tais recusas. Pessoalmente, penso que quando um juiz quer negar algo, acha uma destas tecnicidades.
Especialmente quando uma decisão enfrentaria um massacre da imprensa do mundo inteiro que nem todos estão dispostos a suportar. Ganharam no grito!
Ou, além da imprensa, também existe todo o terrorismo de rua de esquerda que vivemos ao longo de todo ano de 2020. Sejam verdadeiros ou não os boatos sobre o cagaço do Chief-Justice Roberts, é claro que isso pesa.
Quanto a como acho que as coisas serão daqui pra frente, se há ou não chances de reversão, abordei da forma que eu gostaria no último Conexão América. Basta ir lá no meu canal e procurar.
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1. A campanha de Trump entrará hoje com um novo processo judicial importante, desta vez no estado do Wisconsin. O Processo alega abusos na votação por correio que afetariam aproximadamente 220.000 votos - bem mais do que a margem de vitória de Biden no estado, de cerca de 20 mil.
2. A alegação é de que os funcionários eleitorais do Wisconsin "deliberadamente desconsideraram as regras e fizeram esforços conscientes para contornar a lei eleitoral do estado", resultando em dezenas de milhares de votos depositados fora dos limites da lei.
3. A lei de Wisconsin exige que os formulários requerendo o voto por correio devem ser solicitados previamente pelo eleitor, mas a campanha de Trump alega que os funcionários eleitorais, em vez disso, aceitaram as cédulas de pessoas que não haviam feito esse cadastro prévio.
Com 54% de não-voto no Rio e 45% em São Paulo (abstenções+brancos+nulos), por exemplo, parece equivocada esta leitura que vem sendo repetida de que a sociedade reverteu seus desejos convervadores e anti-establishment, focando em candidatos de centro -ou, "não extremistas" (sic.).
Alternativamente, sugiro que talvez tenha havido uma incapacidade destes grupos (conservadores e anti-establishment) de lançarem candidatos competitivos.
Este, aliás, é o estado normal do Brasil, que viveu anos aprisionado em uma dicotomia PT-PSDB por falta de alternativa.
O povo vota de acordo com as opções que tem. Ou Russomano/Crivella eram anti-establishment? Façam-me o favor!
Talvez, a lição absorvida pelo eleitorado, esta sim, depois de 2018 com Witzels, Dorias, Joices, etc, é que não basta fazer arminha com a mão e dizer que mata bandido.
A juiza que ordenou que a Pensilvânia não certificasse os resultados da eleição escreveu em seu parecer na sexta-feira que os republicanos que entraram com o processo relacionado provavelmente ganharão o caso.
“Os impetrantes parecem ter estabelecido uma maior probabilidade de sucesso quanto ao mérito porque afirmaram que a Constituição não fornece um mecanismo para o legislativo permitir a expansão do voto 'absentee' sem uma emenda constitucional”, escreveu a juiza McCullough.
Sobre a Georgia, mesmo recontando os votos sem verificação de assinatura e demais procedimentos de canvassing (como deveria ser feito) acharam milhares de cédulas não computadas.
É FALSO que Biden já ganhou a Geórgia. Não houve certificação e seguem em curso os processos.
Update: o secretário de Estado da Georgia (republicano bem mequetrefe) diz que não tem dúvidas que Biden ganhou e deve seguir com a certificação. Um juiz federal negou uma liminar de um aliado de Trump para impedir a certificação. Cabe apelação. Cabem outros recursos.
Obs: Mesmo que haja a certificação, ela teoricamente abre outras frentes de disputas judiciais e políticas (nas legislaturas).
Se serão bem sucedidas, eu não sei. Só estou reportando a vida como ela é, já que ninguém mais está.
1. Jornalismo que não sabe a diferença entre indícios e provas, que se acha juiz dos fatos e no direito de omitir informações, é mais que irresponsável. É militante e repugnante.
2. Por trás da atitude, há um desprezo à inteligência do público, tratado como incapaz de decidir.
3. No caso americano, indícios de irregularidades são expostos diarianente. Por autoridades, consultorias, advogados renomados, etc. Vários destes já integram processos em tribunais e serão avaliados por juízes - não por jornalistas. Nas cortes não há tapete p/ esconder sujeira.
4. Tais indícios serão convertidos em provas? Não sei. E tenho sido o mais honesto possível a este respeito.
5. Com a mesma franqueza, tenho me recusado a emitir opinião sobre se reverterão o resultado eleitoral projetado, limitando-me à apontar a possibilidade - que existe!